não é possível, sequer logicamente, detectar os cristãos não judeus – os que resultariam "vitoriosos” –, mas uma vastidão de hereges.
[aquela sentença] abala irremediavelmente a romântica visão de uma pouco instruída, mas virtuosa legião de cristãos e faz discernível uma classe que condena as expressões do intelecto.
a designação de heresia é atribuída à ação de gnósticos e valentinianos de atrapalharem, ou tentarem atrapalhar, “a época de perseguição entre os cristãos”
O novo cristianismo apenas de gabinete foi pronta e vigorosamente repudiado como heresia pela igreja de Arius e seus bispos. Todavia, tal heresia por fim se firmaria como o cristianismo da igreja católica. Resta claro, neste ponto, que não há como confundir o cristianismo católico com o “primitivo”, apesar de isso contrariar a doutrina católica, que apregoa que seu cristianismo é o mais antigo e o verdadeiro.
Tenhamos em mente que o que norteou a edificação do cristianismo “vitorioso” não foi a inspiração irradiada de um mestre, tampouco ditames outorgados simbolicamente das Alturas, mas a obstinação de ser universal...
...documento deixado por Athenagoras, apesar de profundamente dissonante da historiografia e da fé vitoriosa, poderá nos fazer avançar decisivamente.
por que cristãos se, para eles, o Filho não é o Cristo?
