Não pensem que é coincidência eu ter tido um contato assustador com o segurança que matou Dácio, membro da família à frente da empresa que fabrica os purificadores de água Europa. Vocês é que ainda não têm noção de quão fácil é ser vítima de seguranças, em lugares considerados bacanas.
Vou listar todos os lugares - além da padaria Deôla, já considerada em outra postagem - que deixei de visitar por causa de seguranças. E os que voltei a frequentar depois de um bom tempo, por falta de opção. Posso deixar de citar alguns, mas os que estão abaixo, são casos certos, de que me lembro muito bem, embora, não tenha a data precisa de memória. De muitos, com alguma pesquisa e retrospectiva mais esforçada, posso chegar à data, ainda que aproximada.
1- Empório São Paulo. Estava todos os dias lá. Gostava mesmo. Até que resolveram contratar um velho, magro, não, raquítico, para "segurança". Entrei na loja. Pedi um pão francês, como de costume. Acabara de sair do forno. O funcionário habilidoso deixou uma "fresta" ao fechar o saquinho com a etiqueta - para o pão não murchar. Passei por outros setores. Mas, naquele dia, nada mais encontrei para meu lanche. Passando pelo caixa, devolvi o pão embaladinho como me deram na padaria e disse para a mulher no caixa: "Não encontrei mais nada. Vou deixar isso, então.
Notara que o tal homem raquítico me seguira. Ele, quando cheguei à calçada, avançou em minha direção, acusando: "Não vai pagar todo o pão de queijo que você comeu"? Pão de queijo?? É! Você jogou o saco vazio ali fora.
Gente, o cara era cego, louco ou as duas coisas? Mentiroso escancarado ele era. Entrei de novo na loja. O saquinho do pão já tinha voltado para a padaria. Gerente. Gerente, eu insisti. O gerente me conhecia, claro. Via-me entrar e sair todos os dias. O empregado da padaria guardara o saquinho do jeito que estava. Foi a sorte minha. O segurança disse para o gerente, na minha frente, que eu comera pão de queijo - que, segundo ele, estava no saquinho - por um minúsculo buraquinho. Dava para comer, sim!, ele insistiu. Então, fiz todos irem até a padaria e interpelei o padeiro. Ele calmamente passou o saquinho com o pão francês, do jeito que ele me dera, para o gerente. Sim, o gerente ficou pasmo. Pediu-me desculpas. Seu Antonio, vamos já conversar!
Fui diminuindo as visitas. Então, algo pôs fim ao casamento de uma vez por todas. Estava resfriada. Entrei para comprar limões. E acabei levando também uma cenoura e uns tomates. Dali, fui até a livraria Nobel, bem próxima. Também era conhecida na livraria. Sabem o que aconteceu? Bateu polícia. Dois carros. Estavam com um segurança do Empório, um homem bem forte, meia-idade. Acreditem, a polícia estava tão à vontade para me submeter a tal situação... Tive de abrir a sacola, a bolsa. Eu guardara a nota fiscal. Que não dei na mão da policial. Mas a apresentei, mantendo-a nas minhas mãos, e olhando fixamente para ela. Então, ela comunicou aos outros que eu só tinha o que estava na nota e foi embora. Ainda estavam lá na frente da livraria, quando o gerente da loja me orientou: Peça o número do BO - eles têm de dar o número para você.
A policial disse-me que não havia boletim porque não tinha acontecido nada. Perceberam que eu tentava anotar a placa dos carros. Entraram nos carros e deram partida. O Empório acabou para mim.
2- Shopping Iguatemi. Uma semana antes do dia internacional da mulher. 2009. Leiam neste blog. Há duas postagens, com todos os detalhes do desvairio dos seguranças, que inclui o chefe deles.
Já estava para sair, acompanhada por um segurança que me disse que "qualquer um pode apresentar queixa à Administração". O chefe dos seguranças havia me assediado e chegou a arrancar o material que eu lia das mãos. Disse que eu tinha de sair. Havia vários outros clientes. Eles (seguranças) já haviam decretado o shopping "fechado" só para mim, outras vezes. Continuei lendo. Depois que ele, o chefe, arrancou as folhas de minha mão, disse-lhe que ele teria de chamar outra pessoa. Foi então que ele se apresentou como o chefe. Por fim, recorreu a um de seus funcionários, que foi muito educado. Falava bem baixinho. E praticamente me suplicou para sair. E assim foi que, enquando caminhava ao lado dele - e apenas dele, eu inisitira - ouvi aquela sugestão de reclamação. Já perto da porta, pedi-lhe para ir ao banheiro, antes de sair. Havia cinco ou seis mulheres ali. Quando elas saíram, eu lavava as mãos. Então, o chefe dos seguranças bateu, abriu um pouco a porta. Fiquei boquiaberta. Ele deu a dica para um outro: Livre. Então, um ex-policial (ele me revelaria isso logo depois) invadiu o banheiro, berrando para eu sair já. Como fiz que acabaria de lavar as mãos, ele partiu para cima de mim. JÁ!!!! Saí. As outras mulheres estavam logo adiante, próximo ao Pão de Açucar. E vi que pelo menos uma percebeu o que acontecia. Eu falei alto: Vocês esperaram as outras mulheres saírem do banheiro? Porque não fizeram isso enquanto elas estavam lá, se, como você diz, você não está fazendo nada de errado? O homem parrudo esbravejava, furioso com minha postura questionadora: Vocês estão querendo se dar bem, diante do que o outro fez, acrescentei.
É isso o que acontece quando você está só e é uma "peça" vulnerável: uma mulher, alguém de menos posses. Ou simplesmente, alguém que eles elegem para cristo. Antes desse caldo maior, já tinha sido assediada por seguranças do Iguatemi. Até que percebi que bastava em ficar bem perto de outros visitantes. Então, eles não me assediavam. E assim eu os mantive "no laço". Até o dia em que estava lendo e fiquei sozinha num dos bancos em frente à loja Zara. Sim, aconteceu o que narrei acima. Ia muito ao cinema ali. Não fui mais. Ia ao Almanara. Às vezes, ao América. E gostava de comprar na Zara, em especial. Voltei a fazer visitas esporádicas, geralmente por causa do Pão de Açuçar ou da farmácia. Nada de visitas mais prolongadas. Comprei na Zara de outro shopping (Vila Lobos).
Ontem, pensei em ir ao cinema no Iguatemi. Mas, depois das oito da noite, o shopping ficou muito vazio. E senti medo... por causa dos seguranças. Haveria sessão até à meia noite e meia - filme sobre Lula, que eu queria ver. Mas fui embora, por falta de confiança nos seguranças.
3- Natural da Terra - empório de rua. Deixei de visitar a loja do Itaim. Ia lá toda a semana, especialmente por causa das coisas que os vegetarianos consomem mais. Certo dia, chamei o gerente porque um dos seguranças grudara em mim, mal eu entrara na loja. Outro segurança insistia: Pode falar com a gente. Insisti para falar com o gerente. Sim, o cliente não vê mais o gerente. Que fica lá dentro, e deixa o controle da loja para o segurança ou seguranças. Finalmente, saiu lá de dentro um rapaz, medroso, que deu a volta na loja até se aproximar de mim, quando eu já ria: Você está com medo de mim? Apontei o absurdo do que acontecia. Como os seguranças não tinham preparo. Como cercavam o cliente que eles achavam suspeito só porque chegou a pé. Etc. etc. E fui embora, dizendo que não mais voltaria. Descobri outro empório. Sem seguranças até agora...
4- Center 3 - Shopping em frente ao Conjunto Nacional, na Paulista. Duas vezes, fui impedida por seguranças do local de entrar para ir ao cinema, em sessões com início após as onze horas da noite. Na primeira, não consegui entrar. A portinha estava aberta, mas, quando coloquei o pé, um deles se postou na minha frente e me impediu de entrar, dizendo que a bilheteria do cinema já estava fechada. Era mentira. Peguei dois rapazes como testemunha, que sairam na hora, e tinham passado pelas bilheterias e confirmaram que elas estavam abertas. Na segunda vez, as grades não estavam abaixadas. Quando me aproximei, o segurança se colocou na minha frente "onde a senhora..."; eu desviei e passei. Ele começou a mandar recadinho pelo rádio, enquanto me seguia, repetindo que a bilheteria estava fechada. Cheguei à bilheteria, que fica no térreo mesmo. Tive até de esperar para ser atentida, pois havia outras pessoas. Outro segurança se juntou ao primeiro. E disse: Isso aí? Tem de barrar lá fora, nem deixar entrar.
Gente, o que havia de errado com "isso aí"? Notei que os seguranças eram negros. E eles, não são racistas?
Comprei o ingresso. Pedi para falar com o gerente. Ele disse que os seguranças eram novos no serviço. Eu rebati, dizendo que não era isso. Ele se dirigiu à entrada do shopping, por insistência minha por providências. Quando ele voltou, pedi-lhe para aceitar a devolução do ingresso, pois eu tinha ido até lá para me divertir. E estava agora aborrecida, sem vontade para ver filme algum. Ele aceitou. Pediu desculpas. E eu disse: Espero que vocês resolvam esse problema. Posso apostar que, pelo menos antes de postar isto, eu teria sido barrada de novo. E de forma mais firme ainda. Portanto, não mais voltei.
5 - Ecos do anterior - SHOPPING PÁTIO HIGIENÓPOLIS. Querem ver como eu entrei no shopping outro dia? Peçam, para o shopping, a gravação da câmera. De novo, eles me barraram pelo mesmo motivo do caso anterior.
Certo dia, tempos antes da última ocorrência, um babaca desses metido a besta me barrou. Inocentemente, disse: Vou ao cinema. Você está com o ingresso? Vou comprar agora, na bilheteria. O cara não me deixa passar. Você está fazendo triagem de quem está entrando de carro?
Ele fala pelo radinho. Eu forço a passagem e entro. Ele manda gente atrás de mim. O shopping está bastante movimentado, apesar de ser mais de onze da noite. Há também o teatro, que fica com a bilheteria aberta, muitas vezes com fila, até meia-noite. Então, alcanço o cinema, lá o último andar, sendo vigiada por um... babaca.
Já preparada para o abuso, na semana passada caminhei firmemente para a entrada. Dois seguranças ao lado da porta, aberta. Um deles faz sinal para o outro, ao me ver. O segundo mete a cara no vão da porta: "Já fechou". O cara lembra Frankenstein. Sem parar, digo: "Vou ao cinema". Mas esqueci da proteção nos seios. Ele esticou o braço, e eu entrei empurrando o corpo contra o braço dele. Claro, novamente fui seguida.
Vou enviar isso para alguma associação de proteção às mulheres....Procurar o nome nas reprotagens sobre o caso Geisy... Algo tem de ser feito!
Há mais, sim. Pão de Açúcar. Mc Donald. Até um segurança do EMPÓRIO SANTA MARIA já foi até o banheiro feminino. O que eu fizera? Nada Já passara no caixa e não comprara apenas um pão, mas alguns itens, o bastante e o confortável para alguém a pé. Ele não esmurrou a porta. Mas ficou sem graça quando eu saí de lá, e dei de cara com ele, espreitando. Tentou sumir da minha frente, mas isso ele não consegue fazer, embora deva se achar o máximo só por ser segurança de um lugar tão... bacana? Por que ele foi até lá? Claro, diriam que acharam que eu estava passando mal. Não tenho cara de quem passa mal assim, do nada. Muito ao contrário.
É, tá difícl dizer onde não tive problemas com seguranças. No banco, claro que sim. Ah! Livraria Cultura, especialmente a loja da Av. Paulista. Já fui barrada, por o alarme tocar na saída. E ele já tocou na entrada, em duas ocasiões! Já vi isso aconteceu com outras pessoas. Mas eles estão mais bem orientados do que aqueles do Empório São Paulo. E não saem revistando você. Convidam você para ser revistado. Ridículo. Então, os seguranças crescem em número a olhos vistos. E passaram a tomar notas. Um clima horroroso. Deixei de ir. Vou a um ótima livraria, que ainda não tem seguranças, ao menos desse nível tão rudimentar. Se há segurança, você não nota. Como deve ser. Vamos aproveitar, enquanto não dá a neura neles também.
Ah! Gente, agora há seguranças... no trecho comercial mais nobre da rua Lorena. Um deles saiu atrás de mim, depois que deixei a rua. Nem entrara em loja alguma. Virei na Augusta. E logo percebi que ele veio atrás. Parei. Encarei. Ele voltou para seu posto na esquina. Teria sido atraido por meu traseiro?
Chegando à Lorena, sim, chegamos à Casa Santa Luzia. Eles já estão mais do que neuróticos lá também. Um dos seguranças, um sujeito novo, parou junto a um carrinho com produtos expostos, perto da geladeira dos iogurtes. Só que ele não olhava o produto, mas tinha os olhos em mim. Encarei, balancei a cabeça levemente. Ele então disparou para a frente da loja, olhando para trás uma vez. Que bab...
Mas, bem antes disso, houve o dia em que três ficaram me seguindo na loja, um deles o tal Francisco, peça de museu do local. Pedi para falar com o gerente. Ele foi gentil, sensato. Não, não pode ser funcionário nosso. Dessa vez, não há nenhuma dúvida. A senhora está sempre aqui... Pois é. Há algum histórico de furto de minha parte? Claro que não! Então, devolvi tudo o que tinha escolhido. menos as nozes pecã, dizendo: Não estou encontrando isso em outros lugares. Mas isso aqui... posso comprar em outro lugar. Disse para ele que a questão deveria ser discutida internamente. Havia pesquisas mostrando que, no setor farmacêutico, os furtos não diminuíram após a adoção da "segurança". E a conta com esse pessoal ultrapassou o equivalente furtado. Voltei a visitar a loja só agora, em dezembro. Fiquei quase o ano inteiro sem entrar lá.
Não, gente. Não caiam nessa história de ser ecológico. E andar de bicicleta ou a pé em São Paulo. Vai ser ótimo para vocês e para o planeta... por um lado. Mas, por outro, ao chegarem tão ecologicamente corretos aos lugares bacanas desta cidade, vocês serão tratados como suspeitos, impedidos de entrar. Convidados a sair antes dos outros. E, se não forem esfaqueados, mudem-se. É o que decidi fazer. Resolução de ano novo. Estou "levantando acampamento".
Igrejas.. Sim, vocês se lembram... Aquele tal Roberto, segurança da paróquia São Geraldo, em Perdizes.
E houve também o outro, barrigudo, que barrou a mulher com a criança especial, que então criou um barraco.
Pois. Dei um basta.
E, por hoje, está de bom tamanho.
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Saturday, January 2, 2010
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'-ERS' FELLOWS: LOVERS OF IDEAS; EXPLORERS OF THE SUBLE; THINKERS AND WRITERS OF INEXHAUSTIBLE PASSION. ULTIMATELY MINDERS OF FREEDOM.
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