Monday, June 25, 2012

A carta de Elize - correção: a carta da mídia e de seu público

Eu vi. Os efeitos visuais, enquanto me deliciava com meu chocolate quentinho nesta manhã digna de jack, o estripador.

Os efeitos visuais: enquanto o apresentador lia a "carta de Elize", os escritos eram desenhados - em cor de rosa - na tela. Só isso convence de que a carta é dela?

Podemos apostar que sim. Pesquisando por aí, obtive estas falas das pessoas, sobre o que as leva a acusar Elize do crime hediondo da vez:

"Ela saiu com aquelas malas"!

"Você não viu o vídeo da traição"?

"Ela mesma se acusa"!

"Ela confessou"!

"Ela era prostituta".

Que incrível material para retratar a mentalidade de nosso povo!

Na maioria da vezes, eu retribuo essas falas com um argumento. A maioria das pessoas, ao perceber que não tem mais como sustentar a acusação gravíssima de assassinato cruel e esquartejamento, dispara:
"Eu  não me envolvo em casos assim".

Quanta hipocrisia! Sequer são capazes de admitir que tinham sido iludidas, que acusavam com base em nada. Nada tinham de consistente.

Sim, a maioria é essa tristeza. Mas encontrei uns poucos que me disseram:

"Puxa! Não tinha analisado a questão. Gostei muito de te conhecer".
"Pena que outros não têm a sua visão"!
"Amanhã vão me acusar de homicídio, por eu ser bom de faca"! (brincou um homem jovem, que trabalha cortando frutas o dia inteiro, após admitir que tinha sido levado, como todo o mundo, pela mídia)

Hoje há "a carta". Como pode ser tudo mentira?, pensarão as mentes fracas que foram confrontadas. As que não foram, farão disso o assunto do dia, reproduzindo uma farsa, mais uma no caso mais farsante dos últimos tempos.

Conto de fadas às avessas. São termos da "carta". Esses termos denunciam que se trata de mais uma coisa fabricada. É uma expressão que tem sido batida pela própria mídia há dias. E, ontem, foi colocada na "carta de Elize", para encher o Fantástico. Como se Elize estivesse acompanhando a TV, os jornais, e tivesse decidido confirmar a mentira que circula, incluindo aquilo na carta. A carta não é de Elize, é da mídia e da imaginação putrefata de quem dá audiência a tal mídia.

Se a cambada está cada vez mais convencida, a cada dia tem-se mais um tiro que sai pela culatra. Em breve, os tiros farão os podres cair.

Então, já não haverá mais como aventar dúvidas quanto ao que somos capazes de fazer, quanto ao quão incapazes somos, quanto as raízes de tanta insustentabilidade.

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