Wednesday, February 1, 2012

Dilma Rousseff vai para o trono - Rainha dos Panos Quentes


A nova eleita para o título de Rainha dos Panos Quentes, já no início do ano - não há ano atado ao título; portanto, elegemos reis e rainhas sempre que alguém faça jus ao título -, é a presidente Dilma Rousseff, graças às suas palavras, hoje nos jornais.

O Estadão, manchete de primeira página, ressalta a frase em que Dilma usa outra expressão antiga: "tetos de vidro". Um horror: a frase diz que ninguém pode dizer nada porque está comprometido, no sentido imundo da palavra.

A Folha de S.Paulo também ressalta a mesma sentença de Dilma, mas o faz em subtítulo. O pensamento completo, segundo a Folha, na seção Mundo. é: "Quem atira a primeira página tem teto de vidro. Nós temos o nosso". Dilma, então, ataca os EUA...

O que a faz digna, agora, do titulo de Rainha dos Panos Quentes é outra sentença, reproduzida pelo presidente da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez, em entrevista concedida a Guilherme Russo, do Estadão: Dilma disse que os direitos humanos não podem ser somente uma "arma de combate político-ideológico". Elizardo afirma que isso está correto.

Panos Quentes não é vinculado ao que é dito em si, mas a quem diz e, assim, a um contexto associado a quem diz. Na boca de Dilma, é um ardil, já que a presidente tem-se valido de tal "arma" para fins... "discutíveis", no mínimo: usou a arma para se eleger (assim afirma a Folha, na matéria de hoje) e tem deixado a arma "na gaveta" diante da coisas assustadoras, como a operação na cracolândia, em São Paulo, e outra no Pinheirinho. Nada ouvi da presidente da nação quando, há dias, foi publicado que o Brasil despencou 41 posições em lista relativa a liberdade de expressão.

A sentença dos "tetos de vidro" é infame, além de contraditória, o que reflete piamente a atuação de sua autora. Mas parece que todos estão dispostos a aceitar tudo o que vem da presidente por ser ela uma mulher. Coisa de país com profundo ranço machista, atrasado em todos os sentidos.

Justamente porque os direitos fundamentais não devem ser apenas arma conveniente é que Dilma deveria ter sido coerente, honesta e atuante de forma isenta. Se a situação em Cuba não é "emergencial", disse ainda ela, repetindo termos de seu ministro, a do Brasil, então, sequer merece atenção - é o que esse discurso diz - e a realidade atesta.

Assim, vai para o trono, agora, a presidente Dilma. Rainha dos Panos Quentes.

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