SEGUNDA PARTE
Terminamos a primeira parte falando sobre implicações do errático procedimento da FUVEST de ora agrupar, ora manter isolados, os cursos a cujas vagas os candidatos concorrem.
------------- A primeira parte é esta: AS IRREGULARIDADES DO VESTIBULAR PARA A USP - INGRESSO 2011 - todos os detalhes que levam ao cancelamento desse vestibular
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Recapitulando, dissemos que:
Com o agrupamento, o candidato perde TOTALMENTE a noção de sua colocação e de ordem de classificação para preenchimento das vagas. Apurei que nem mesmo as secretarias dos cursos são informadas da classificação dos candidatos...
Finalizamos a primeira parte com uma manchete do Estado de S.Paulo, que induz o leitor a pensar que houve transparência, quando não houve.
As "notas e colocação" a que se refere o jornal não foram de fato "divulgadas" como diz a manchete que reproduzimos no final da primeira parte deste relatório. Tais informações, na verdade, foram lançadas no sistema da FUVEST, sob TRANCA. Somente cada candidato, sob condição, poderia vir a ter acesso UNICA E EXCLUSIVAMENTE a sua própria nota e colocação. A condição era fazer um outro cadastro - o candidato já se cadastrara junto a FUVEST para se inscrever no vestibular. Para "acessar" aquelas informações cruciais, foi-lhe exigido mais um cadastramento detalhado, que incluía até nome do pai e da mãe...
Cabalmente, isso não é divulgar. O ESTADÃO se manchou com esta. Já firmamos na primeira parte (também na citação acima) que nem mesmo as SECRETARIAS dos cursos obtêm as notas e colocações dos candidatos.
CURSO AGRUPADO, CANDIDATO PERDIDO
Vamos agora demonstrar isto: por que o candidato, se optou por cursos agrupados, perde totalmente a noção do preenchimento das vagas ao longo de todas as cinco chamadas, mesmo tendo se cadastrado novamente e acessado sua nota e colocação.
Primeiramente, frisamos que distinguimos duas situações, uma vez que a FUVEST ela mesma, contrariamente até ao mínimo senso de equidade que tem de prevalecer em concursos deste tipo, criou duas situações desiguais para os candidatos. Em decorrência do incompreensível agrupamento - ou não agrupamento - de cursos, do que tratamos minuciosamente na primeira parte, HOUVE CANDIDATOS ORDENADOS DE UM MODO, E OUTROS CANDIDATOS ORDENADOS DE OUTRO MODO. Isso, claro, torna qualquer concurso ou exame NULO.
APENAS ORDEM ALFABÉTCIA - "NÃO É À TOA"
Eu condeno essa expressão "não é à toa", quando empregada assim: Não é à toa que a FUVEST só divulgou (aqui divulgou significa mesmo divulgar, ou, ao menos, tornar acessível, em seu site, SEM exigência de login.) listas de convocados para matrícula em ordem alfabética".
Muito em moda, quase todos os colunistas da Folha de S.Paulo usam tal vulgaridade, sim, em ensaios que julgam de alto padrão.
Devemos entender com essa redação, que há uma "razão", um propósito para que tal se verifique. (seja "tal" o fenômeno que for, em questão)
Aqui, o à tona remete a um propósito que mancha irremediavelmente o vestibular em foco.
Ou seja, se as listas - inquestionavelmente necessárias - com a relação de todos os candidatos, suas notas e colocação fossem DE FATO divulgadas, o ROLO ficaria patente ao público. O rolo- FUVEST. Dito de outro modo, se a divulgação fosse feita de fato, como procedimento exigido pela PRÓPRIA USP, o rolo-FUVEST haveria de ser sufocado antes de passar à prática, à ação, que ora denunciamos. Assim, não é à toa que a FUVEST mantém as listas só para si.
E eu pedi. Pedi à FUVEST, em email já reproduzido na postagem de 18.03, que me fosse dito como obter tais listas. A reação da FUVEST foi aquela que trouxe ao conhecimento de vocês aqui, ao reproduzir os emails da FUVEST a mim (postagem de 18.03). Sim, a FUVEST pulou fora, para usar expressão que faz par com à toa.
Diante disso, o concurso já está ROTO. Irremediavelmente insustentável. Espero que a USP tenha a decência de não tentar abafar isso. Os convocados começaram seus cursos... e podem ser muito, muito mais prejudicados se a fraude for forçada a se manter por mais tempo.
O concurso está roto, duplamente. Nota de redação mascarada, após email com nota em desacordo com as normas. Depois, nada de notas e colocação divulgadas de fato, seguida de negação escamoteada a fornecer tais informações. Deplorável fim. Mas ainda há mais falcatruas.
Para o leitor nerd como eu, que tem cabeça boa o bastante para querer saber tudo o que está por trás do rolo-FUVEST, vamos avançar nos detalhes, a seguir.
Tomando novamente a maracutaia da FUVEST de ora agrupar cursos, ora mantê-los isolados numa única carreira, vamos estudar o que aconteceria com um candidato que escolheu cursos agrupados. Para demonstrar isso, consideraremos que ele escolheu a carreira "gorda" 616 - onze cursos agrupados. O raciocínio é o mesmo para outras carreiras "gordas", isto é, com cursos agrupados, como a carreira 214, etc.
Como mostramos na primeira parte, a carreira 616 abrange 11 opções. (Ver Manual do Candidato, no site FUVEST) Cada candidato pode escolher até quatro opções. Frisamos, cada candidato também não sabe que opções cada um de seus rivais fez. Mantenha tudo isso também em mente, leitor.
Nosso candidato-modelo optou por Astronomia - curso 48, 15 vagas, e um dos "componentes" da carreira 616. Astronomia é sua primeira opção. Não vamos por ora considerar as outras opções que ele poderia ter firmado (mais três, no máximo). Uma opção, o leitor verá, bastará para defender nossa tese - que o candidato perde totalmente a noção do preenchimento de vagas a que concorre. Nesse caso, uma vaga das 15, no curso de Astronomia.
Sabemos também que as notas e colocação dos demais candidatos a tal "carreira 616" não foram de fato divulgadas. Nosso candidato-modelo acessou apenas sua nota e sua classificação, muitíssimo boa: 16/1527.
Foi exatamente isso que o candidato real, que obteve a décima-sexta colocação na carreira 616, viu na sua página privativa de desempenho no FUVEST 2011. Supomos que a FUVEST não foi vil neste item em particular (muito facilmente seria pega, pois um candidato poderia conhecer outro, concorrendo a quaisquer dos onze cursos e confrontar tal informação). Assim, 1527 é, de fato, o total de candidatos ordenados naquela carreira, para um total de 455 vagas, considerando os ONZE cursos nela agrupados.
AGORA, O ROLO-FUVEST ÀS CLARAS
Tendo em vista tudo o anteriormente exposto, o rolo-FUVEST fica evidente ao se fazer uma pergunta boa. (Aliás, perguntas boas são sempre salutaremos por, entre outras coisas, exporem rolos.) A pergunta é: Sabendo nosso candidato que havia 15 vagas para Astronomia, poderia ele ter certeza, diante de sua classificação tal como informada pela FUVEST (16/1527, e nada mais), de que seria convocado na primeira chamada?
A resposta é Não. Não poderia.
DESIGUALDADE INTOLERÁVEL ENTRE CANDIDATOS
Se o curso não estivesse na "carreira gorda", se fosse o único item da carreira (o que de fato ocorre, estranhamente, com outros cursos, conforme mostramos na primeira parte), nosso candidato, aí sim, teria certeza de que não seria convocado na primeira chamada. São 15 vagas, ele ficou em 16o. lugar.
.... E, ENTÃO, O ARTIFÍCIO DAS LISTAS APENAS EM ORDEM ALFABÉTICA
Assim, já emerge a imperdoável diferença a que já aludimos. O que se traduz em desigualdade entre candidatos, que ora demonstramos cabalmente. Tal diferença é, reiteramos, injustificável, inaceitável entre quaisquer candidatos FUVEST, óbvio. Assim, temos uma primeira "razão", uma primeira revelação quanto ao não ser "à toa" que a lista que sai é só em ordem alfabética.
Nosso brilhante candidato, frisamos, não poderia dar a notícia no facebook: "Vou ser chamado na primeira opção", a menos que tivesse outros poderes... Ele teria de esperar a lista - em ordem alfabética - da FUVEST. E por fim, convocado ou não, continuaria sem saber sua ordem no CURSO. Se perguntasse na secretaria (eu perguntei), a resposta seria: "Só a FUVEST tem". Se escrevesse para a FUVEST.... vocês já sabem a resposta que a FUVEST me deu.
Em suma, a colocação do candidato no CURSO permanece incerta, desconhecida, não sabida. Nosso candidato, orgulhoso, bem queria informar sua colocação no curso para seus avós, que moram no Irã. E, mais ainda, para a sua namorada rica, que lhe prometera um carro Okm de presente, caso fosse o primeiro lugar no curso. Nosso candidato, em vão, se desespera, em meio a sua alegria. A tal colocação é "inobtível". A FUVEST alegou, em email, para mim, que já informara tudo que eu deveria saber. (ver postagem de 18.03)
PODE UM VESTIBULAR ASSIM SE MANTER DE PÉ?
Outra pergunta boa, mas mais retórica do que imprescindível, porque a resposta é óbvia: Pode
um vestibular assim se manter de pé?
Bem... temo que ele se mantenha de pé... Tanto quanto certos adeptos dos propalados "atos secretos" legislativos.
O RACIOCÍNIO - E EU NÃO FIZ MATEMÁTICA
Você, leitor, não é nenhum nerd. Ver estrelas, para você, nada tem a ver com a Astronomia. Você, então, ainda não "viu" o porquê do "não" - nosso candidato não teria como saber se seria convocado ou não, na primeira chamada. Mas entendeu, claro, que isso não aconteceria se a carreira 616 não fosse "obesa", e só se referisse ao curso almejado por nosso candidato.
Para simplificar ao máximo nossa explicação. considere estas questões e as respectivas respostas:
a) Tendo em vista a carreira "obesa", nosso candidato poderia ser o primeiro do curso, apesar de haver apenas 15 vagas (conforme declarado pela FUVEST)?
Sim.
b) Na mesma condição de carreira, poderia nosso candidato ser o segundo do curso?
Sim.
c) idem, poderia ser ele o terceiro do curso?
Sim.
E assim sucessivamente...
a) Para ser o primeiro do curso, bastaria que nenhum dos quinze primeiros classificados (lembre-se, nosso candidato é o décimo-sexto colocado) tivesse escolhido Astronomia como primeira opção. Ele ganharia o carro novo, se pudesse provar isso à namorada. Mas, como vimos, não pode.
b) Ele seria o segundo do curso, caso um dos quinze candidatos à frente dele tivesse escolhido Astronomia como primeira opção.
c) Ele seria o terceiro do curso, se dois dos quinze primeiros na "carreira gorda" tivessem escolhido Astronomia como primeiro opção.
Ressalva: Supomos, em (a), (b) e (c) que não houve mais rolo naquela ordenação. Mas, como ela é SECRETA... como ter certeza de que não houve?
E... assim sucessivamente. Ou seja, nosso candidato-modelo poderia ser o quarto, o quinto, o sexto... até o décimo-quinto? (sendo 15 as vagas)
Teoricamente, sim. Se todos os quinze primeiros - lembre-se, não sabemos QUEM são, não dá para procurar no facebook - optaram por Astronomia como primeira opção - e, de novo aqui, não temos como saber ou procurar saber quais foram tais opções -, nosso brilhante candidato não seria convocado na primeira chamada.
DESISTẼNCIAS DEMAIS NA USP - A FUVEST É QUE É A RESPONSÁVEL
Talvez nosso candidato se mudasse para o Rio de Janeiro. Não analisei o vestibular da Cesgranrio ainda, nem sei se ainda é Cesgranrio. Mas a hipótese é muito relevante. Não convocado na primeira chamada, nosso candidato poderia decidir não esperar por novas chamadas e aceitar outros vestibulares, espero, transparentes como devem ser.
Todos os quinze primeiros com Astronomia na primeira opção é "improvável"?
Quem vai fugir agora sou eu. Não sou matemática, já disse. Posso apenas solucionar questões do nível médio de análise combinatória e probabilidade.
Mas, considerando o senso comum, a intuição, diria que sim, é "improvável". E então? Nosso candidato seria convocado, faria a matrícula, beberia até surtar por não ter conseguido saber sua colocação. Seria, por outro lado, salvo de um desastre, porque voltaria para casa a pé, já que não ganharia o carro. E não pensaria mais no raio do vestibular da FUVEST.
COMO A FUVEST TRAI O MANUAL DO CANDIDATO MAIS UMA VEZ
Vimos que, com exceção dos campeões - que não tiveram fotos nos jornais (eu não vi) este ano -, os demais candidatos, mesmo muito bons, como o nosso candidato-modelo, sofreram o dilema: serei convocado ou não? Muitos sofreram até hoje, quando saiu a quinta, e última, convocação.
Após a segunda convocação, há um procedimento extra estabelecido pela FUVEST; em decorrência, os candidatos têm de voltar a optar: parar ou continuar? E, se forem continuar, também terão de marcar, sim, com a caneta, quais as carreiras (obesas ou não) em que ainda estão "interessados".
Nunca vi nada assim antes.
Com isso, a FUVEST enrola os candidatos de novo, deixando-os ainda mais perdidos. Como? Houve duas chamadas. Em cada uma delas, os candidatos tiveram de voltar e fazer tudo de novo (a "confirmação da matrícula"). Um candidato com que falei confessou: "Mal consegui dormir. Faltar à confirmação seria pior do que não passar". Concordei com ele.
Você, que não foi convocado, não sabe quem confirmou, quem não confirmou matrícula. Depois, não sabe quem optou pela "lista de espera", ou seja, por continuar e tampouco sabe se cada candidato manteve todas as opções ou não, e, então, não sabe para que opções cada candadato ainda compete. Ou seja, continua, como antes, no escuro.
Quantas vagas ainda não foram preenchidas? Isso não é divulgado.
E o pior: qual é sua classificação - aquela mascarada que seja (16/1527) - após tantos "ajustes"? Você estava achando que valia a classificação de início? Percebeu agora que tal não faz nenhum sentido, já que houve até a redefinição de opções de curso!
Mas como saber sua classificação agora?
AH! Caiu a ficha...
A FUVEST não "divulga", nem mesmo na página TRANCADA do candidato, sua nova classificação.
PARA TRAIR É SÓ COMEÇAR - A FUVEST TRAI... DE NOVO
Será que alguém ainda me recriminaria por eu querer meu dinheiro da inscrição de volta em dobro, como prevê o Código do Consumidor?
Mas ainda há mais traições por parte da FUVEST. De fato, é difícil ter moderação no que não presta. Não há moderação no beber, no matar, no trair. Há moderação no ter coragem, no pensar analiticamente, no se colocar no lugar do outro. E, sim, muita moderação no denunciar falcatruas. Muitos diriam, sem hesitar, que seria melhor deixar esse rolo-FUVEST do "jeito que está". Ou seja, plenamente acobertado. Ou melhor, agora não plenamente, mas quase.
Também perguntei a FUVEST sobre a destinação das vagas dos cursos em "carreiras obesas" (ou gordas; aqui, dá no mesmo). Como exatamente, eu indaguei, as vagas são preenchidas?
Adivinhou. Ela pulou fora.
No MANUAL DO CANDIDATO, tem-se, bem sucintamente, que a MELHOR OPÇÃO de cada candidato será considerada em tal preenchimento.
Mas, apurei, a FUVEST também desrespeitou isso. E, como deixou "escapar" o "oitenta" fora das regras, no mesmo email também "entregou o jogo" ao afirmar que a nota "estava acima de todas as outras variáveis".
A nota, afastados novos rolos, determinou aquela primeira classificação (16/1527), nas carreiras tipo obesas. Mas isso não soluciona a questão do prenchimento das vagas. Para simplificar essa demonstração, considere, de novo, a carreira 616 de nosso candidato.
São 455 vagas, tomando-se os onze cursos. Tenha ainda em mente que a primeira chamada convocou exatamente 455 candidatos, por ordem alfabética. (no site da fuvest). Não se sabe as opções dos candidatos. Nem mesmo a primeira opção. E, como já demonstramos, não temos também como saber a colocação nos cursos.
Agora, cientes de todas essas restrições, perguntemos de novo: Como as vagas foram preenchidas? Em outras palavras, como a FUVEST chamou fulano para dado curso e sicrano para outro, nessa carreira obesa 616, para os restringirmos ao nosso exemplo?
Parece óbvio para alguns: se eram 455 vagas, a FUVEST convocou, na primeira chamada, os 455 primeiros.
Se é assim tão óbvio, por que não divulgar a lista em ordem de classificação? Daria um trabalhão pesquisar, para fiscalizar, as classificações de tantos candidatos, se a FUVEST apenas divulgasse nomes, prometendo que estava na ordem. O que não é mera piada. A FUVEST de fato apenas prometeu chamar os candidatos na ordem.
Mas não temos nada, nem nomes apenas, prometidamente na ordem de classificação. Menos ainda temos a classificação de cada candidato.
Temos apenas a piada - a declaração solene da FUVEST de que seguiu a ordem, certamente com tanto zelo como respeitou a pontuação máxima da nota de redação...
Por fim, deduzimos que a lista em ordem não foi divulgada justamente porque não é tão "óbvio" assim que os convocados foram os 455 primeiros. E isso é muito claro quando se considera o seguinte.
Para que exatamente os 455 primeiros tivessem sido convocados na primeira chamada e, como promete a FUVEST no MANUAL do Candidato, fosse priorizada a melhor opção do candidato (a primeira opção é melhor do que a segunda), algo muito "improvável" também teria de ter acontecido: o número de candidatos com determinado curso na primeira opção teria de bater com o número de vagas daquele curso, levando-se em conta que isso, numa carreira obesa como a 616, tem de ocorrer SIMULTANEAMENTE com TODOS OS ONZE cursos que tal carreira abrange.
Então os 455 convocados não foram os 455 primeiros?
Exato. É isso que as listas em ordem alfabética escondem. E se escondem isso.... O que mais?
Para deixar ainda mais "mastigado", tomemos, como ilustração, o curso 43, da carreira 616: Física, Noturno, São Paulo (capital), 100 vagas. Será que, entre os 455 primeiros nessa carreira, havia exatamente 100 candidatos com o curso 43 em primeira opção? Continuamos com o será. A FUVEST não permite que respondamos esta simples questão. Mas, à guisa de raciocínio, para compreender o que aconteceu, é válido que prossigamos. Há duas possibilidades. Havia exatamente os 100. Ou não havia.
Se não havia, imaginemos um número qualquer, abaixo de cem - oitenta? Ok. Oitenta. Então, temos que vinte vagas do curso 43 não foram preenchidas, entre os 455 primeiros, com a MELHOR OPÇÃO. Como, então, a FUVEST preencheu as vinte vagas restantes?
Percebeu, leitor, por que minha indagação sobre o preenchimento de vagas em carreiras "gordas" não era "óbvia"?
E é muito provável que tal descompasso entre vagas e primeiras opções tenha ocorrido, na maioria dos onze cursos. Pois.
De novo afastando a possibilidade de mais rolos aqui não ventilados, ou seja, supondo que houve alguma lógica no preenchimento daquelas vinte vagas restantes, é válido ainda afirmar: ou a FUVEST recorreu a candidatos com aquele curso em segunda opção. Ou desceu na lista, ultrapassando a marca dos 455 primeiros, para buscar, além desses 455, mais candidatos (vinte) com o curso 43 na primeira opção.
Como saber o que a FUVEST de fato fez? Não há. É segredo.
Se ela, respeitando alguma lógica, recorreu a candidatos com o curso 43 em segunda opção, TRAIU, de novo, o MANUAL - neste, reiteramos, se lê que a melhor opção do candidato prevalece para o preenchimento das vagas. Isso equivale a dizer que, enquanto houver vagas em determinado curso e candidatos cuja primeira opção é aquele curso, esses candidatos preencherão tais vagas.
Mas é não apenas possível, como bem provável, que a FUVEST tenha priorizado não a Melhor Opção, mas a necessidade de preencher vagas, seja como for.
Para finalizar, ressaltamos que, em nosso raciocínio, consideramos apenas um curso, mas o bastante para apontarmos o impasse: não sabemos como as vagas foram de fato preenchidas. E a nebulosidade ficaria ainda mais forte ao tentarmos considerar os demais dez cursos da mesma carreira 616.
Voltamos a ressaltamos também que a competição foi desigual. Houve candidatos que não passaram por todo esse dilema, porque seu curso não estava numa carreira gorda. E, por isso, ele não competiu com candidatos com opções de curso estranhas às suas.
Assim encerramos esta segunda parte, e última, de nosso relatório. Mas devemos voltar a tratar o assunto.
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Monday, March 21, 2011
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