Monday, April 2, 2012

FECOMERCIO - abusos e hipocrisia transcorrem sob as barbas de convidados de honra - uma emulação contundente do Brasil real

Vi, hoje de manhã, Ives Gandra marcar sua presença na mesa de recepção do evento Agenda Legislativa 2012, na FECOMERCIO São Paulo. Eu notei o seu terno bege, mas ele parece não ter me notado. Passou-lhe totalmente despercebido que eu, ali bem perto, era vítima de um segurança colado a mim, como se eu fosse a pessoa a ser guardada. Guardar? O segurança me cerceava há algum tempo e, a partir da chegada das pessoas para o evento, procurava me impedir de abordá-las.

Vejam como os crimes se dão, assim mesmo, "na cara". E até mesmo juristas - de tal quilate que nos fazem vasculhar o 'baú' para encontrar adjetivos compatíveis com sua erudição - estão sempre com a cabeça em outro lugar. E ficam alheios aos fatos 'debaixo de seu nariz'.

Bem mais tarde, mas ainda de manhã, esse mesmo segurança exagerou na saudação ao um senhor totalmente grisalho que, este sim, ao menos chegou a lançar um olhar para mim, que parecia algo indagador. 'Por que aquela senhora está plantada ali? Por que diabos não a encaminham?' era a pergunta óbvia que, me parece, ele a fez silenciosamente enquanto passava pela catraca.

O nome dele? "Seu Luiz!!" - clama o tal segurança espalhafatoso. Ele - sim, o segurança! - abraça e dá tapinhas (no ombro ou nas costas, ou nos dois) nesse senhor que se mantém discreto e composto, e que sobe pelo elevador, acompanhado de outro segurança que não se envolveu nos abusos que continuo a detalhar a seguir. Quão íntimo se sente o segurança! Claro, aí tem coisa; mas nem mesmo um senhor tão importante na FECOMERCIO como esse Seu Luiz a isso deu a devida atenção.

Vou passar logo para a lista de envolvidos, que eu consegui elaborar porque fiquei a amanhã inteira de pé, ali no foyer do andar térreo da Fecomercio, sob a pressão, risinhos de deboche e/ou mentiras daquele segurança, das recepcionistas e de outro funcionário da instituição, todos listados abaixo.


LISTA DOS ENVOLVIDOS


- As duas recepcionistas da mesa - crachás do evento: Patrícia e Pamela

- A recepcionista da recepção fixa, para acesso aos escritórios/andares: Ana Paula

- O segurança principal: parece que chama-se algo como Anderson. Ele tem dicção ruim (fala presa); ouvi "Adersan" quando ele mesmo falou pelo rádio. Orelhas de abano, nariz pontudo, branco. Tapinhas no ombro de todos os funcionários que chegaram. Para Ana Paula, a recepcionista: "Quero bala". "Não tenho". "Pö... Vocë também não tem nada..." E, como já adiantei, houve o "Seu Luiz!!" e mais tapinhas. Em relação a mim, descrevo seu comportamento depois da lista.

- Funcionário do marketing, Rafael Landini - Assim se identificou ele, mas não me confirmou a identidade quando lhe pedi, apontando que todos ali estavam mentindo. "Rafael Landini". "Não tem outro", acrescentou já se afastando. Também disse ser "Do marketing" e, de novo, "Não tem outro".

- Elaine - esse foi o nome que a recepcionista balbuciou depois de um tanto de jogos da parte dela e de insistëncia de minha parte. E, bem mais tarde, ela falou ao telefone com uma Elaine. Pode ser a mulher de top preto brilhante, todo brilhante, como se estivesse pronta para a balada.
- Minhas testemunhas, pessoas que já encontrara em eventos anteriores, alguns ali mesmo, na Fecomercio, e que aqui não revelo a identidade, por motivos óbvios. Elas participaram do evento normalmente.

Uma dessas testemunhas me aconselhou a não criar muito caso com eles (a Fecomercio). Eu agradeci o conselho, mas acrescentei que eu tinha outra visão do acontecido e iria em frente.

DESCRIÇÃO SUCINTA DO ACONTECIDO

O acontecido é de interesse geral porque mostra como as pessoas com quem trabalhamos, trocamos tweeters, etc. podem ser - e quase sempre säo - bem outra coisa e, para não ficarmos diferentes, adotamos prontamente as condutas mais reprováveis delas, ainda fazendo daquele que está em seu pleno direito e com toda a razäo, de objeto de zombaria, para não usar o fashionist bullying.

O site da Fecomercio, sobre o evento antes mencionado, até pouco depois das 15h ainda fazia constar que:
AS INSCRIÇÕES PELO SITE ESTÃO ENCERRADAS. ELAS PODEM SER FEITAS NO DIA DO EVENTO, COM APRESENTAÇÃO DE UM CARTÃO DE VISITA.

Cheguei por volta das 8h30 e, após ser impedida de entrar e, em seguida, cerceada para ser impedida de falar com outros - o que não conseguiram, porque não cedi às pressões -, fiquei debaixo de uma das cameras, direcionada para a recepção, até aprox. 11h30. Sim, todo esse tempo, de pé. E vigiada como se fosse uma terrorista.

Fui alvo de constrangimentos repetidos e abusos pelo segurança descrito acima (lista de envolvidos) e de risinhos e mentiras pelas recepcionistas, também apontadas, e pelo tal 'Rafael não tem outro do marketing'.

Repetindo, não cedi. Enquanto eu permanecia sob o foco daquela cämera, o segurança, ainda no afã de me humilhar, se colocou tão próximo de mim - proximidade que só admitimos a um namorado ou similar - que tive de virar o rosto.

O segurança - da empresa Haganá, nome que muitos tomam como quase sinönimo de Deus, santa ignoräncia! - manteve-me assim, junto a meu rosto, por vários minutos, e só se afastou para acolher, com exagero, o "Seu Luís", alto escalão que eu não identifiquei precisamente ainda.

Ives Gandra, mero detalhe em seu curriculum, é o atual presidente do Conselho Superior de Direito... da Fecomercio. Tudo isso aconteceu enquanto ele conduzia o evento no terceiro andar, que teve como principal palestrante o deputado Marco Maia.

Quando vocë, leitor, receber, como eu, um convite da Fecomercio para eventos como este, contendo um "Não perca esta oportunidade", pense que nada é filantrópico. Tem um preço. No mínimo, vocë estará lá porque pensam que vocë é um potencial cliente para um dos empresários que eles convidam para "palestrar". Quando temos políticos, como hoje, usam vocë também, se for de interesse deles. Indiferentes ao custo que vocé teve para ir até lá, podem mandar vocë ir embora com a mentira mais deslavada, para não admitirem um pequeno erro que seja. E, se vocë pedir, como eu, para falar com o responsável pelo evento, soltam o cão de guarda, o Haganá em cima de vocë. Assim o farão especialmente se acharem que vocë é "apenas uma mulher" e que pode ser molestada simplesmente porque deve ser pobre - não chegou de carro.

Assim somos nós, a maioria dos brasileiros.

Não é verdade que "há preconceito contra rico". Não apenas. Há preconceitos de todos os tipos imagináveis entre nós, brasileiros. Os subalternos da Fecomercio encharcaram o dia deles de preconceito contra mim, que insisti ter recebido o convite "Não perca a oportunidade". Imaginem se não tivesse recebido!

Aquela minha testemunha já me mandou diversos emails nesse tempo em que escrevo isto. Insiste para que eu não faça nada, pois "não vou ganhar muita coisa". O que será que essa pessoa tem em mente quando diz isso?

Termino hoje aqui, uma vez mais com este recado: Quando vocë ouvir que mais um segurança matou um inocente, ou mais um homem bateu e matou sua mulher, ou outro ato tão "banal" que vocë acha melhor fingir que não vë, faça simplesmente uma oração - mais uma. Mas eu duvido que Deus vá ouvi-la.

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