Tuesday, August 11, 2009

USP University of São Paulo B, really dark, side

These are things an outsider would never expect to find at USP University of São Paulo - but they come down to routine to the ones inside the University: arms burnt by hot food as one is carelessly - and rudely - served at the subsidized restaurants; personal ID documents being illegally retained - by public servants, on top - at the entrance of libraries, only for the sake of a locker.

The list of daylight transgressions, yet invisible to the larger world, can be long and diverse. Here goes the most striking, as I see it:

In locus reports by the University guards are edited - rewritten to erase information which is undesirable or compromising to USP itself - before copies are provided to the ones involved in the case. Student remains, contrarily to internal law, in doctorate program with just a mock supervisor - the huge body of coordination aware of that - for as long as 50 (fifty) months. Eventually, the PhD student is cut off - on the eve of thesis filing -"by the system", and no further report "is necessary", for then the unit of USP concerned makes it a case of student's fault and failure. The student is unjustly attacked with no mercy or remorse; otherwise, how can USP image remain such a marvel? A box office operated by one or more public servants uses film to block the view of its interior by the general public; the actual idea behind that: a public servant may then watch TV during working hours, or whatever, apparently safe from general scrutiny. The peril: when the sun does not shine straight on that, anyone can focus and get to see what is on the other side... The core: theses - Master as well as PhD - are approved by an examination board gathered in an official, previously announced session. Most theses bear very serious shortcomings, which, strangely enough, are presented by the members of the board as mere "suggestions" for future article publication, while those members seem oblivious to the fact that theses themselves - always approved regardless of those defficiencies - must be published right way. It actually comes down to socializing and following unwritten rules, rather than innovation, excellence, or any serious effort. Marks - a 10 followed or not by "distinction" or "distinction and honor" - were abolished more than ten years ago, being replaced by a "pass"/"no pass" system, where "no pass" is not a real possibility.

The whole picture seems to point to more than a mere "spill-over" effect; when it comes to corruption, we should talk of a flood effect, to be more precise. Indeed, we face a severe case of corruption, well disguised by a highly visible brand associated with academic excellence.

Here follows the article with full details on each of these issues, in Portuguese.



Com forte veio autoritário, a USP tem a corrupção nas entranhas. Não, não vou tornar a discorrer sobre o descalabro das teses. Vamos ampliar o leque.

A Guarda Universitária, parte da Prefeitura do Campus

No ano passado, testemunhei que a corrupção se dá desta forma: o soldado da Guarda, diante de uma ocorrência, elabora in locus um Relatório de Ocorrência (para ficar diferente de BO). Só que os envolvidos não saem da cena com cópia de tal relatório. Ele vai para a prefeitura, para ser editado. Repito - eu vi isto acontecer. Então, até datas são omitidas, especialmente para LIVRAR a Universidade de culpa no ocorrido. Foi o que aconteceu com a ocorrência em que eu estive envolvida, junto com o CEPEUSP. O soldado tinha incluído as informações - ele leu seu relatório para os presentes. Posteriormente, contudo, declarações, datas, e outras ações foram omitidas do relatório a mim entregue, após minha requisição formal de sua emissão ao prefeito do Campus. Chocante. Mas é isto mesmo.

Houve também aquele caso, já este ano, em que tentaram me atropelar no estacionamento do CEPEUSP e eu, tendo escapado, comuniquei o ocorrido à dupla da Guarda que estava bem próxima, no canteiro central da Avenida da Universidade. O soldado permaneceu dentro do carro, não achou nada de errado com o que narrei.

Restaurantes do COSEAS - a unidade de assistência social, que oferece refeições subsidiadas, moradia

Na pista do bandejão, os funcionários jogam a comida no prato ou bandeja talhada dos "privilegiados" comensais. Soube de vários casos em que o aluno teve um ou ambos os braços queimados, ao receber tal "assistência social".

É "terminantemente" proibido sair com comida preparada do restaurante, ostenta o cartaz.

Eu cheguei a ver, nos fundos do restaurante da Física, bem, bem menor do que o Restaurante Central (próximo à Reitoria), uma kombi que estava com comida preparada praticamente até o teto, só se poupando o assento do motorista. "Sobras" do dia... para caridade - quem duvida?

Nãooo poooode, não pode pegar dois pedaços de fruta! - a quintessência da fala autoritária, repreende o atrevido que acha que seu pedaço não está do tamanho dos outros, ou não é o bastante para satisfazê-lo.

A questão é que... eu vi, próximo do horário de fechamento do restaurante para café da manhã, funcionários saírem da pista portando uma bandeja com DOIS pedaços de fruta, bem razoavelmente talhados. Para os funcionários do próprio restaurante - que pagam o mesmo que os alunos e outros usuários pelo café da manhã (ao contrário das refeições principais, que têm preços diferenciados para cada segmento) -, a norma é servir-se de dois pedaços, o que me leva a concluir que eles proíbem os alunos de pegarem dois pedaços, justamente para sobrar bastante para eles se fartarem mais tarde.

GUICHÊ de VENDA de Tíquetes Refeição do COSEAS

Nunca vi os três guichês abertos ao mesmo tempo. As filas, em tempos normais, são enormes. O escandaloso: os guichês são hermeticamente fechados e isolados com filme escuro, de modo a impedir que se veja quem está atendendo. Mas... quando o sol não bate diretamente naqueles vidros, é possível distinguir o que está do outro lado. O que eu vi nas poucas vezes que usei tal guichê: o funcionário assistia, folgadamente, à TV. Assim, deduz-se que a finalidade daquilo é deixar um funcionário público "à vontade" durante o expediente. Repito, escandaloso.

ACESSO a BIBLIOTECAS do Campus

Na internet, não está registrado que quem quiser entrar na maioria das bibliotecas terá de deixar um documento, que ficará retido (algo proibido por lei), para ter acesso a algo "muiiito" valioso - e advindo de cofres públicos: um cadeado. Apesar do aparato de segurança instalado, não é permitido sequer entrar com a bolsa de mão. Se o incauto tiver uma fomezinha, sair para lanchar e perder a hora, além de ficar sem acesso a todos os seus pertences, corre o risco de ter de ir pegar suas coisas, no outro dia, no outro prédio, lá na Rua do Matão. Terá de se identificar... com outro documento, já que um ficou retido... e, ainda que cumpra isso, terá de assinar uma declaração de que os pertencentes foram fortuitamente encontrados. Sim! Para retirar o que está nos "Achados e Perdidos" é preciso se identificar e assinar que se trata de achados e perdidos. Gente, não estou brincando! Tenho testemunha, neste caso. E, vítima eu mesma, só consegui retirar minhas coisas quando bati lá, no prédio da adminisstração da FFLCH(na rua do Matão), pela segunda vez, com uma testemunha.

Não é só isso. Sabe o que fazem com seu documento? Não! Ele não vai junto com seus pertences para os "achados e perdidos" - a bibliotecária então faz uso dele para bloquear, no sistema, seu uso da biblioteca. Sim, por causa de um cadeado. O cadeado é mais importante do que o acesso à biblioteca por um pesquisador bancado pelos cofres públicos!

Com convicção, ouvi funcionários da biblioteca Florestan Fernandes declararem: "Como uns poucos pecam, todos pagam". Isso justifica... ferir a lei. Isso aqueles funcionários públicos fazem tranquila e abertamente.

Teses, teses "sociais" - bem claro, do tipo "é normal não ter a conclusão", mas os agradecimentos são obrigatórios - não representam ofensa aos cofres públicos, nem ofensa à probidade. Uma coordenadora de pós-graduação em história - que me confessou "não consigo escrever coisa alguma" - continuava em seu posto, enquanto eu era desligada, "sob a forma regimental".

Ah! Tive que ser obtusa para obter, na secretaria de pós, um histórico em que constasse "a data de meu desligamento". Só isso. E olhe lá! Nada de parecer. Algo a dizer sobre o desempenho da desligada? Nadinha - foi "desligamento regimental". Portanto, "não precisa de parecer sobre desempenho". Lindooo, não?

Meu caso é apenas mais um escândalo, para quem fica sabendo. A Reitoria da USP é muito poderosa e esta Cidade me lembra o Vaticano, com sua própria Guarda, suas próprias leis, para "inglês" ver.

Tá bom. Outro dia, volto a falar mais do meu caso. Mas já adianto, aproveitando notícia recente envolvendo a reitora, que a tranquilidade com que o líder da Igreja de Roma condena, em encíclica, os paraísos fiscais - dos quais, se não faz mais uso, fez deles uso intenso até outro dia - é semelhante a da reitora, ao declarar que vai repassar a multa, que incidir sobre a Universidade, ao infrator da lei antifumo, por se tratar... de cofres públicos! Sim, até parece que deixar alguém ocupar uma vaga de doutorado por quatro anos - sem orientação e qualquer outro apoio (ferindo, portanto, as normas da instituição) - é algo bem mais "em conta" do que a multa em questão...

Ah! Outra. Ciências Sociais. Prédio bem "brega" - mal conservado, feio, sujo. Um cartaz perto da entrada "cumpre a lei" - dá informações sobre a obra ali em andamento, tendo sido observado, claro!, o processo licitário pertinente:
Custo da obra: CENTO E NOVENTA E UM MIL REAIS e tanto - quase R$192.000,00
Início da Obra: 01/ago/2008 - já se passou mais de um ano.
PRAZO - 150 dias (cinco meses...)

Para quê? Reforma de uma sala - a 14, que funcionava como um simplório auditório. Outro dia, um dos basculhantes estava aberto. Enfiei a cara lá - dois supostos trabalhadores pareciam esperar ordens, nada faziam. E a sala está crua - só cimento.

Obs: olhei de novo hoje, 11 de agosto, por volta de 14 horas. A sala estava sendo pintada. Apresenta os "degraus" para posterior colocação de cadeiras, uma plataforma (para o palestrante), uma louça grande, forro de gesso comum no teto e, no lugar da porta, há improvisação ainda. Nada mais...

Sobre as demais obras, melhorias, calçamento, jardinagem - tudo isso na área do Campus em torno da Reitoria, atinei, finalmente, que tal embelezamento não é apenas utilização de verba disponível, na véspera do término do mandado de Suely Vilela. A Biblioteca Brasiliana, ocupando uma área enorme, em frente ao prédio novo da Reitoria, começa a aparecer. E esta sim é uma obra de envergadura. Seria simplesmente chocante ostentar tal colosso em meio a matagal, lama, enfim, em meio a um cenário de abandono. Isso emerge como um belo exemplo de "spill-over" effect em projetos arquitetônicos. Mas o quadro que obtivemos com tudo o acima sugere que "entornar" é pouco - estamos mais próximo de um efeito enxurrada, em matéria de corrupção - corrupção bem disfarçada de excelência acadêmica.

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