Friday, August 7, 2009

Papa Bento, paraísos fiscais - encíclica para eliminar concorrência com Banco do Vaticano em lavagem de dinheiro

Os advogados que movem ação contra o Banco do Vaticano e a Ordem Franciscana publicaram na internet alguns dados adicionais sobre a lavagem de dinheiro empreendida pelo Banco do Papa, o que é também contemplado na referida ação judicial (em tribunais dos Estados Unidos).


No caso dessa ação, alega-se que o Banco do Papa foi o receptor dos bens e ouro confiscados das vítimas do holocausto na então Iugoslávia - campo de concentração Jasenovac - durante a Segunda Guerra, além de ter sido o agente que fez a lavagem desse confisco, havendo também indícios fortes de ter o Banco do Papa ficado com parte de tal confisco. Assim, aquela ação judicial pleiteia a restituição do confiscado para seus donos.


As informações ora em foco abrangem a comparação do volume de atividades do Banco do Papa com o dos paraísos fiscais, e chamamos a atenção para a encíclica do Papa Bento XVI pedindo o fim daqueles paraísos.
Está na Wikipedia:
Segundo o jornal Times o Papa Bento XVI está preparando uma nova encíclica que terá um capítulo especial intitulado "Fraude e Fisco". Estabelecerá condenação moral aos fraudadores e aos paraísos fiscais que se abrem à ocultação de patrimonios[sic] ilícitos.


Na sua primeira encíclica, o papa Bento XVI já havia estabelecido como “moralmente inaceitável” a conduta de pessoas que transferem, para fraudar o fisco e deixar de recolher tributos, parte do seu patrimônio para paraísos fiscais ou zonas off-shore.”



Não tenho palavras. O livro "Em nome de Deus", de David Yallop, que eu tenho - acabei de pegar o original da edição de 2007, que mandei trazer de fora -, narra as manobras do Vaticano, ou da Igreja Católica, para não pagar impostos sobre os frutos de suas aplicações nos mercados de capitais italianos. Entre muitas outras maracutaias "moralmente condenáveis" segundo Papa Bento.

Quando a Itália pressionou mais o Vaticano, recebeu a ameaça: Então vamos retirar toda nossa posição do mercado. Essa participação era tão grande, que isso provocaria a quebra do mercado. A Itália cedeu; a Igreja Católica contratou experts para passar a aplicar em outros mercados, tendo aberto empresas fantasmas e usufruído dos "condenáveis" paraísos fiscais, o que também está no livro de Yallop - que, claro!, não existe aqui. Não existe. Até o ano passado, a Saraiva tinha registro da edição em português pela Record, que constava esgotada. Hoje, não há sequer vestígio desse livro no catálogo da Saraiva. Se você for a uma das lojas, o vendedor sequer vai encontrar registro do livro.

E, claro, a crise financeira mais recente tem a Igreja Católica por trás, como de praxe. A Igreja culpa pela crise, em grende parte, o recurso a tais paraísos... Que gracinha. Seria isso sinônimo de graça do Espírito Santo a que alude Paulo, o das epístolas do Novo Testamento?

Eis a tradução de parte do que foi publicado pelos referidos advogados, Jonathan Levy e Thomas Dewey, em 2001. A ação corre desde 1999. Para se atualizar sobre o andamento dela, veja http://www.vaticanbankclaims.com/ Todos, todos os documentos do processo estão na internet.

O Vaticano é o principal destino de mais de $55 bilhões, no negócio ilegal de lavagem de dinheiro na Itália. Em termos mundiais, ele é o destino número 8, assim classificado bem acima de paraísos como Bahamas, Suíça e Liechtenstein. Em recente reportagem pelo London Telegraph e o Inside Fraud Bulletin (Boletim Por dentro das fraudes), o Vaticano foi nomeado um país "top cut out", juntamente com Nauru, Macau e Ilhas Maurício. Um país "cut out" é um cuja política de segredo nas atividades bancárias é tal que se torna impossível rastrear os fundos "lavados" até sua origem.
(traduzido de www.hartford-hwp.com/archives/62/275.html)

Justamente por isso, aquela ação rola até hoje.

Bênção!

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