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Friday, April 5, 2013
O MELHOR E O PIOR EVENTO DA SEMANA EM SÃO PAULO - Fiesp pesa no estômago
Competitividade é um dos termos mais pronunciados pelo presidente da FIESP, Paulo Skaf, cujos discursos são prodigiosos a ponto de me empolgarem. Mas o buffet 'cativo 'da FIESP é um mau exemplo de competitividade. Já a Faculdade de Direito da USP contratou um buffet repleto de talento.
Na terça-feira, 2, uma jornalista inapropriadamente sexy, de voz melodiosa demais, conduziu a abertura do seminário Justiça para a Qualidade da Educação. Esse foi o ponto incorreto do cerimônia realizada no salão nobre da faculdade de direito da USP.
Alguns na plateia riram do sotaque do redator da ONU. Esse foi o ponto ignorante do evento. Quem riu, quase certamente, não domina o inglês o bastante e, ainda, avilta a língua mãe, sem dúvida.
O livro que tem o mesmo título do seminário foi lançado naquela noite, na sala Visconde de São Leopoldo, de cuja varanda a praça São Francisco parece livre de seu lado degradante. Pela primeira vez, notei a balança simbólica, num pilar ao centro. Há também uma bonita escultura erótica, que nunca observamos por atravessarmos aquela praça cheios de medo.
Por outro lado, empurrei para fora de mim o desconforto que se insinuou, por eu estar ali, naquele suntuoso prédio, desfrutando de um tratamento impensável para a maior parte dos humanos. Nem me perguntei: 'O que fiz para merecer isso tudo?' Voltei-me para o salão, em busca de mais um dos quitutes da alta gastronomia, servidos com requinte e simpatia pelo buffet Vera Bechelli (sim, está na internet).
Vera é mãe de Ana, esta, uma senhora de mil olhos zelosos para que nada saia fora do figurino, de um padrão que quase ninguém mais atinge - ou mesmo procura atingir, no Brasil. Ana chegou no momento em que eu perguntava para uma das suas colaboradoras: "O que é isto, em cima"? Diante do silêncio da outra, foi Ana quem respondeu, orgulhosa: "É mini onion rings. Colocados com pinça"! Pouco mais tarde, aquela garçonete, sorrindo, confessou a mim, junto à mesa do cafezinho: "Vou pagar dez reais!" Mesmo?, eu reagi, surpresa, acrescentando: É multa por não saber sobre o salgadinho? Ela confirma: "É bom; para a gente ficar ligeiro".
Bem diferente foi o buffet servido ontem e hoje na FIESP, durante o seminário sobre a indústria de defesa, um assunto que acaba de capturar minha atenção. Estou quase apaixonada. Pelo tema. O buffet serviu mal, excesso de carboidratos e gordura; atendimento péssimo. Como mulher bonita, fui alvo de comportamento jocoso dos funcionários, inclusive do garçom-chefe, um parrudo baixinho que hoje, dada a ausência de sua chefe, foi ainda mais incorreto.
Logo no café da manhã, disse para mim: "Ontem o buffet estava cheio de cabelo". Chamou um segurança para ficar junto à mesa, durante o almoço, do mesmo lado em que os garçons serviam os comensais incautos. Quando eu pedi para ser servida da fatia da quiche que não estava queimada em cima, o garçon olhou para o lado, para o segurança e seu chefe parrudo. O enorme perigo nacional já é bem visível, ao menos para mim: gente que tem a escolaridade zero de nossas escolas finge que entende de segurança, constrangendo e matando, sendo chefiada por outros com escolaridade tão ruim quanto. Os americanos mais ilustres foram levados para almoçar em outro recinto do prédio.
Eu fiquei empanturrada só com a pequena fatia de quiché, servida sob a mira de segurança, e dos empregados do buffet da casa, de longa data, que me deram a forte impressão de que eu não podia comer. Gente iletrada que, ainda por cima, não contou com uma figura paterna forte o bastante, diriam uns analistas.
Buffets tão ruins estão entrincheirados em organizações como a FIESP. Como que blindados, livres de concorrência. Há, em contraste, os buffets que nem parecem instalados no Brasil. São empreendimentos que servem também como escola, ensinando a 'ligeireza' que dignifica, e que seria capaz de quase eliminar o sombrio do largo São Francisco. Não fosse o Brasil terra de empreendimentos protegidos, encostados, que semeiam o preconceito, a maldade pura e simples, pois o tipo de mente ali presente já definhou faz tempo.
As palestras na FIESP? Um ilustre disparou um 'haverão' impróprio. O Português desta terra é assunto de postagem, a sair em breve. Adianto que até no outro evento, o da Justiça para a Qualidade da Educação, um dos palestrantes seniores pecou também na 'concordância': ... "Farão 80 anos", escorregou ele.
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'-ERS' FELLOWS: LOVERS OF IDEAS; EXPLORERS OF THE SUBLE; THINKERS AND WRITERS OF INEXHAUSTIBLE PASSION. ULTIMATELY MINDERS OF FREEDOM.
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