O artigo QUE HISTÓRIA É ESSA DE CRISTÃOS? em 5 minutos.
Ou em 10, 15, 20...
(você vai querer reler isto pelo menos uma vez!)
1. Os historiadores cristãos ressaltam a "vitória do cristianismo" que, para eles, sobreviveu a longa resistẽncia e até a sanguinárias perseguições. Só que o cristianismo "vitorioso" que temos hoje em nada se assemelha ao cristianismo dos tempos antigos. O artigo demonstra isso, com base em documento do século II.
2. O imperador Constantino se converteu e, então, o cristianismo "ganhou o mundo". Falso. Constantino estava do lado perdedor. Que lado é esse? Veja o próximo item.
3. Bem antes das Cruzadas e de outros massacres, membros do que viria a ser a Igreja Católica tiveram de esmagar a Igreja do Leste (leste do império romano). Você nunca ouviu falar dessa igreja? Normal. Como muitas outras coisas escondidas ou distorcidas, a Igreja do Leste não convém para a história bonitinha - ao gosto deles - que os vencedores gostam de contar!
4. Os historiadores que ao menos tocam nesse particular (imenso em importância para a verdadeira história) chamam a Igreja do Leste de "cristianismo ariano". Eles diminuem muito essa igreja, que tratam apenas como uma "divisão" do cristianismo; muitos a tratam como "uma heresia". Tudo falso.
5. A história "dos vitoriosos" falseia ao unir a Igreja do Leste com as autoridades que formariam a Igreja Católica, estabelecidas no outro lado (oeste) do império. Por que inventam tal união? Para que a Igreja Católica fique, assim, mais velha, mais antiga do que de fato é. Exato: a Igreja do Leste é séculos mais antiga do que a Igreja Católica de Roma...
6. Por que cristianismo "ariano"? O termo vem de Arius, nome de um presbítero da Igreja do Leste, que já tinha mais de 300 bispos no século IV (anos 300-399), "depois de Cristo". Arius ficou, assim, de alguma forma eternizado diante da injustiça de ter sido envenenado na véspera de reassumir seu posto na Igreja do Leste, por ordem justamente de Constantino. O chefe de Arius, que acabara de "se vender" às autoridades de Roma (futura Igreja Católica), havia mandado Arius para o exílio. Constantino reverteu isso, mandou Arius voltar. Mas... ele morreu daquele jeito, na véspera, como já dissemos. Que coisa, não?
7. O embate entre tais facções do oeste e do leste continuou. Perdurou vários séculos, mesmo com a morte de Arius. A Igreja Católica acabou "vencendo" - com outros envenenamentos, enfim, com o jogo sujo de sempre. E ponha "sujo" nisso! Até hoje você ouve que a religião da Igreja Católica é a "mais antiga e verdadeira". Viu agora que mentira? Lamento se perturbo você, mas a verdade é essa.
8. Você então pergunta: A Igreja do Leste era de fato a mais antiga de todas as igrejas cristãs? Antes de mais, neste ponto você deveria ter percebido que não pode cometer a imprudência de usar "cristão/cristã" e mesmo "cristianismo" sem antes pensar sobre isto: o que estou querendo dizer com esses termos? Quase certamente, havia outros grupos que seguiam pelo menos um dos muitos preceitos do cristianismo de hoje, até porque o cristianismo "vencedor" é uma enorme colcha de retalhos, que foi incorporando tudo ou quase tudo que "encontrava pelo caminho" - esmagando o grupo original, ou forçando a conversão dele. O Código Da Vinci, livro de Dan Brown, é o romance mais popular sobre tal estratégia de trazer tudo para debaixo de um só "guarda-chuva".
9. Voltando à pergunta, para respondê-la. A Igreja do Leste, se não é a mais antiga de todas, certamente é bem mais antiga do que a Igreja Católica. Além disso, era a mais poderosa, a que deu mais "trabalho" para os que viriam a ser os fundadores da Igreja Católica. Católica significa universal, ou seja, qualquer outra religião passou a ser, com maior ou menor influência, "nossa". Observe que o Senhor também passou a ser, explicitamente, "Nosso Senhor". Depois de "amém", NSJC (Nosso Senhor Jesus Cristo) é a expressão mais repetida durante a missa.
10. O credo católico é de gabinete. Ou seja, é um credo encomendado, e não o resultado de uma fé naturalmente desenvolvida. Esse credo foi encomendado a um sujeito chamado Athanasius, que também tinha se vendido às autoridades da futura Igreja Católica.
11. Não havia fiéis católicos antes do século VII (anos 600-699). Isto mesmo: não havia grupo que adotasse as doutrinas católicas, ainda que com outro nome. Nada. Os primeiros fiéis católicos emergiram dos povos que a história "dos vencedores" estranhamente chama de "bárbaros", que "teriam invadido o império". Lorota. Não invadiram, não. Esses "bárbaros" eram cristãos arianos! Eles gradualmente assimilaram a doutrina do papa, em troca de privilégios políticos, terras...
12. Esqueça, portanto, os discípulos-pescadores-humildes da tão distante (em relação a Roma) Galileia. Eles foram distorcidos brutalmente também, e incorporados à doutrina do papa romano.
13. Nosso artigo mostra muitas das contradições resultantes da tentativa (que acabou dando certo) de se inventar uma igreja católica com raízes na Galileia... Até a narrativa de perseguição aos "primeiros cristãos" é toda desencontrada. Com o artigo, você saberá quem eram os perseguidos de fato. E por quem (se você é espertinho, já deduziu quem é que perseguia...)
14. A perseguição, já explicaram diversos sociólogos, é um charme e tanto na história de uma religião; especialmente se você não está na pele de um perseguido, mas é apenas um herdeiro da história "bonitinha" dos vencedores. Declarar aos quatro ventos que "fomos perseguidos mas vencemos" valoriza a religião que alega isso. Mas o catolicismo, desde o início - seu verdadeiro início - só foi perseguidor, e um perseguidor implacável. A vitória sem retoques do catolicismo não tem charme algum: só remete a sangue loucamente derramado, a sórdidas politicagens, a falseamentos mil.
15. O artigo QUE HISTÓRIA É ESSA DE CRISTÃOS? não esgota toda a nossa pesquisa de muitos e exaustivos anos. Mas você concordará com isto: o que revelamos nos itens acima já é de atordoar. Você quer ler mais? Prossiga.
16. Você agora acha que está preparado(a) e quer ler o artigo QUE HISTÓRIA É ESSA DE CRISTÃOS? todinho. Então, envie um email para a Mari: mariangelapedro @ yahoo.com (sem 'br'). O artigo é fruto de pesquisa de doutorado e foi incluído nos anais de um recente evento sobre história antiga da UFRJ (não está na internet).
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