Friday, June 15, 2012

yoki - por que pedimos a atenção do arcebispo de São Paulo para o caso


Lançamos hoje no twitter campanha para libertar Elize, a viúva do executivo da Yoki.
Adira a ela: #SoltemElize.

Alguém nos chamou de "trouxa". Achamos curioso e revelador, porém não merecedor de mais atenção no momento.

Estamos tão aviltados pelo curso que as investigações tomaram e tão apreensivos pelo que os raros lúcidos já antecipam para Elize, que rogamos, sem hesitação, a ajuda de Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Isso foi feito também hoje, logo após lançarmos a campanha.

Segundo investigações a jato, que ampla e abertamente questionamos, Elize é a única culpada pelo extermínio, com requintes de crueldade, do herdeiro da Yoki que era CEO da empresa.
Ele desapareceu em 20.5 e um negócio emperrado foi alardeado pela General Mills (Haagen Dazs) como "definitivo" em 24.5.

Nenhuma das duas herdeiras diretas da Yoki - Misako (mãe de Marcos) e Yeda (tia) - foram ao enterro de Marcos. Da família, segundo Folha de S.Paulo, somente o pai, Mitsuo Matsunaga, e o irmão, Mauro Matsunaga, compareceram, assim não abandonando completamente o funeral às sete outras pessoas presentes. Total: nove.

Eu começaria os depoimentos do inquérito policial por essas nove pessoas  presentes ao enterro, logo prosseguindo com as duas herdeiras. Não chamaria Elize com tanto vigor, porque já teria deduzido que escondiam dela a morte do esposo, justamente para ela não "precipitar" o curso do plano macabro e "estragar as coisas", leia-se, o negócio bilionário.

O diretor do DHPP, com base nos jornais, nem sequer considerou a possibilidade de incluir essas pessoas cruciais no inquérito.
Elize não foi chamada a depor durante as duas primeiras semanas de investigações. Até a própria polícia escondeu dela a morte do esposo.

O negócio macabro é a venda da singular empresa Yoki, fundada pelo avô de Marcos, Yoshizo Kitano, portanto, o pai de Misako e Yeda. Marcos, formado na FGV, era um executivo digno de viver na capa da Exame se... não fosse tão premente escondê-lo.

Como assim?

Embora Veja e outros veículos 'icônicos' tenham "informado" que não há conexão entre o crime bárbaro e a venda da Yoki (a Veja "Mulher Fatal" chega a declarar - em destaque da reportagem - que Marcos não tinham nenhuma influência na empresa), basta uma simples pesquisa para se detectar que havia algo de estranho. E um minuto de reflexão permite identificar a "pedra" no caminho da transação.

A pesquisa simples, simples: Em dois momentos - um mais, outro menos recente -, a venda da Yoki foi anunciada como dada. Há entre eles um intrigante intervalo de cerca de dois meses. Em tempos de velocidade de informação internêutica, isso faz soar o alarme. Ao menos, faz soar o nosso sensível alarme, nacional mesmo.

No primeiro momento, em dezembro de 2011 (sim, é 2011 mesmo), é O Estado de São Paulo que faz o anúncio da venda. No segundo momento, em 13.02.2012, Veja proclama a celebração do negócio, ressuscitando o fundador, a quem atribui post mortem a decisão de vender a emprea. Foi mau agouro.

Além disso, Veja, naquela matéria, afirma que os motivos para a venda são "rixa familiar e ausência de herdeiros". Ou seja, Veja elimina Marcos. E não foi inovadora. O Estado já havia feito isso, naquele primeiro momento. O jornal também registra que a empresa não tinha herdeiros.

Claro que Marcos ele mesmo leu esses artigos, de fontes tão corriqueiras. Os eventos nos levam à conclusão de que ele não queria vender a empresa fundada por seu avô, enquanto outros, não viam eles a hora de passar o negócio para frente.  Que outros? Perguntemos à polícia, lembrando que um sequestro sem pedido de resgate se encaixa muito bem num caso de rixa familiar.

Mas não esperemos boas respostas.

Como se fruto de um súbito lampejo, ao cabo de sigilosas investigações empreendidas por duas longas semanas tendo PMs como suspeitos - não se sabe se conclusivas ou inconclusivas, mas subitamente enterradas discretamente, ao estilo funeral Marcos Kitano -, o DHPP de Jorge Carrasco lembra-se de que existe uma mulher na história dando, não a bunda ao vento ou ao vídeo, mas dando sopa. Seu único laço poderoso e rico era seu marido. Mas essa pedra (para quem queria vender a Yoki) tinha sido, finalmente, removida do caminho e sepultada.

Suspeitas certeiras de Carrasco - e confirmadas por ele mesmo dentro de 24 a 48 horas - são alardeadas simultaneamente ao anúncio do crime para a imprensa (com mais de duas semanas de atraso, a partir do desaparecimento de Marcos): Elize matou, esquartejou, ocultou as partes, fez tudo sozinha. E coordenou muito bem as coisas de casa enquanto isso. A babá não notou nadinha de estranho, informa Carrasco sobre as investigações.

Ainda insiste, porém, certo delegado: "não sabemos se foi premeditado ou não".

Ou seja. Esclareceram a autoria de tudo o de mais árduo e improvável para uma mulher (Elize recebeu o título de primeira esquartejadora) em tempo recorde, mas não conseguem, após dias e dias só apagando incêndios (tentando justificar pontos que não se encaixam), concluir se foi, ou não foi, crime premeditado. Mas parece que pedirão o DNA para investigação de paternidade...

Acho que perdemos algo. Quais são os parâmetros da investigação de fato em curso?

Não há uma testemunha sequer aceitável. Não há a arma do tiro, nem a faca do esquartejamento, nem as malas com que ela, segundo o DHPP, transportou as partes do corpo. Não houve reconstituição da desova, por causa "do tempo chuvoso", segundo Jorge Carrasco, que não deu tempo para o tempo mudar e declarou informalmente o caso fechado (e antes do laudo do IML).

O outro delegado parece mais prudente; pelo menos não dá tanta bandeira. Diz que ainda se investiga o caso, porque não se esclareceu se o crime foi premeditado ou não. O que, no entanto, é agora uma questão ridícula, diante do que apontamos nesta e nas demais postagens sobre o assunto.

Justamente por isso, essa declaração da polícia nos toma de arrepios fúnebres. Se não conseguem se definir sobre a premeditação, é porque a coisa corre, nos bastidores, por outras trilhas, bem distantes das leis, mas já algo previsíveis.

Em vez de discutir a questão de premeditação ou não, estão de fato discutindo como pôr um ponto final, mesmo, nesta história. Elize não pode sair da prisão. Não pode falar de fato - até agora, só falou por um intermediário... Carrasco foi seu único porta-voz. Ela não vê nem mesmo a tia que veio para S.Paulo.

Estão convencidos de que não exageramos ao pedir a intervenção do arcebispo de São Paulo?

P.S. Nosso colega de twitter que nos chamou de 'trouxa' não o fez motivado por algo relacionado ao caso yoki. Ele escrevera 'janta' em um tuíte, e nós o corrigimos (jan-tar). Ele respondeu com o "trouxa".

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