Thursday, May 10, 2012

Pesquisa - ideias e evidências sobre o estranho trunfo do governo dilmista



Como a máfia
... sobre o “risco” do populismo, pobres são aqueles para os quais a defesa dos interesses econômicos da população sempre é sinal de irracionalidade.
[...]
No mundo inteiro, o sistema bancário faz jus à frase do dramaturgo Bertolt Brecht: “O que é roubar um banco se você imaginar o que significa fundar um banco?”.


Nos últimos anos, vimos associações bancárias com comportamentos dignos da máfia, pois são especializadas em maquiar dados e balanços, criar fraudes, ajudar a evasão fiscal, operar em alto risco e passar a conta para a frente, além de corromper entes públicos.



"Pobres bancos"Vladimir Safatle, Folha, 08.05.2012 ----
Comentário: Eis um enquadramento dos bancos que faz do 'perverso' da presidente um elogio. Ainda, com base em tal avaliação, o autor dá aval para tudo e qualquer coisa que visa a minar o sistema financeiro. A encruzilhada é que, se assim é o poder mafioso da banca, denominação usada por Vinicius Torres, outro colunista da Folha, a guerra aberta de Dilma ou é uma demonstração assustadora de poder dela, ou uma ingênua e risível provocação. Se ela tem tanto poder assim, não me parece algo a festejar. Muito ao contrário. Se não for capaz de derrotar a máfia, comecemos a contar os dias que a ela restam na presidência.
 
Safatle é estreito em sua análise. Atira contra os bancos brasileiros, sem considerar o que mais ocorre em  estreita ligação, como a manipulação da Selic - que deveria ser prerrogativa exclusiva de um Banco Centro independente, como aponta editorial do Estado de S.Paulo, destacado abaixo.
 
O autor mostra-se especialmente ingênuo ao pressupor que toda a iniciativa presidencial é apenas motivada para favorecer o povo. Há evidências mais do que suficientes para não haver dúvidas de que Dilma está motivada por pressões externas. Ela partiu para essa cruzada contra os juros após exigir maior participação do Brasil no FMI. Uma taxa de juros tão alta é incongruente com uma economia que quer passar por sólida e estável, contradição que não vi ninguém apontar antes. Era-me muito estranho que até mesmo The Economist vendesse a ideia de um Brasil tão engrenado, enquanto mantinha tal... inusitada característica, entre outras. Uma outra é abrigar uma bolsa de valores que está entre as de pior desempenho do mundo.
Em suma, texto ruim.
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Evidência

http://www.moodys.com/research/Moodys-Brazilian-companies-still-largely-dependent-on-banks-for-funding--PR_245096
Research Announcement: Moody's: Brazilian companies still largely dependent on banks for funding


Global Credit Research - 07 May 2012

Traduzindo, a Moody's, que também avalia grau de risco de países, tal como Standard & Poor's e outras, emitiu um comunicado para a imprensa no dia 7, cujo título aponta que as empresas brasileiras ainda dependem amplamente de bancos para se financiarem.

Dias antes, Dilma disparara seu canhão. Mas não é difícil imaginar que o governo tenha tido conhecimento prévio do que estava prestes a ser divulgado. Muitos expressaram estranheza com o discurso do dia do trabalho (01.05) proferido por Dilma, justamente por ela focar em juros bancários. Aí temos forte indicação de que o trabalhador não era o motivador das urgentes medidas, mas o parecer de instituição internacional que determina o movimento dos mercados globais.

A Folha fez menção a isso no dia 08, no caderno de mercado: "Empresas brasieiras dependem muito dos bancos, diz agência".
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A continuar




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