Nem é preciso descrevê-lo fisicamente. O jeitão também salta aos olhos.
Claro que, se você - com sono ou, mais provável ainda, de porre - chegar para ele e apenas perguntar: 'Tá aberto ?', o pivetaço vai responder forçado, dando uma de gente fina e você não notará nada de mais.
Mas preste atenção nele, troque mais algumas palavras e quem ele é logo virá à tona. Se ele achar que você é um trouxa sobre quem ele pode colocar as garras... Você pode inclusive ouvir a máxima dele: "Sou fodão!"
O lanche - estamos cansados de saber - não presta. Mas o show desse adolescente seriamente desajustado - língua presa, fala de grande malandro -, segurança da gigante do junk food, é imperdível.
Local? Errou! Não é lá na periferia. Ele "trabalha" na loja da Praça Pan Americana. A partir das 11 da noite.
Nós, brasileiros das grandes cidades, somos trouxas mesmo. Achamos que um segurança traz... segurança. A indústria de segurança privada virou, da noite para o dia, um grande negócio. Mas eu me pergunto: o que esse pivetaço - nova 'classe média' segundo alguns - faz quando não está tirando um cochilo com os pés sobre uma das mesas? No mínimo, "sacando" cada cliente.
