Ricupero,
Pondé, Reinaldo Azevedo (Veja)... À frente de um contingente silencioso
diante de indignadas recriminações ao acobertamento de pedofilia
praticada pelo clero, católicos de visibilidade agora são aclamados
amplamente ao lançarem, sobre a renúncia papal, um manto de ilusória
argumentação pseudoteológica, ou filosófica-aos-sopapos, que faz de
conta que não existem Vatileaks, Banco do Vaticano e palavras recentes,
públicas e notórias, do próprio papa. A religião hipócrita é defendida
como paradoxal-de-origem, inapreensível por (tarimbados) analistas
"comuns", e eterna vítima - sempre tão somente vítima - da estupidez
humana, que está... "lá
fora".
Artigos
e cartas publicados desde a renúncia em questão atestam que os efeitos
da crença mais esnobe são mais alienantes e contagiosos do que eu,
perita "não autorizada", supunha.
Mariangela Pedro