Em português, logo abaixo.
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Come to USP - University of Sao Paulo if you are dying to find out what futebol de salao is all about. Or if you a "distinguished" non-nerd.
It is no coincidence USP comes at the bottom of the list. Most readers of the magazine (article addressed to American students considering to enroll a university) will have made up their minds by the time they get to the 'jocks' category.
Foreign Policy does not give a bit, a shit, a damn - gives nothing at all - to USP as a university. The magazine refers only to it as a city, an almost crowded one, located, in turn, in a city where futebol de salao was invented. So, if you are interested in finding out what that "form of a beautiful game" involves, come! Its thousands of students? Well, they do "skilled" research - and that accounts for a large portion of the research, "research" in the country.
On top, USP is recommended for the clique of jocks, which, besides the allusion to athlete, an apparently isent one, is "immortalized" as the opposite of nerds. according to the Wikipedia.
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Só tenho UM minuto! (a essência)
A Foreign Policy menospreza a USP. Estadão impresso, 02.2: "Site americano diz que USP é opção para 'burros'"; na versão online, título desse jornal para mesma matéria muda para quase elogio: "Foreign Policy recomenda USP para atletas reprovados em Harvard. Folha - só online - omite burros. TV do metrô diz que USP é listada entre as melhores fora dos Estados Unidos, cortando a categoria de alunos para qual ela é recomendada.
Minha postagem detalha essas e as outras manobras, e até erro de tradução de ambos os jornais, que manipulam - de novo - a imagem da USP. Todas as referências estão com links.
Gostou? www.twitter.com/mariangelapedro
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A Foreign Policy - matéria de LOIS PARSHLEY, de 31.01.2012, inclui a USP numa lista de alternativas para quem não conseguiu, nos Estados Unidos, a universidade que queria... ou não quer que seus pais quebrem. É bom estar naquela lista ou não?
O Estadão de hoje foi categórico na capa; corrijo, na 'contracapa' (última página do caderno principal, A16) : Site americano diz que USP é opção pra 'burros'. A matéria online - que só difere em relação à impressa por listar todos os perfis-universidade - está sob título diferente que, além de eliminar o 'burros', transforma-se para soar um elogio: '"Foreign Policy' recomenda USP para atletas reprovados em Harvard". No texto lê-se:
...uma das definições do UrbanDictionary.com, site de referência para gírias, jocks são "dumbass athletes who get all the chicks in high school", isto é, "atletas burros que ficam com todas as garotas no ensino médio".
Vou analisar a matéria da Foreign para avaliar se o Estadão exagerou ou não ao afirmar que a revista diz que a USP é para burros.
E a Folha de S.Paulo? Ficou de fora. Nada há no jornal impresso. O site, folha.com, publicou ontem, 20h39, "Revista americana indica a USP para esportistas", e é muito, muto panos quentes em relação ao que está hoje no Estadão (impresso). A Folha traduz skilled research como "pesquisa científica" e jocks seria apenas "esportistas" (título) e "alunos que se destacam mais pelas habilidades esportivas do que pelas acadêmicas". Nada de "burros".
O Estadão também vai mal na tradução de skilled research - pesquisa qualificada; isso serve para trabalhor, trabalhador qualificado. Quer prova cabal de que somos tradutores medíocres também (com excecão de alguns, que a cultura hipócrita me impede de apontar...)? Quer ver como, de fato, skilled é depreciativo no contexto em foco? Digite no google: "skilled research university" e veja se aparece alguma universidade dizendo, em inglês, claro, é que faz skilled research. Viu? Nada. Até agora. Logo a USP vai ficar conhecida mundialmente por isso... Agora digite "robust research university". AH! Chovem resultados.
A matéria pode parecer jocosa já no título: "A Harvard de Hong Kong e outras oito grandes escolas internacionais". O problema é mesmo o tom jocoso: "grandes" é para ser levado a sério?... Adianto que a "Harvard de Hong Kong" é a University of Hong Kong.
A recomendação é bem clara: Em vez de pagar 40,00 dólares ao ano por uma escola mediana nos Estados Unidos (o grifo é meu), amplie seus horizontes para alguns dos "bastions of higher learning". Traduza você, tentando acertar no tom.
Adiante, a matéria soa quase isenta:
Here are some of the best schools abroad, tailored to whatever clique you belonged to in high school.
Traduzindo, as melhores escolas no exterior apontadas na lista são talhadas para todo o tipo de gangue a qual você tenha pertencido no colegial... Todo o tipo? Não! A gangue dos nerds, explicitamente, está fora. Aí é que está a sutileza do deboche maior. Claro, os nerds entraram para a primeira-linha, lá nos Estados Unidos, é isso o que está implícito.
Está também implícito que os Estados Unidos, em meia-recessão ou meia-seja-lá-o-que-for na economia, tem a brilhante ideia de exportar os "medianos", que fariam melhor negócio estudando no exterior. Em termos de grana, está claro. Em termos acadêmicos... os médios lá seriam tão bons ou melhores que...
Pela perspectiva das "escolas" listadas, estar entre as melhores para um certo tipo de gangue... certamente estabelece um estereótipo; se ele for pejorativo, danou-se.
Antes de vasculharmos as nuances do termo "jocks", analisemos o que é dito sobre cada universidade da lista.
Ao apontar no topo da lista a University of Hong Kong e chamá-la de "Harvard" de lá, a matéria é elogiosa. O nome da gangue que essa universidade está pronta para receber? Os "all-around all-stars", o que alude ao fato de a universidade ter gente de todo canto do mundo ("all-around") e seu staff vir, em boa parte (45%), de universidades "leading" - líderes, do topo ("all stars"). Ainda afirma que muitas universidades americanas podem ficar verdes de inveja diante destas estatísticas: 80% dos graduados e 85% dos pós-graduados se empregam dentro de um ano após completarem o curso. Sem dúvida, Hong Kong não ficou magoada. Sim, em negritos, ressalta-se que essa universidade se classifica acima de outras americanas de renome. (os negritos coincidem com links)
A University of Melbourne (Austrália) acolheria os "próximos greenspans". Nada mal! Em negritos a matéria pinta "consistemente listada" - e no topo dos rankings mundiais. Também em negrito, refere-se à "parceria" com a IBM. E há mais um negrito.
Muito bom!
Ainda restariam algumas boas gangues? Well... os pensadores livres. Por certo, não são desprezíveis, apesar de não atingirem o status de green spans. O destino? University of Cape Town. Para os idiotas assumidos, adianto que fica na África do Sul. Há um negrito, mas ficou estranhamente pintado "where", onde (?!). Ah! Acabo de descobrir que os negritos, aqui, são links! Diz a matéria sobre essa universidade: cada pessoa contribui com sua peculiar dosagem de conhecimento e intelecto. É para você? Para a USP não é, com certeza. Se a USP diz que quer essa gangue... delira na encenação.
O que resta?
São mais seis gangues. A da USP vem por último! É mal...
Ei-las: (1) the tech geeks (steve jobs), (2) the tree-huggers (giseles bünchens, os "abraça-árvore"), (3) the party people (o Estadão traduziu essa bem - os festeiros), (4) the cowboy scholars (não é o que parece - são os que estudam e trabalham), (5) the artistes (grafiteiros? um pouco melhor que isso?) e... enfim!, (6) the jocks. (o quê?)
Antes de vasculhar as nuances desse termo, é mais esclarecedor para nossa pergunta - se é elogioso ou não estar listado -, analisar o que é dito sobre as universidades que ficaram como destino dessas gangues.
Primeiro, a suíça, Zurich Swiss Federal Institute of Technology (ETH), recomendada para os tech geeks, é muito elogiada: "a primeira do continente europeu" - assim se exclui o Reino Unido e, portanto, Cambridge e Oxford... Mencionam-se pesquisas inovadoras e afirma-se que "sem dúvida", seus estudantes são bem treinados. Nada mal.
Depois, a University of Tokyo, comentada com menos palavras, mas deixa claro que, se você está interessado em estudar qualquer um dos aspectos principais da questão ambiental, lá é o lugar.
A University of Barcelona é para os festeiros, claro. Para não desmerecer a universidade, diz que sua biblioteca tem dois milhões de volumes "caso você queira fazer um pouco de leitura na horas vagas". Ressalta a vida noturna, ainda vibrante apesar dos 50% de desempregados... Mas isso não chega a ser um mau estereótipo, concordam?
Mais três:
A University of British Columbia - Fica num lugar lindo, Vancouver, Canadá. Isso é por minha conta, para quem não tem noção de Geografia. O que a matéria diz é que a opção é para "co-op", ou seja, um programa que combina academia com experiência profissional relevante. Dá mais informações sobre isso e aponta uma pessoa que conseguiu emprego na UNESCO. Nada pejorativo aqui.
Penúltima, a Cardiff School of Art e Design. Apontada como alternativa muito boa para uma norte-americana caríssima. Diz que é "uma das melhores escolas" de artes da Europa - por apenas 15 mil dólares por ano. Faz uma alusão, que pode ser sutilmente jocosa, à propaganda da escola, que promete levar o aluno a lugares incríveis, e o resultado pode ser até "apaixonar-se - quem sabe". Até aí, nada de mau - os artistas - por séculos - já evocam o estereótipo de românticos.
Enfim... a USP, grafada assim: University of Sao Paulo (sem o til). Analisemos o que é dito sobre a USP. Hum.... Hum... Nada de acadêmico. É uma cidade cheia, hospitais, museus (nenhum elogio a eles)... Nada mais. Gente! A USP não passa de uma metropolizinha. Nada, nada é dito como universidade; é reduzida a uma univer-cidade. Em seguida, fala dos alunos: são mais conhecidos por sua "skilled research". Gente! "skilled"? Eu fiquei ofendida. E muito. Bem; continuando: ... e (os alunos são mais conhecidos) por fazerem jus à sua raiz sul-americana, à paixão por futebol (grafado como se fala, fútbol, porque o football inglês não é o 'sul-americano' (gente!...) e um bem-sucedido "soccer team". Nada de rebeldes, filhinhos de papai; nada mais.
Algo mais sobre a USP como instituição? Nada mesmo? Nada além de sua localização "numa cidade que inventou o futebol de salão de modo a promover o aprimoramento da técnica". Péssimo.
A USP é a única da lista a qual nenhuma, nenhuma menção como academia é feita. Nem a biblioteca entra. N-a-d-a. Isso é um tapão com luva de pelica, luva de quinta categoria.
O Estadão tem razão - a Foreign Policy não elogia a USP. Mas, "burros"? Ora, burros seria ofender os próprios norte-americanos a quem a revista se dirige. Ela comete essa ofensa, ainda que sutilmente?
O que é "jocks". Burros? Brilhantes, inteligentes, sensíveis, inspirados, românticos, trabalhadores, nada disso é.
A Wikipedia diz que...
Jocks are often contrasted with another negative stereotype, nerds. This dichotomy has been immortalized by countless references and themes in movies, television shows, and books.
Jocks tem muitas nuances de significado, mas eu pincei isso (acima) da Wikipedia, porque surge como o estereótipo mais disseminado - "imortalizado por inúmeras referências e temas em filmes, etc.etc." Que estereótipo é esse? O que está em negrito acima: é um estereótipo negativo, que contrasta, ou seja, é o oposto, de nerds. Sim... "tapado" serve. E, portanto, burros também.
O jornal não exagerou.
Segundo estudantes com quem conversei sobre isso, a TV do metrô dizia ontem que a USP está entre as melhores fora dos Estados Unidos... Quem conta não acrescenta um ponto - pode mudar tudo.
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Friday, February 3, 2012
FOREIGN POLICY KICKS USP OFF THE FIELD - UNIVERSITY? A CITY MAY BE textos em duas línguas
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'-ERS' FELLOWS: LOVERS OF IDEAS; EXPLORERS OF THE SUBLE; THINKERS AND WRITERS OF INEXHAUSTIBLE PASSION. ULTIMATELY MINDERS OF FREEDOM.
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