Friday, August 15, 2014

Profecia da The Economist ganha o céu. Marina, por favor, ganhe esta eleição




source; http://www.economist.com/news/americas/21565227-eduardo-campos-both-modern-manager-and-old-fashioned-political-boss-his-success

A revista de mais prestígio no mundo, The Economist, não disparou no "quente", nem deixou passar a vez. Na edição de 27 de outubro de 2012, o periódico britânico apresenta ao planeta, como "modelo"... um político brasileiro. Isso contado a um brasileiro qualquer, seria recebido como piada.

Quarta-feira passada, 13, a grande maioria desses brasileiros desiludidos com os políticos foi apresentada a Eduardo Campos da forma mais quente possível.  Esse enorme contingente que habita a "maior economia da América Latina" não sabia da existência do presidenciável Eduardo Campos. Não conheciam, portanto, o modelo de político segundo a The Economist.

Enquanto bombeiros se enfiavam cratera adentro, logo após a queda do jato em que viajava Eduardo e assessores, milhões de brasileiros descobriam que havia um belo senhor que buscava, com rara dignidade, votos para concretizar o que antecipara a revista que o povo brasileiro, que muito mal fala sua própria língua, também desconhece.

Atendente de uma loja do Mc Donald's na Av. Paulista, São Paulo, é uma das pessoas de quem ouvi: "Não sabia quem ele era. Fiquei sabendo agora".

Não há infraestrutura? Aquela matéria da The Economist cita Suape, porto no sul de Recife, capital do estado de Pernambuco (sim, é preciso dizer qual a capital de Pernambuco. Raros brasileiros têm esse simples conhecimento). O porto, diz a revista é "um monumento que reverencia o dinheiro público federal, a política industrial e a aliança entre Lula e Eduardo Campos". Acrescenta que o boom no estado governado por Eduardo resultou em quase pleno emprego. Ele começou um segundo mandato no mesmo cargo em 2010, quando Dilma ascendeu à presidência.

Eduardo é ainda apontado como aliado formal de Dilma, mas "uma ameaça potencial à conquista de um segundo mandato por Dilma em 2014". Hoje isso soa profecia concretizada.

Morto, Eduardo é infinitamente... maior do que aquela ameaça. Toda aquela força potencial se transformou em energia difusa - em sentimento que tomou conta de todos os brasileiros, até mesmo dos muitos que, até quarta-feira, repetiam que não iriam dar o voto deles a ninguém.

O impacto da queda da aeronave chacoalhou essa massa perdida. Foi preciso perder Eduardo meras sete semanas antes das eleições, para que uma colossal miséria com certa forma de gente parasse de repetir que "nenhum político presta". Haveria transformação mais fundamental? 

Vem-me à mente um amigo que há dias me disse com toda a convicção: Meu candidato a presidente está decidido. Não mudo de jeito nenhum. O melhor estado do Brasil é Pernambuco. Meu candidato é Eduardo Campos.

Sim, ele representa uma minoria muito minoria mesmo. Logo que soube da morte de Eduardo, lembrei a declaração de meu amigo. O luto pesou ainda mais.

Hoje, drones surgem para provocar os que logo fizeram declarações fantasiosas. Não há gravações de caixa-preta. A coisa fica mais preta ainda.  A hipótese mais plausível é a de que o avião foi alvejado quando se preparava para aterrissar. Coisa planejada, que contava em matar também Marina.

Queria ver Marina presidente. A sensação seria indescritível. A alegria mais incontida do que o desalento dos que não querem mais ver políticos mortos nesta "enorme democracia estável".

Estável?... Só se for em alusão à série de cadáveres de verdadeiros guardiães da democracia, aqui mortos em "acidentes".

Marina, te cuida. Marina, venha cuidar deste país. Escreveu um leitor do Estadão que a história também tem seus pauzinhos. Talvez tenha mesmo.




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