Friday, April 29, 2011

Catherine, Duchess of Cambridge - is that still myself? Catherine, Duquesa de Cambridge - ainda sou eu mesma?

Here we argue that Catherine, by declaring, e.g., she does her own make-up, struggles to prove herself she can lead a normal life. However, her life has changed profoundly and she has not gotten any significant role to offset the damages the change inevitable causes. The last hope is that love really develops so that life really holds to its main purpose.

Você é a favor disso??, dispara para mim um homem desconhecido, num café em que a TV transmitia o casamento real.
É um sistema de governo; tem suas vantagens e desvantagens, respondi. Ele foi embora.
Não vejo por que resolver discutir isso justamente agora. Temos um momento histórico, muito bonito pelo visual, pela juventude, pelo desafio. Já é muito. É para ser assim assimilado.
O céu estava nublado, mas não o clima da nação. Renovar a monarquia? Muito ao contrário. O casamento não foi no Taiti, celebrado por um pastor local. Tudo foi livre de novidades. Tudo.
A novidade era uma noiva com curso superior, já com a idade "avançada" de 29 anos e... plebeia. Mas tudo isso foi totalmente contornado, inserido dentro dos padrões da mais elevada tradição.
Alívio: não há mais noiva plebeia - há o duque e a duquesa de Cambridge. E um povo por algum tempo esquecido da crise, com uma ótima história para comentar, relembrar.
Onde será a lua de mel? Ainda não sei. Antes disso, procuro saber por que William não usará aliança. E, como antecipei ontem, ao traduzir o livro oficial da cerimônia, apenas o noivo colocou aliança no dedo da noiva, que não retribuiu o gesto na cerimônia.
Vi os 367 slides do yahoo news. Há mais slides do conversível azul com que os noivos deram uma inesperada voltinha do que slides dos beijos na sacada. Tal voltinha com um carro decorado aos costumes dos comuns é uma exibição com o intuito de estabelecer o somos-como-vocês (é óbvio que não são). Mas a popularidade, a aceitação das massas é o que mantém a monarquia exatamente onde ela está - e onde quer permanecer.
Mais amenidades: não gostei do excesso de "estrutura" no vestido da noiva, na região dos seios. Coisa de fantasia de Mulher Maravilha. Linda, cheia de curvas, estava a irmã da noiva, muito segura no seu papel de dama de honra.
A noiva adotou a magreza total, que a geração de minha mãe dizia, negativamente, ser "mulher tábua".
Ninguém comenta, mas chamo aqui a atenção para a elegância do pai da noiva. Quanta classe, sem que tenha sido orientado pela Casa de Windsor! Catherine aproveitou essa qualidade do pai. Um nobre nato. Agora nobre de fato. A mãe da noiva destoa disso. Mas foi a mãe que mandou a filha para os braços do príncipe, apontando-lhe a universidade na qual ele estudava.
Aqueles que dizem que esse enlace "renova a monarquia" também apregoam que Catherine "conquistou o coração do príncipe", um chavão antigo, que não combina com renovação alguma. Também segundo a mais límpida tradição, Catherine não tem o sobrenome "Windsor" adicionado ao seu, como é o costume entre nós. Ela ganha os primeiros nomes dele, devidamente entremeados aos títulos de nobreza que a Rainha, com o casamento, outorgou ao seu neto. A Wikipedia, em inglês, já está atualizada, apresentando o verbete "Catherine, duchess of Cambridge", que informa que a designação completa de Catherine agora é esta: Her Royal Highness Princess William Arthur Philip Louis, Duchess of Cambridge, Countess of Strathearn, Baroness Carrickfergus. Ou seja, Sua Alteza Real Princesa William Arthur Philip Louis (primeiros nomes de seu marido), Duquesa de Cambridge, Condessa de Strathearn, Baronesa de Carrickfergus. Os detalhes sobre essas titulações estão no site oficial do casamento: http://www.officialroyalwedding2011.org/blog/2011/April/29/Titles-announced-for-Prince-William-and-Catherine-Middleton .
De acordo com o Huffington Post, a decisão de não usar aliança é simples decisão pessoal do Príncipe William. Catherine usará aliança, feita com o raro ouro do País de Gales, seguindo mais uma arraigada tradição monárquica.
Nunca encontrei quem discordasse de que "tudo muda com o casamento". Ir para a cama com um mais do que íntimo colega de faculdade é bem diferente do que ir para a cama com um marido, sendo você não mais uma sedutora amante, mas uma esposa.
O que mais me angustiaria se estivesse nessa situação seria a perspectiva de... melhor: a total falta de perspectiva de mudança, de renovação. O que há de aventureiro agora? Tudo me pareceria insuportavelmente previsível. E confortável demais. Não é razoável esperar um levante, o povo assaltando o palácio, fazendo uma revolução. Nenhum risco à vista.
Eu seria comportada, simplesmente porque não enfrentaria essa ansiedade caçando amantes, ou rodopiando com John Travolta, como Diana o fez. Envelheceria, me apegaria cada vez mais a fotos dos filhos, que espalharia por todos os cantos. Diria, como Kate vive repetindo para todo o mundo, que eu mesma faço minha maquiagem, num esforço vão de convencer a mim mesma de que eu ainda tenho controle sobre minha vida. A crise nada tem a ver com esses sombrios esforços. Crise alguma justifica uma nobre economizar tomando a tarefa de maquiagem para si. Se eu fosse a rainha, teria um papel relevante, não precisaria ficar enviando mensagens fúteis sobre minha maquiagem, já que aguentar uma vida tão diferente seria mais viável. Entretanto, uma Princesa-Duquesa-Condessa-Baronesa, possivel-futura-rainha... não é nada de útil, diante de um estilo de vida que não é comum. Em suma, Kate "ganhou" uma vida incomum, sem um papel de influência relevante. Tanto não há esse papel, que se recorre a delírios de "renovação" de monarquia.
Ter de se esconder para passar uma lua de mel "normal" torna-a mais excitante. Mas, depois dela, o melhor é admitir que certas coisas são inconciliáveis. Não é possível ser princesa e ter uma vida normal.
Tomara que o amor ao outro prevaleça - é o que pode de fato fazer frente à angústia.
Mariangela Pedro
29 de abril de 2011

How elegant and sexy was the bride's sister...

Pippa Middleton

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