Os radicais são muito numerosos. E continuam a se multiplicar. Na igreja católica, contudo, a uniformidade sempre foi um desafio para os controladores da fé mais poderosos do planeta.
Ontem ouvi a outro sermão do vigário da igreja São José do Jardim Europa, aquela dos tijolinhos amarelos (ao menos por enquanto...). Esse substituto - efetivado - de Roberto Pires leu a segunda leitura trocando 'caridade' por 'amor'. Ele mexeu na palavra de Deus?? Sim.
Foi uma das coisas mais patéticas - ouvir esse clérigo, chamado Osvaldo, falar de amor. A resposta de Clooney, em "Amor sem escaladas" (em cartaz), quando sua pupila tenta lhe "vender" casamento apontando 'amor' é também perfeita para responder a tal sermão.
"Será que eu amo alguém"? Osvaldo até repetiu isso, em sua usual falta de substância ao discursar.
Não faltou o "cada um de nós", que ele usou também na forma abreviada - "cada um", em rajadas, como de costume. Foram três "cada um", só ao propor sua breve e patética apologia do amor. E logo a rajada se repetiu. Em quinze minutos, pode-se ter a certeza de ouvir pelo menos uma dúzia de "cada um"/ "cada um de nós".
Osvaldo não se estendeu tampouco ao justificar a troca na Palavra de Deus. Então, ouvimos também que o amor é mais importante do que a fé.
Osvaldo se atrapalha com a retórica de Paulo, o apóstolo-fundador, segundo a doutrina católica. Ele dispara que, sem amor, nada adianta, não adianta morrer...
Chi! Lá se vai a paixão na enxurrada! Osvaldo para e recomeça, retirando o morrer. E emenda confirmando o ponto-chave do catecismo: A morte na cruz foi por amor. Amor... a cada um de nós.
Melhor falar da reforma na igreja, que não acabou, não. Em postagem anterior, relatei que a sujeira do mármore tinha ido parar nas paredes laterais. Entretanto, ao retornar à igreja, constatei que as paredes laterias foram pintadas.
Ninguém nunca viu um cartaz de licença da prefeitura para reforma em igreja alguma... E Osvaldo não pensou em, ao menos, contratar um bom mestre de obras. A longa reforma está tendo um desenrolar mais intrigante e atrapalhado do que o estica-estica ao se compor o Novo Testamento. Vejamos: depois de pintar as paredes, Osvaldo manda tirar as telhas do lado esquerdo da igreja (o da Rua Áustria). A época para mexer no telhado não podia ser mais... apropriada! E note bem a sequência: primeiro pinte. Depois, mexa no telhado. Acho que "São Pedro" resolveu reformar o céu competindo com Osvaldo.
Chega de chuva, São Pedro!
Vi a chuva invadir a igreja durante a missa de sábado, há quinze dias. Rezada por Osvaldo.
Pe. Roberto, fino como papel, reza apenas a missa primeira de cada dia. Todas as outras são conduzidas por Osvaldo. Como o pessoal engole qualquer coisa! A igreja lota tanto quanto o McDonald. Valor nutricional? Que nada...
E além de pintar tudo, Osvaldo instalou o sistema de ar-condicionado. Sim, antes, antes de mexer no telhado.
Nada foi feito no chão, que precisa de uma atençãozinha, sem dúvida. Talvez esteja nos "planos" de Osvaldo.
Será que eu amo alguém mesmo?
Acho que o "banido" Pe. Toninho responderia: amar a você mesmo já é uma grande coisa.
Vou concordar. Só que, para mim, é preciso amar a si o bastante para ser capaz de viver sem fazer dos ouvidos depósito de palavras tão vigaristas. Ouvir para criticar é bem diferente, claro, de "viver ouvindo".
Na igreja, se vive nas alturas. Mas isso tem, então, um sentido bem diferente do "Up in the air", título original do filme protagonizado por Clooney. Desastrosamente, o título, em português, ficou patético como o sermão de ontem: "Amor sem escalas"... Francamente!
Mas vou propor, na linha parva da salvação: Será que amo mesmo alguém, sem escalas? Sem umas férias, escapadas (idas à igreja incluídas?)
Irrelevante. Identifico-me com Ryan, o personagem de Clooney: "Simplesmente, não vejo o valor nisso".
O quê?!
É sério, leitor. Isso representa uma reforma radical... especialmente para aqueles que sabem que eu até já escrevi um livro com este título: Sermão de Amor.
Ainda bem que não publiquei. Não, nada há de errado naquele livro. Só que, neste mundo, ele não tem valor. Se tivesse publicado, teria um estrondoso fracasso de vendas no cv! Fracasso confirmado por outras experiências que, por fim, levaram-se a viver sem escalas para o amor. Mas viver o "up in the air" de Clooney é ótima solução.
Much of the discourse all around is power-oriented. Our texts, rather, will be appreciated by those brave enough to leave the good life of obedience in order to grow and take risks for the benefit of a multitude of others. Welcome! PORTUGUÊS acesse "apresentação do blog" abaixo
Sunday, January 31, 2010
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'-ERS' FELLOWS: LOVERS OF IDEAS; EXPLORERS OF THE SUBLE; THINKERS AND WRITERS OF INEXHAUSTIBLE PASSION. ULTIMATELY MINDERS OF FREEDOM.
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