Monday, October 25, 2010

VIRTUALMENTE - ERRO DE TRADUÇÄO EM 1822 DE LAURENTINO GOMES, EM REPORTAGEM DA FOLHA, ETC. VIROU NORMAL NESTA NAÇÃO IGNORANTE

Enviei hoje esta mensagem para a ombudsman da Folha de S.Paulo, que näo é um homem. O próprio jornal insiste no "ombudsman", quando nos EUA e outros países há muito se adotou a forma compatível para qualquer um dos dois sexos. (Bem, ainda só há dois sexos, embora alguns tentem provar algo diferente disso.)

Näo aponto o nome de Laurentino Gomes, o badalado autor do momento (1808, 1822), na carta à ombudsperson,mas é ele a "estrela" a que me refiro na carta.

Sim, no livro 1822, há, pelo menos uma vez, a traduçäo incorreta de virtually como virtualmente, quando o sentido é de "quase". O termo é falso cognato também em espanhol, além do inglës.

Cara sra. ombudsperson,

1. Näo recebi resposta do colunista. Luiz Felipe Ponde a minha mensagem de 02 deste, "Pondé não respondeu e isto agora é muito serio", É fundamental registrar isto, para que fique inquestionável que ele de fato näo respondeu (para que näo venha a alegar que eu é que náo recebi a resposta, p.ex.).

2. Peço a você que tente fazer que uma grande besteira pare de aparecer na Folha. Minha coleçáo de artigos em que a tal besteira aparece já está enorme.

A origem da besteira é a traduçáo incorreta - para o portuguës - de VIRTUALLY, um falso cognato. O uso de ferramentas de traduçäo, sites, etc. contribuiu para o absurdo.

VIRTUALLY näo é VIRTUALMENTE em 99 POR CENTO DOS CASOS!

O erro consiste em traduzir por VIRTUALMENTE,quando o correto é QUASE. (ou PRATICAMENTE)

Já confrontei uma "estrela" feito Pondé, que jamais admite suas escorregadas. E tal estrela, face a face, alegou que "popularmente se entende que virtualmente aqui é quase".

Sendo assim, cara ombudsperson, vocë näo haveria de estranhar se eu lhe disser que estou virtualmente morrendo de fome, ou que meu carro está virtualmente sem combustível, ou que nós, naçäo de ignorantes e hipócritas sem igual, estamos virtualmente caindo no abismo.

Ah! Você acha que eu estou louca por dizer essas coisas! Bem, eu digo o mesmo de todos que escrevem isto em BEST SELLERS e artigos publicados até... pela FOLHA.

O erro é evidente... para mim. Mas a fama sobe e corrompe o órgäo da lucidez. Como reconhecer que se errou, quando somos adorados feito um deus, por... virtualmente nada?

Dicionários - Aurelio e Houaiss NÄO apresentam virtualmente como sinônimo de quase. Sacconi, que já defendeu a grafia de xóping (em vez de shopping) e tantas outras "vanguardas", já inclui a besteira lá, no seu guia para burros. Näo quer dizer com isso que a correspondëncia entre os termos está correta. Apenas que a besteira conquistou a naçäo do futuro. E até eu, como disse no início, já tenho provas disso.

FOLHA DE HOJE- a peça mais recente para a minha coleçäo: repórter Luciana Coelho assina matéria "Jovens dos EUA dão as costas à política", que contëm: É uma queda de nove pontos em 11 meses e virtualmente a metade dos 53% que votaram para presidente em 2008...

Bem, fica a forte suspeita de que Luciana recorreu a uma traduçäo automática... Aposto minha coleçäo inteirinha como ela näo seria aloprada para escrever "virutalmente a metade", quando o sentido é de que "quase a metade dos 53%..."
Claro que há o erro. PRATICAMENTE ou QUASE dos 53%... é o que caberia. Bem, ela traduziu de outro e näo citou a fonte. A falta de ética também já está táo disseminada que... o negócio é negar até a morte, seja de que forma absurda for.

Pois. Estou virtualmente a ponto de ter uma síncope. Por que quem comete o erro näo quer admiti-lo e entäo a besteira é que precisa se tornar "popular".

Mas ora confio,finalmente, a delicada questáo a você, dedicada ombudsperson. E espero logo receber resposta com algo assim: "a leitora está com a razäo. Tomaremos todas as medidas para näo mais publicar a besteira".

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