Thursday, April 28, 2011

ECOSOFIA - reinvenção "democrática" do conceito, por acadêmicos badalados. O fundador, eles escondem. Por quê?

Naess
DIRECTLY FROM A SYMPOSIUM ON ECOSOPHY - which left ARNE NAESS out - better, would have done so, but I intervened and the result turned out to be dreadful.
USP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) promoted his paid post graduation course on ECOSOPHY - first class beginning in Aug - in an event in São Paulo (26.04 and 27.04) that brought in Michel Maffesoli and Derrick de Kerckhove, among others, but where the father Arne Naess was reduced to a mere "professor" who wrote a "few things a long time ago", and "all" this because I dared to enquire about him just after the speech of professor Jose Eli da Veiga (USP), where he had said that deep ecology defended that Africans had to be let die - either from hunger or Aids.
The event was organized by a USP center - ATOPOS (http://www.atopos.usp.br/) and sponsored by PETROBRAS and Banco do Brasil, also being granted incentives from other institutions, such as Aliança Francesa, which housed the event. Below is how professor Eli da Veiga lost his posture while confronted by me about Arne Naess. ---- (following complete report only in Portuguese. If you are interested, would you mind translating it yourself? I can't afford that this time. Thanks.)

Organizador do evento: centro da USP chamado ATOPOS. Patrocinadores: Petrobras e BB.
Prof. da FEA-USP perde a classe ante minhas perguntas: "Eu sei láá!!" ele dispara irritado, levantando o braço esquerdo e dizendo com a mão - não me interessa!! Esta foi sua resposta a: "Quando ele [Arne Naess] morreu?". Sim, apenas isso. Mas sua irritação indicava que ele desprezou - sem explicar por quê - o pai da Ecosofia, tema do seminário que começou ontem e vai terminar (mal, depois dessa) no início desta noite.
Todo o desenlace se deu assim: o referido prof. José Eli da Veiga, ouve a seguinte pergunta, de outra pessoa da plateia: "Por que o senhor vê negativamente a Ecologia Profunda"? Eli assim respondeu: "Quando eu vivi na Califórnia, no início dos anos 1990s, esse movimento defendia que o pessoal da África tinha mesmo que morrer de fome... e de Aids também. Apesar de o nome Ecologia Profunda parecer algo ínspirador (ou outro adjetivo análogo) ele tinha essa ideias radicais".
Estarrecida fiquei, porque minha pesquisa incipiente sobre ecosofia associa esta a princípios totalmente contrários ao que Eli mencionou. Então, levanto minha voz e pergunto: "Quem foi Arne Naess"? Eli se remexe na cadeira e agarra o microfone com ambas as mãos. Hesita: "Bem, ele foi um professor norueguês... as ideias dele deram em algo, muito tempo depois". Então, eu disse: "Eu vi na internet que é de Arne Naess a ideia de ecologia profunda, ou "deep ecology" - acho que estamos falando da mesma coisa. Mas eu não vi nada disso, de que os africanos tinham de morrer de Aids".
Eli, visivelmente irritado, dispara: "Se vocês procurarem na internet "ecosofia", a primeira coisa que vai aparecer... se vocês ainda não fizeram isso... vai aparecer Arne Naess". Eli gesticula muito. Olha para mim. Continua: "Não sei sobre o movimento ecologia profunda hoje. Não sei no que deu. (Pausa. Olha para mim.) Não posso associar as ideias do movimento [que ele diz ter visto nos Estados Unidos] com Arne Naess". Penso, isso é o mínimo, não? Ao menos é feita esta correção. Consigo dizer a seguir: "Ele foi importante"... Eli interrompe: "Ele foi a origem", olhando para mim como se tivesse tido algo que não deveria. Acrecenta, minimizando: "Ele escreveu algumas coisas... mas você não controla os movimentos que vêm depois"... Novamente gesticula muito, o que não fizera durante sua exposição (antes das perguntas). "Ele já morreu", diz com ainda mais desprezo. "Quando ele morreu"?, sigo perguntando. Eli, desnorteado, nem ouvira direito. Dispara, novamente gesticulando para indicar desprezo: "Morreu, sim". Repito a pergunta: "Quando ele morreu"? Então veio a explosão final, que eu cito no início deste: "Sei láá"! Eli se esforçava para transmitir uma falsidade: que Naess não apenas estava morto, mas que isso significava que ele - "há muito tempo" - estava morto para a ecosofia.
Ele morreu em 2009, com quase 100 anos (faria em 2012). Gente, repetindo, Naess faleceu em 2009. Não foi um professor norueguês qualquer, mas o mais novo a conseguir se tornar um professor pleno na Universidade de Oslo (28 anos). No Amazon, você tem livros dele publicados após - após - o "início da década de 1990s", quando, segundo o prof. Eli, a ecologia profunda nada mais tinha a ver - se é que algum dia teve a ver, como quer sugerir Eli - com Arne Naess.
Este livro - "The ecology of Wisdom: writings by Arne Naess", pelo próprio, junto com Alan Drengson e mais um (perdoem, mas este computador "emprestado" não me permitiu colar o link do Amazon aqui) é o primeiro da lista que apareceu no Amazon, ao pesquisar "Arne Naess" há segundos atrás. Ano da publicação - 2010. Claro, sem tradução para o "brasileiro". Não está à venda na "barraquinha" junto à porta do auditório da Aliança Francesa... E, ironizando, algo me diz que não haverá interesse do nosso "mercado editorial" pelo livro...
O ótimo é que, diante disso, todos nós podemos pesquisar por nós mesmos. Com recursos abundantes, especialmente para os que dominam o inglês. (Professores brasileiros com temporada na Califórnia não estão geralmente nessse grupo, isso é certo.)Minha pergunta primordial agora é por que esconder o pai da ecosofia, morto recentemente? Então, foi só o "cara" morrer para se propalar a ecosofia sem citar seu nome?Massimo, professor do clube, digo, também da USP, falou a seguir, depois de Eli se declarar a disposição através de seus emails... Por email, não o veremos gesticular... Massimo encharcou o ar com panos quentes, para remediar o embate entre mim e Eli. Aqui no Brasil, tal embate é imperdoável. A plateia assimilou feito esponja a irritação de Eli, a autoridade. Ficou irritada comigo. Brasileiro em geral não tem capacidade de análise crítica alguma. Vai para um simpósio como foi para a escolinha, para tomar notas tintim por tintim, sem garranchos (prof. Maricotinha não gosta de garranchos, leia-se, pensamentos.). Massimo contemporizou assim: "Vimos que cada um tem um conceito diferente de ecosofia.... Isso é democracia"... Democracia, devemos acrescentar, à brasileira. Logo eu deixaria o auditório - o início da exposição de Massimo não me inspirou.

Organizador do evento: centro da USP chamado ATOPOS. Patrocinadores: Petrobras e BB.

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