Monday, May 7, 2012

Dilma em fase muito positiva, diz The Economist


O mais considerável ganho com recente leitura, na revista britânica The Economist, sobre a presidente, foi eu me valer da oportunidade de aprender mais uma expressão idiomática do inglês. Para avaliar essa minha percepção de 'ganho', que de pronto reveste de insignificância uma matéria jornalistica de fonte renomada, é preciso que o leitor brevemente acompanhe comigo a matéria que recebi, por email, no dia 3, da Intelligence Unit com a mesma marca da revista.

A análise sobre o Brasil é o primeiro tópico de uma lista de três. A pequena foto mostra Dilma de óculos, e o tíutlo em vermelho vivo contém a expressão peculiar, que me levou à pesquisa: "Brazil: Dilma on a roll', To be on a roll quer dizer estar passando por uma fase de sucesso ou de sorte. O subtítulo especifica: Dilma Rousseff enjoys extraordinary popularity for a leader in her second year - Dilma Rousseff goza de extraordinária popularidade para um líder em seu segundo mandato.
O texto enfatiza que o nível de popularidade está entre os maiores para qualquer líder do mundo, democraticamente eleito.

Sorte?
O artigo logo se refere a outro tipo de pesquisa: a do Ibope, que oferece os elevados números da condição presidencial de estar 'on a roll', sem rivais na história recente, período a que se restringe. Ir longe no tempo dá trabalho. E lembrar o passado não combina, ainda por cima, com o 'roll' - rolar - da expressão, que denota um movimento contínuo, sem obstáculos... para a frente, embora, é certo também, indique falta de controle.

Ao ler o resumo da matéria, em negrito, somos informados das razões para a popularidade ímpar? Não.
O destaque do texto aponta os fatores que contrariam o sucesso: pletora de casos de corrupção, discordância com aliados e resultados, em política exterior, não consistentes.

Entretanto, sorte não entra em análises de economistas. Claro. Logo encontramos a que atribuir o sucesso de Dilma: o trato apropriado da economia, que apresenta sinais de queda, e a condução dos casos de corrupção. Decepcionante: nenhum dos dois é, hoje, alvo de aplausos no próprio território da presidente.

Em casa a maré é outra
A 'unidade de inteligência' autora da análise, ainda martelando no bordão maré-totalmente-contra do 'tsunami monetário' (coisa que o nível de inteligiência nacional não alcança), deixa de mencionar a guerra contra os bancos de casa; essa guerra assustou não só as instituições financeiras envolvidas, mas também o povo, que ora parece menos manipulável por discursos imbecis. Não soube de manifestações ecoando 'Baixa juros', nem li testemunhos de clientes pressionando bancos em negociações individuais. Logo houve, sim, o susto com a questão da poupança, e a dúvida certamente já ancorou atrás da orelha da massa, que não lê The Economist - consulta sua vizinhança.

Belluzzo, ex-professor de Dilma na Unicamp, é citado no sábado, 05, no Estado de S.Paulo, de modo desconcertante: entre uma repetição e outra de que "Dima é boa economista", ele dá gargalhadas. "Ela é uma boa economista", reiterou, ao sair gargalhando... (matéria )

The Economist também se mostra - por cento intencionalmente - desatualizada no quesito 'combate à corrupção', parando a contagem de ministros derrubados em 2011. Analistas brasileiros, em vez de louvarem a 'vassoura' de Dilma, cunharam uma expressão pejorativa para se referir ao fenômeno da popularidade imune à escândalos sem fim; efeito Teflon. Ou seja, a imensa imundície, vista pela massa, surrpeendentemente não gruda na presidente.

O que grudou, afinal?
Propomos que grudou em Dilma um tipo de aura, fruto, principalmente, da ignorância da maior parte de seus súbitos, incapazes de criticar uma mulher na presidência, enquanto prontos para espancar a mais próxima.

A fé da massa brasileira - no sentido de otimismo pouco ou nada fundamentado - foi projetada em Dilma, porque o medo de despertar de um sonho de prosperidade é inadmissível. Então, quanto maior é o medo do povo, mais a popularidade dispara.

Junto com a popularidade, as estatísticas publicadas nos jornais brasileiros já mostraram aumento da inadimplência, do caos nos transportes urbanos, dos imóveis em São Paulo, dos suicídios, dos homicídios.
Deve haver um acordo para não se publicar os números dos gastos no supermercado. Isso significaria fazer a tal popularidade rolar... ladeira abaixo.

Estilo firme... rolando na maiosene
A análise da britânica The Economist prossegue afirmando que os eleitores parecem aprovar o estilo firme de governar de Dilma. Desde quando os eleitos aqui têm noção do que é estilo de governar? Relações com o Congresso, aprovação de leis, nada disso o povo acompanha. Qualquer pesquisa simples mostraria isso rápida e cabalmente. Entretanto, são esses os aspectos que a matéria elenca em seguida, ainda empenhada em tentar construir uma tese 'inteligente', na verdade conversadora e simplista, sobre a popularidade de Dilma.

De política externa, o próximo tópico de tal análise, ninguém quer mesmo saber. Não 'quer' porque não tem conhecimentos 'nem para a saída'. Cerca de metade da matéria é justamente uma avaliação não aprofundada da política externa que, desprovida de elogios, parece esquecida de que precisaria justificar uma certa estrondosa popularidade.

Dilma roda meio mundo remusgando da guerra cambial, e volta à origem para começar outra guerra. Não é mera coinciência, nem mero desatino. Os dois discursos estão ligados... de uma maneira perserva, para usar o termo da moda, que substituiu 'tsunami'. Não podemos contar é com uma análise que, de fato inteligentemente, revela tal ligação, a partir de uma interpretação acertada de uma linguagem jamais direta.

O que é mesmo perverso não é apontado
Enquanto se diz, no país, que Dilma pretende, com as mudanças, que todos consumam sem pagar tanto de juros por causa do 'perservo', o ganho financeiro para quem de fato 'entendeu' o discurso da presidente foi de mais de quatro por centro - essa foi a variação cambial, do real em relação ao dólar, somente em abril. Nos bastidores, o governo conduzia uma substituição de títulos de divida, e foi forçado por credores a promover tal ganho, em troca da substituição. Isso é minha dedução; não se disse isso nos jornais, que insistem em reproduzir o discurso de que o povo é quem ganha.

Nem aprender inglês o povo aprende.

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