O artigo acadêmico que está no menu, em 18Set, é voltado, claro, principalmente para os capazes de investigar, sem fronteiras, sem preconceitos.
Uma pergunta me vem bastante à mente, devido à minha inclinação para o pragmático (dizem os supersticiosos que isso advém de meu ascendente ser touro...): para que serve uma história que arrasa com o status quo?, com o conforto de uma maioria, e logo na esfera da dita fé?
A maioria não aprende com a experiência. Como irá aprender com a história? Sim. História é para, sobretudo, propiciar nosso crescimento. Como vejo nisso o propósito maior desta vida, é para isso que faço história que chacoalha tudo, até aquele portentoso trono cheio das Inquisições.
Tanta Inquisição só poderia mesmo esconder muita podridão, que a humanidade quer esquecer, sem aprender. José Saramago, o Nobel, já muito bem escreveu que Deus sem o diabo não é tão popular. E o mesmo vale para tal poder, no trono mais indecoroso da Terra.
Sei que a oposição favorece o Diabo e outros... Assim, repito que tenho o Crescimento como objetivo primordial. E isso só é coisa para muito poucos. Mas, não cabe a mim resmungar que Deus só dota uma meia dúzia de fôlego para crescer nesta vida. Ele deve ter uma razão para isso. Cheguei a esse consolo após tentar fazer umas poucas pessoas despertarem, para só fracassar e ainda ganhar tais pessoas como inimigas.
Agora, vou destrinchar um pouco o artigo, para facilitar a leitura para quem acha que é capaz de crescer.
Primeiro, se tudo parece ir muito depressa, é porque eu estava presa a um limite de páginas - 25. Vou publicar outra versão revista do artigo, com algumas coisas extras, já que agora não estou com tal limite em mira.
O artigo expõe uma série de truques da historiografia - isto é, um conjunto de coisas escritas sobre história. Todos os truques derivam do poder que temos, no Vaticano. Logo de se estranhar, é o trono - que vem do Imperio Romano - ter o nome de um pescador judeu. Pior do que a história da virgem maria. Mas, claro, poder é poder. E a história que faço é para, também, aprendermos sobre os truques do poder. Desculpe se você se sente um idiota. Mas isso não muda a realidade, e você deveria, ao menos, tentar enfiar isso na sua cachola. Seu mundo da fantasia é isso mesmo. Uma fantasia. A realidade é bem outra.
Os católicos nao vêm dos apóstolos dos livros "sagrados", mas dos "bárbaros". Outro nome de lascar! Os "bárbaros" que, dizem, invadiram (não invadiram, não) o Império Romano, eram cristãos da igreja mais antiga do que a católica - eram "arianos", como os historiadores chamam. Aos poucos, todos esses povos "invasores", arianos, foram assimilados à doutrina católica. Pois é. Isso também serve para pensar e mudar no sentido de ser Tolerante. Afinal, você foi o tempo todo enganado, e foi educado de modo a ser intolerante, classista em matéria de religião, como pecinha manipulada pelo poder. Abaixe a crista, irmão, irmã.
A igreja que enchem de "gentios" é ficção. Eles somem com os judeus, porque os judeus eram os usurpados e não paravam de gritar contra os usurpadores nem por um segundo. A igreja ariana era muito grande, tão grande que... incomodou.
Tudo é misturado, justamente para ninguém sacar a verdade. Todo o mundo é chamado de cristão, justamente porque não havia tais cristãos gentios, e era preciso criar tais indivíduos, forjando a história.
Sumo Pontífice já existia nos idos de 700 ANTES DE CRISTO. Havia um colégio de pontífices. E eles estão também embolados, no meio dos rótulos de "cristãos", lançados para todos os lados. Esse "clero", assim, desaparece, para voltar a surgir de repente, após uma série de truques, como o batismo do imperador Constantino, e outras mentiras. Controvérsia ariana - pronunciar isso basta para alguém ir para a Inquisição hoje.
Bem, comecei, como a maioria dos pesquisadores, pelos evangelhos. Todos mexidos. Mas fui além. Está tudo mexido. Os textos patrísticos são os atribuídos a caras chamados Pais da Igreja, aliás, um tanto precipitadamente. Como já ter bispos antes do ano 200? Não eram os cristãos um bando de pobretões supersticiosos? Mas já havia até cardeal, no ano 100, o que não aponto naquele artigo.
Aquele artigo é apenas aperitivo, diante do que pesquisei. Mas já é bem forte.
Vou terminar voltando ao primordial. O Ser transcende o poder - o ser que cresce. É muito bom não ser cego, não alimentar o diabo, achando que está ajudando Deus. É muito, muito bom aprender a amar, além dos rótulos, do orgulho instrumentalizado pelo poder. Não obtive o título de doutora, justamente por causa desse poder ser o que é. Isso é mais uma indicação de que estou com a razão. Se tudo o que escrevi fosse errado, ora, era só publicar e refutar tudo, como reza a ciência. Não ter o título não me tirou nada. Só acrescenta, contra eles.
Espero que um ou dois de vocês consiga crescer.
Para ler o artigo, click:
http://mariangelapedro.blogspot.com/2009/10/esta-e-versao-do-artigo-que-considero.html
Esta é a versão expandida do artigo, que dá um pouco mais de espaço para a controvérsia ariana.
http://mariangelapedro.blogspot.com/2009/09/que-historia-e-essa-de-cristaos-artigo.html
Esta é a primeira versão do artigo, enviado para o Prof. Fabio Lessa, da UFRJ que, após vários contatos comigo, ficou mudo após receber o artigo. Não confirmou o recebimento dele, não me respondeu de novo, quando perguntei-lhe se o artigo seria publicado, conforme propósito inicial, nos Anais do Ciclo de Debates sobre História Antiga 2009.
Amélia
