Thursday, February 5, 2009

Deu hoje no Metro

Você já parou para pensar no que é que faz um homem ser um homem de verdade?, provoca Rodrigo Leão em sua coluna "Pop Prop" no Metro de hoje.

O autor se aproxima bastante do que eu ofereceria como resposta. Só não gostei da linguagem sexista - "homem de verdade", em vez de "pessoa" ou "ser" de verdade. E há um erro um tanto grave - "outro dia tive uma amostra" (melhor dizendo, uma mostra), mais ou menos no meio do artigo.

Dele, destaco o abaixo, que parece uma descrição fiel do que os "de verdade" enfrentam por toda a vida, em qualquer instituição, inclusive na própria família. Embora superbatido, o contraponto aos "de verdade" através da metáfora "ratos" ainda não perdeu a força.

Algumas pessoas e empresas parecem que têm medo de homens e mulheres de verdade. Não basta obterem os melhores resultados de um funcionário. Parecem precisar transformar funcionários e colaboradores em escravos para sentirem-se eficientes. Uma mentalidade retrógrada, ineficiente e desumanizante. O mundo precisa de gente de verdade. De ratos, já estamos cheios.

Cheios? Para mim, isso é muito diplomático. Fartos? Melhor um pouco. Não poder evitar de todo o contato com quase todos - os ratos - é-me uma a-go-nia.

Exagero?

Tome esta: fui assistir ao "Curioso Caso de Benjamim Button" quando do lançamento. Tive um casal de lésbicas nas poltronas atrás de mim. O cinema praticamente lotado. Deixei claro que estavam me incomodando, ao chutar minha poltrona. Então, apenas encarei a que estava bem atrás de mim. Não adiantou. Depois de muito agüentar, levantei-me, ficando de joelhos na poltrnona e voltando-me para elas: "Quem é que não para de chutar minha poltrona"?

Por isso, não esperavam. Pararam. Mas, de repente, fizeram minha poltrona então tre-pi-dar. Controlei-me e nada fiz. No final da sessão, a que não estava logo atrás de mim, mas acompanhava a outra, me cutuca "Moça!". Virei-me e então ela ameaça: "Da próxima vez, pense bem, pois você pode se dar mal" - fazendo com uma das mãos o movimento para indicar disparo de uma arma de fogo. Catei minhas coisas para sair. Ela não gostou da minha indifereça. Provocou mais: "Vou ser mais louca ainda do que você foi". Caminhei para a ala, para me juntar à multidão que saía. Ela dispara mais uma: "É por isso que você vai continuar sozinha e infeliz". Então respondi, sem me alterar um milímetro: "Isso é você quem diz, para se sentir bem". Já estava no meio da massa e continuei andando.

Infeliz sozinha? Ela errou feio. Dos ratos... sim, ratos, deles quero continuar o mais longe possível. E não valeu a pena, pelo filme, aturar aquilo. O filme não justifica tantos louvores. Creio que projetar um ancião tendo ereções todos os dias incitou tanto escarcéu, numa sociedade... de ratos com ejaculação precoce, impotência e desencantados com o viagra. Não é má idéia - deveriam nascer bem, bem velhos, para morrerem logo. Em vez de mamadeiras, drogas e cigarro. Pronto: índice de mortalidade "infantil" recorde. Sem descendentes. Um pacífico fim da humanidade, há muito tempo numa ratoeira de sequer dar dó.

Nota: O cinema não era no Jardim Angela, não. Era na Avenida Paulista!

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