Seu inglês é bom o bastante para fazer um curso de IBM Cloud Computing?
A questão abaixo fez parte do simulado de teste de certificação feito na aula de ontem, dentro do curso de "Nuvem" ministrado, na USP, por especialistas da IBM:
What is a characteristic of a hybrid cloud deployment model?
A. shared cloud services
B. third-party owned and operated
C. workload overflow management
D. implemented on client premises
Segundo a professora, a resposta é C Não argumentei sobre a resposta apontada como certa. Só estou bem na parte mais ligada a processos de negócios. Ainda não estudei e... Bem, o que eu apontei foi a tradução que a professora fez do item "D". Foi esta: "implementado para (ou segundo) os requisitos do cliente. Eu levantei o braço e disse: "Premises, in English, é local". Apalpando a mesa, eu esclareci: local físico, endereço. Chato, isso, de tudo ser virtual. Até palavras antes óbvias como local a gente tem de explicar agora. Após instantes de silêncio, a professora (que não é professora de fato, mas "instrutora"; funcionária da IBM), declarou: "Vou levar o seu feedback em consideração. Nada mais eu disse. Pouco depois, a aula foi encerrada. Um dos participantes veio até mim feito louco (eu ainda estava à minha mesa/desk). O que aconteceu em seguida está detalhado no email que enviei, no dia seguinte, a todos os alunos do curso, e também à professora. Estou postando esse email aqui porque ele será muito útil também para você, caro (a)leitor (a). A divergência descrita no item 1 (abaixo) parece indicar que a instrutora teve a intenção de eliminar a questão que continha os termos cuja tradução dela eu corrigi. Era a última questão. Acabou faltando as duas últimas questões, no arquivo em que há as questões sem as respostas. Ela também enviou, a pedido dos alunos, um arquivo que mostra questões e respostas. Parece que ela, ao enviar este último, esqueceu-se de apagar, já que as duas últimas questões aparecem agora. O teor do meu email é este:
Bom dia, M. [a instrutora] e todos os colegas.
1. O teste SEM respostas não contém as duas últimas questões. Comparo com o teste COM respostas enviado.
2. Procurei justamente a questão com a opção cuja tradução eu critiquei ontem, no ato da correção: "implemented on client premises". Não encontrei pelo buscador (CtrlF) no pdf SEM respostas. No COM respostas, está tudo lá, no último slide.
3. Logo após o encerramento da aula ontem, um dos participantes - com quem nunca tivera contato antes, de modo algum - aproximou-se e, muito agressivamente, remeteu um smartphone no meu rosto e esbravejou; "Você ESTÁ ERRADA". Olhei para o aparelho e não vi nada. Perguntei: "Que fonte você consult...". Ele continuou a esbravejar de modo alucinado. Disse que em "contrato, CONTRATO, antigamente, se usou PREMISE para endereço". Não consegui dizer nada. E jamais foi de meu feitio engajar-me em comportamento semelhante ao dele. "É PREMISA". Abanei a cabeça já de pé e me afastei dele, em direção à parte da sala onde M. ainda estava.
4. Gente, fui checar. Há falsos cognatos demais em inglês. Embora já tenha praticamente gabaritado um TOFL e outros certificados (Alumni, etc,) e meu inglês ser de fato muito bom, ainda continuo aprendendo. Está é a postura aceitável para todo aquele que ouse adentrar as 'premises' de uma universidade. Confrontar academicamente - parece preciso dizer - não é agir como meu colega cujo smartphone parece tê-lo feito perder, literalmente, a cabeça. Confrontar academicamente é imprescindível, essencial. É assim que a ciência - diz a filosofia pertinente - evolui.
5. Com toda a minha enorme milhagem de leitura, enfim, vivência no idioma e cultura relativos ao idioma inglês, nunca tinha visto 'premises' como premissa. Deduzi - a pegadinha do inglês pegou a própria instrutora, que várias vezes nos alertou: "Cuidado com a pegadinha do inglês".
6. Agora, uma aulinha por minha conta: Londres foi fundada pelos romanos. E daí? Eles deixaram o latim também como marca disso. A cidade chamava-se Londinium. E ainda nos melhores dicionários do idioma, hoje, são encontrados diversos vocábulos muito, muito mais parecidos com nossa língua - latina - do que com o enxoval línguistico inglês que é usado de fato. Os romanos foram expulsos. Palavras heranças do período romano, ficaram... no dicionário. [Caíram em desuso.] Em cursos de inglês advançado (avançado mesmo), vocês ouviriam do professor que tais palavras são "formais". Ou seja, pode esquecer que não vai fazer falta. Nem mesmo para assinar um contrato com a IBM. Exemplos? Ainda me lembro deles! Tive alunos de fato avançados - e, como são poucos os professores de inglês capazes de ensinar nesse nível aqui, eu era sempre a professora convocada. E esse meus alunos - também poucos - gostavam muito de um pouco de história. De etimologia. Os exemplos: velocity. E isso é inglês? É. Melhor, está no Cambridge Advanced. Alguém aí já ouvi ou leu esse termo? Pois. O que se usa é speed. Origem anglo-saxônica, do povo que expulsaria os romanos. Para não me estender demais, o outro exemplo é... premise. Atenção: se aparece no singular (sem o 's' no final)... é outro exemplo de inglês esquecido; romanizado, digamos assim. Como velocity - que só vi nos livros para professores avançados que ainda ensinam história do inglês! -, premise como premissa pode esquecer. E, de fato, a questão do teste de ontem apresenta premises.
7. E o 's' muda tudo? Muda. Entrem no Cambridge Online Dictionaries - claro! basta digitar no google. Um presente para vocês! Excelente site!
8. Pois, então, no Cambridge online, vocês confirmam que o 's' muda tudo.
9. Meu colega sem postura acadêmica - sequer de aluno básico - esbravejou justamente o oposto. Não é 'premises' que é 'antigo'.
10. Além disso, para mim é preciso dupla verificação! Sim, este é o espírito acadêmico. Na wikipedia, comecei - já era tempo - a estudar mais sobre o assunto. E não há dúvida de que, no contexto de cloud computing, o oposto é 'on-premise' (sem o 's' aqui porque é uma expressão ADJETIVA, e, em inglês, os adjetivos ou expressões adjetivas, como em 'a ten-minute walk, não têm plural). O semtido, está óbvio agora, não é premisa, mas local, em contraposição à nuvem.
11. Por fim, movida por meu profundo senso de ensinar de modo amplo, que se tome o ocorrido - que não pode voltar a ocorrer - como lição. Há muita gente perdendo a cabeça e usando um samrtphone no lugar. Claro que o colega, dada a sua abordagem, ficou estranhamente muito incomodado com minha participação em aula. Deveria ter levado sua posição para a turma toda, em primeiro lugar. Levou-a só para mim, feito louco. Logo deve ter encontrado, com a velociedade do processamento de um cloud IBM, premise como premisa. E isso, dada a pré-disposição dele em relação a mulheres inteligentes, foi como um sinalizador de balada em local fechado.
A arrogância é bem mais disseminada, embora não acompanhada de tanto distúrbio aparente. Que fique a lição: vai ficar cada vez mais fácil, com todas(os) as(os) clouds, ser um arrogante ainda mais ignorante do que antes. Lamentavelmente, é isso que eu prevejo. Não somos Pesquisadores. Não somos Alunos. Somos arrogantes com smartphones em nuvens. Tempestades, muitas tempestades à vista.
Obrigada pela atenção.
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Espero que o curso, que termina amanhã (hoje, em termos de teoria) tenha valido a pena para os que dele participaram diretamente. E também para vocês, com esta postagem.
Mari
Much of the discourse all around is power-oriented. Our texts, rather, will be appreciated by those brave enough to leave the good life of obedience in order to grow and take risks for the benefit of a multitude of others. Welcome! PORTUGUÊS acesse "apresentação do blog" abaixo
Thursday, January 31, 2013
Cloud Computing (arquitetura de nuvem), smartphones - muito de tudo em mãos de gente pouco evoluída?
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'-ERS' FELLOWS: LOVERS OF IDEAS; EXPLORERS OF THE SUBLE; THINKERS AND WRITERS OF INEXHAUSTIBLE PASSION. ULTIMATELY MINDERS OF FREEDOM.
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