Monday, April 13, 2009

Precisamos nos atualizar! Pode Gisele Bündchen dobrar a Igreja?

A edição de Vanity Fair de maio - já à venda (R$44,95) - traz Gisele na capa e na principal matéria, que inclui alusão à religão em que ela foi criada: a católica. A opinão da modelo sobre a religião católica, na página 122, aparece entre parênteses, mas vira destaque - mantendo-se os parênteses - na página 124:

(... “O.K., Catholic religion, we’ve got to update!”)
(O.K., religião católica, temos de nos atualizar!")

No texto, o que ganha peso é o budismo. Eis o trecho que aborda o assunto:

"An avid reader, Gisele has been deeply influenced by Buddhism. (Her current view of the church she grew up in: “O.K., Catholic religion, we’ve got to update!”) These days she tries hard to practice the concept of mindfulness..."
Traduzindo: Leitora ávida, Gisele tem sido profundamente influenciada pelo budismo. (Sua atual visão da igreja em que ela cresceu: [repetindo o acima] "O.K.. religião católica, temos de nos atualizar!") Hoje ela tenta com afinco praticar o conceito de mindfulness (algo como "alta consciência", uma atitude mental essencial no budismo)...

Na entrevista, ainda se lê que seu agora marido, Tom Brady, é também católico. A "atualização" a que Gisele se refere (citação acima) certamente tem a ver com o fato de Tom ser pai de um menininho, cuja mãe não é ela, Gisele... A linda criança, chamada John Edwards Thomas Moynahan (três nomes e apenas o sobrenome da mãe, solteira) teria sido concebida, conforme a imprensa já divulgara e Gisele voltou a confirmar nessa recente matéria, justamente quando Tom Brady terminou com sua então namorada de três anos e, logo depois, conheceu Gisele. Entenda-se, assim, que Gisele não teria dividido Tom com a ex-Brady em nenhum momento, e não pode, portanto, ser tachada de pivô da separação de uma quase família.

A mãe do menino John (nascido em agosto de 2007) é Bridget Moynahan, modelo e atriz que em muito lembra a própria Gisele, tanto em físico quanto em rosto, só que Bridget tem quase dez anos mais. Ver fotos em http://www.bridget-moynahan.com/. Gisele também insiste que jamais se encontrou com Bridget - fotografar as duas lado a lado seria um banquete para a imprensa...

Gisele desfia, mais uma vez, o seguinte enredo "conto de fadas" em Vanity: tal susto só tornou o amor entre ela e Tom mais forte, e que ela só descobriu de que ele é feito, justamente por causa daquele imprevisto, que sobreveio quando namoravam há apenas dois meses e meio.

Quanta manobra! Nisso Gisele muito se parece com sua igreja de berço!, assim afirmo eu.

Por outro lado, não resta dúvida de que são as crises, os imprevistos e dilemas que mostram "de que somos feitos" - e quanto mais cedo isso acontece num relacionamento, mais me parece óbvio que ele é um "nó" divino. Ou uma obra do Destino.

Lembram de Wall-E e sua súbita paixão, Eva? Tão estranha paixão foi o que permitiu o renascer de todo o planeta Terra! Volto comentando esse filme na próxima postagem.

Quanto à atualização da religião católica... Um casal católico (e meio budista, ou o que seja), com tamanha fortuna, não vai irar, com sua "heterodoxia", papa algum. Casaram-se em igreja católica e a atualização, afinal, ficou apenas entre parênteses! Gisele deverá batizar seus filhos no catolicismo, ainda que clamando outro catolicismo e enaltecendo conceitos budistas. Mais importante: ninguém sequer se lembrou, com tal passageira exclamação de Gisele, do Concílio Vaticano Segundo, que os últimos papas querem soterrar, assim jogando toneladas de pó sobre toda e qualquer atualização.

A posição de Gisele não é confortável, pelo menos enquanto não tiver pelo menos um filho com Tom, o que ela não vê a hora de acontecer, conforme declarou.

Deduz-se que a própria Gisele teve de se "atualizar" bem depressa, e isso é algo que muitos não conseguem enfrentar; o resultado é que acabam engessando o Amor, que jamais, jamais combinará com gesso.

Não é possível engessar a vida. Seria esse um princípio budista? Se não for, é quase. Não é sequer mentalmente normal julgar que é possível - e "justo" - evitar a ferro e fogo o próprio sofrimento, e manter um contrato de "vida eterna" simplista, que Jesus nem sonhou em comentar, nem mesmo "de passagem" ou entre parênteses.

O que Jesus procuraria fazer a Vanity Fair estampar numa entrevista? Ah! De pronto, isto: "Você me ouve, mas não sabe de onde eu vim, nem para onde vou".

É lamentável que quase todos os católicos não consigam viver essa atitude mental, crucial, de Jesus! Os católicos querem a segurança fácil de um fio de dogmas e sacramentos. Por isso, Gisele, aquela atualização não é desejada por muitos outros. E não virá, não.

MP
13 abril de 2009

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