Lançamento Folha de hoje: filme Boca, no Conjunto Nacional.
Desaconselhamos fortemente
O lançamento anterior, no local, foi 360, de Fernando Meirelles.
Deixaram a fila ir crescendo ad infinitum. A mulher do cinema dizia que a "coordenadora" não tinha chegado. Então, não era com ela.
Uma mulher que aguardava, ao ver a formação de uma fila paralela, defendeu a ética, o respeito à ordem de chegada, e foi esbofeteada por uma embuteira "deficiente visual", que teve o ardil de usar uma folha - que dizia ser uma "prova de seu direito por lei" - para o tapa e, assim, não deixar vestígios. Que ela e suas comparsas entrem para a Ficha Negra da Cidade.
Juliana Oliveira - assim se apresentou como a 'organizadora' ou 'coordenadora' - deu ingressos - gratuitos - para as três mulheres apontadas como furadoras da monstruosa fila. Tendo feito isso, Juliana ainda deu de ombros, dizendo: "Esteja à vontade para denunciar isso'.
Logo após os primeiros chegarem, um segurança do Conjunto Nacional (o cinema fica ao lado da loja principal da Livraria Cultura da Av. Paulista) surgiu e determinou um design de fila de louco. Quando a fila finalmente andasse, ela teria de cortar a si própria. Caos mais do que anunciado.
Juliana manda chamar dois seguranças, ao estar prestes a começar a distribuição dos ingressos. Nenhum aparece. Isso condiz com o que já apontamos de muito negativo nesses serviços de segurança privada, aqui no blog.
Juliana faz-se de tonta: "E agora?" Claro. Se houvesse um 'avanço', um estouro da 'boiada', ela não precisaria ir de um em um, entregando os 300 ingressos.
As três embusteiras
A primeira: a Deficiente Visual. Iniciou a fila paralela. "Tenho direito", berrava. Gorda, jovem, vestida de preto. Agressiva. Remexeu a bolsa até pinçar um par de óculos. Usou por dois minutos. Voltaram para a bolsa. Logo juntarm-se a ela outras duas embusteiras.
A segunda embusteira: uma mulher de no máximo setenta anos, que dizia ter oitenta. Apesar da bengala, ficou toda dobrada, por horas, com o pandeiro em um dos degraus de acesso ao cinema.
A terceira embusteria: sua filha, que chegou pouco antes da distribuição das entradas.
Menos de quinze dias depois desse episódio, a "deficiente visual" foi vista em exposição do MIS. Sem óculos.
Atitude de mensaleiro na fila
"Não é justo com quem está há horas na fila! Não podemos assentir com essa furação! É uma questão de prinícpio." Assim proclama a primeira da fila, que não precisava se preocupar.
Rebate a quarta da fila: "Não vale a pena se desgastar com quem não está nem sabendo do que está acontecendo".
Esse papo de não se desgastar é nojento. Mensalão puro.
E, nojo sobre nojo, veio Juliana com a "bênção dos ingressos".
Depois de um atraso enorme, Juliana foi ao encontro do que viera - da glória. Subiu ao palco; diante da 'privilegiada plateia' - a deficiente visual permanecia sem os óculos - desculpou-se assim: "Estávamos tentando satisfazer a todos".
Tão indignados, abandonamos o local e não apuramos as mentiras que ela disse para debelar a multidão que perder horas, enquanto embusteiros "espertos" levaram a melhor. De novo.
Também tiraram o corpo fora
Além da omissão dos seguranças (a livraria Cultura, ao lado do cinema, vive fortemente vigiada por eles - o que não quer dizer competência), os funcionários do cinema fazem-se de mortos, ou de deficientes visuais. Deduz-se que o espaço - tão somente o espaço - do cinema é cedido, e a Folha envia a tal Juliana para fazer o que os funcionários do cinema fazem em sessões normais. Juliana chega em cima da hora, buscando apenas o que lhe interessa: o papel de mestre de cerimônias. A fila que se lixe.
E se lixa mesmo. Hoje, a fila ainda vai atrapalhar a exposição dos robôs feitos com lixo - revistas e jornais velhos.
Um lixo de programa.
