Tuesday, February 15, 2011

DEZ RECEITAS HIGHTECH RÁPIDAS PARA VOCÊ... CONTINUAR A SE AUTODESTRUIR

(Resumo em inglês:)
Follow these ten hightech recipes. Fast(er), self destruction is guaranteed. But we are ironic, thereby trying to boost your awareness so that you eventually do exactly the opposite and stop destructing yourself.


1. Minta, dizendo para mim, ali, na praça de alimentação superbaruhenta do shopping, que você não tem dinheiro algum, só o cartão de débito. Que pagou o cupcake tão lindinho, que você devora, com o tal cartão. Logo eu descobrirei que é mentira - no quiosque há uma placa: "Só aceitamos dinheiro. O sistema ainda não está funcionando". Continue assim: mentir engorda horrores, porque altera a programação natural - ninguém nasceu programado para mentir, mas para ser autêntico. É simples comprovar isso: quando você é autêntico, não sente nenhuma reação negativa no corpo. Mas quando mente, ainda que já calejado e livre do sentimento de culpa, os mecanismos de seu corpo se desequilibram mesmo assim.

Portanto, já temos três coisas autodestrutivas acima, num único item - o primeiro de dez. Temos o cupcake, a mentira e... o local extremamente barulhento para se comer, ou mesmo simplesmente estar. Ah! Por que você mentiu? Porque eu lhe ofereci algum dos meus textos e você não foi capaz de apenas dizer um honesto 'não'. Provavelmente, foi um dos meus contos, que custa quase o mesmo que o cupcake. Optou mal, você. Meu conto dá muito mais prazer, e prazer; nada de pneus pavorosos no corpo, e outros problemas. Como usar e abusar do cartão.

2. Passeie pela Av. Paulista na hora do almoço, um lugar livre para fumar. Você não terá de ser fumante. Apenas passeie - sem gastar nada com o cigarro. Você levará tanta baforada nas ventas que será mais destrutivo do que fumar do modo tradicional. E continue iludido, achando que está bem por ser não fumante. Duas coisas autodestrutivas - iludir-se também conta.

3. Grude no seu i-alguma-coisa. Não veja o que está ao redor, não pense em nada. Fique assim, totalmente desconectado de onde você está, de você mesmo. Caramba, não consigo conceber nada, nada mais simplesmente destrutivo do que isso! TV
? TV não era nada má, comparada a esses 'tablets'! Você geralmente se esgangalhava de gargalhar diante da TV. Mas apenas um leve sorriso diante do seu i-... Não; você não consegue sequer imaginar-se dando essa bandeira de RIR. Meu conselho: jogue fora seu i- e volte para o sofazão do lar doce lar. Mas desconecte certos canais do tipo 'bem-vindas-as-calamidades-de-sempre'. E os que levam você a... mentir (reveja item 1). Sim, mais duas coisas autodestrutivas, porque não rir também é.

4. Quando um pedestre invadir a faixa de segurança para pedestres (a "redundância" é absolutamente necessária), enquanto você estiver parado - melhor, seu carro está parado, mas você está tão ansioso que, por dentro, equivale a um foguete -, pise no acelerador. "Empurre" aquele "invasor" para fora da rua, imediatamente. Enquanto isso, tateie seu i-alguma-coisa (reveja item anterior). Se tiver que ir a pé - porque algo, na sua opinião intolerável, o impede de ir de carro - vá dando fechadas em cada pessoa que você "ultrapassar" na calçada. Isso é típico de São Paulo, acho. Não vi tal desvio abrupto e sem razão em nenhum outro lugar em que morei. Ponha-se, também, inerte na frente de quem vem na direção contrária e, quando a outra pessoa não conseguir se desviar, exclame: "Noosssa"! (Também não vi isso em nenhum outro lugar. Mas, em São Paulo, vejo "direto"). E, claro, contribua para que aquele postezinho que ainda está meio que de pé, vá totalmente ao chão! Porque, afinal, você precisa mesmo relaxar! E você relaxa da maneira mais autodestrutiva para um "civilizado bem de vida"! Não me esqueci, não, deste outro cliché que também vive no seu linguajar "civilizado", ora usado contra você mesmo (vou fazê-lo, assim, explodir, segura que estou, aqui deste lado): "Seu sem educação"! Duas? Três? Perdeu-se nas contas, leitor? Vejamos... 1- continue ansioso desse jeito; 2- continue desumanamente descortês (isso já é o normal); 3 - beba e faça o impensável depois... 4- sim, senhor, quarto: Não admita nada disso - acuse o outro de tudo que cabe, antes de mais nada, a você. Não tenho dúvida alguma de que esse desequilíbrio moral está perfeitamente alinhado com desequilíbrio equivalente no corpo, mesmo que imperceptível ainda (pouco provável).

5. A maior rede de supermercados precisa de mais repositores. Ou seja, gente para reabastecer as prateleiras... de bebidas e bolachas recheadas de 1 real. Não, não há um real no recheio... (Viu o que faz a falta de uma vírgula?) Para mantê-lo nessa linha autodestrutiva, vou fazer-lhe uma pergunta (isso o faz explodir sempre...): "O que há de errado com o lanchinho básico de "antigamente", especialmente com o café-com-leite? Outro dia, li que o café prejudica a absorção de cálcio. Ou seja, atacam, por fim, a mais antiga e apreciada combinação de nosso cardápio. Pronto. Agora não ficará ninguém de fora da "dieta saudável"! Na verdade, era leite com café. Até que a modernidade conseguiu inverter isso: "Moça, café com um pingo de leite". E aquela leiteirinha fica ali, sendo trocentas vezes requentada ao longo do dia. Que cálcio restará para o café bloquear? Afinal, uma leiteirinha, de pingo em pingo, dá para o dia todo. Que nojo, penso comigo. Ninguém está pensando, desconectado com seus i-alguma-coisa, bebericando o primeiro pingo de leite requentado do dia. E sonhando com a bebedeira do "happy" hour. É preciso mais para provar que ninguém quer emagrecer? Ninguém quer crescer? O que importa é beber feito gente grande.

6. Um ex-pretendente a meu namorado puxa o celular. Exclamo: "Não acredito que você vai fazer isso!" Estávamos na pista lateral da Marginal Pinheiros; primeira vez que eu arriscava, literalmente falando, como se vê, andar no carro dele. Ele me critica: "Não vai acontecer nada"! Isso desequilibra meu corpo (reação a risco iminente), além do risco à vida que implica em si. Ele foi breve. Criticou-me de novo, ao desligar: "Viu, não aconteceu nada"! Quem me conhece já adivinhou o desfecho - ele se tornou, ali, ex-pretendente. Mas você não sabe disto: ele, para "completar", era praticamente cego... Outro dia, tentei convencer minha colega a atravessar em outro ponto do campus da USP. Ela me critica: "Nunca vi acontecer nada aqui"! Bem, eu também não vira... Mas, é preciso "ver"? Algum tempo depois, a USP destruiu o ponto de ônibus que havia bem próximo e o ergueu mais adiante, além de mandar pintar as faixas de pedestres que aqui nada representam; por fim, instalou semáforos. O que resolve um pouco não são eles, mas as câmeras... Bem, isso antes dos i-alguma-coisa. Assim desconectado, quem já não "via" nada acontecer no trânsito, vai passar a ver... menos ainda. Adivinhou desta vez, leitor!

7. "Vou ficar de pau duro o dia inteiro, imaginando a senhora aos vinte anos". O rapaz de vinte anos me diz. E repete. Isso em intervalo de poucos minutos, não ao longo de um dia inteiro. "A senhora devia transar sem parar aos vinte anos". Digo-lhe que não, não transava sem parar. Mas não é a quantidade que me chama a atenção. Nem a situação (o ficar de pau duro, o transar). A declaração, sim. Ele tinha compulsão em afirmar aquilo. Muito estranho. Algo está funcionando mal... Pudera. Com apenas seis itens dos dez, apresentados antes deste, já podemos facilmente dizer e repetir "pudera"! A vida sexual aos vinte anos é um horror
? Pudera! Pudera! Nada contra imaginar como eu era aos vinte anos, o dia inteiro. Mas 'pau duro o dia inteiro' enfaticamente declarado é contra. Não direi que é contra os "princípios", mas que é contra os próprios anseios e desejos. Um pau duro não está associado, necessariamente, a um miolo mole, mas, nestes tempos, está certamente vinculado a um brio liquefeito. Mas autodestrutivo do que isso? OK. Oito.

8. "Não tenho tempo". Pudera! Mas ninguém o diz lamentando. "Não tenho tempo" virou um autoelogio. E um deboche a mim, quando recomendo a alguém que se exercite levemente. Levemente. Vinte minutes mudam sua vida!, insisto. A pessoa vai embora. Não se trata apenas de manter a barriga chapada. Mas de manter a memória do corpo quanto à sua própria flexibilidade. Sim, estou convencida de que o corpo precisa de... memória, de ser constantemente lembrado de que pode fazer algo. E ele não é retardado - basta um rápido reavivar da "memória" de que ele pode ser elegante, pode caminhar com leveza. Pode erguer a perna - uma de cada vez, lógico - até bem alto, esticadinha. Aos cinquenta anos. Por que não aos sessenta
? Aos setenta?... Pode ter a coluna reta. Pode não sentir dores!
Você me mandou embora, eu ouvi. Mas vou dizer no próximo item, o que entraria, de início, aqui também.

9. "Pensar faz ficar infeliz". "Tenho preguiça de pensar". "Quem pensa fica louco". Agora eu, na sua opinião, sou infeliz e louca. Enquanto você é "apenas" preguiçoso. Bem, devo ser justa: ouço muitas pessoas me elogiarem a inteligência. Mas elas são, quase todas, também ambíguas com relação à inteligência. Elas fazem aquele elogio, muitas vezes, enquanto se desculpam por algo errado que fizeram a mim, ou para justificarem alguma "preguiça" delas... Não demonstram, em geral, um claro e firme louvor à inteligência, seja de quem for. Alguns têm compulsão por palavras cruzadas, outros por horóscopos. "Exercitar" a mente, assim, é como repetir abdominais, com a diferença de que não é preciso contar. Gente, a mente não é um músculo, alguém se lembra disso
? Com tanta palavra cruzada, a mente pode ficar dura como o pau de alguns... o dia todo. E isso é bom? Em nenhum dos dois casos. Claro que mente mole é um terror. Cadê a calculadora, para somar sete mais quatro? Mas "endurecer", adestrá-la, não é inteligência! Ah! Sinto cheiro de pólvora! Descobrimos que... a mente é bem diferente de um computador! Ela pode ser bem diferente e, então, não há computador que chegue sequer aos "pés". Entretanto, não encontro ninguém, nem professores que perambulam na mais prestigiosa universidade do pedaço, ninguém que me diga algo novo. Repetem o que está mais do que "batido". É... Eles ostentam o título de PhD, a foto na galeria... mas, cadê o blog deles? Cadê o blog? Compare! Contra os males degenerativos, o blog deles não conta nada. Nem, claro, as palavras cruzadas tão repetitivas e enfadonhas. Ouvi, há três dias, esta proposta, de um motorista de ônibus: "Eu fico com sua inteligência, e você pega no volante deste ônibus"! Respondi, sem nenhuma afetação: "O incrível é que não é possível passar isso para alguém. Muitos me perguntam se minhas filhas são inteligentes como eu. Não são, não! E saíram de dentro de mim. Envolve outras coisas"...

10. Durma com todo esse barulho! Concordo, soa ridículo.
Dormir seis, sete, oito horas seguidas por dia pode ser pavoroso. E, pelo que os itens acima sugerem fortemente, só pode ser! Esqueça o sono por enquanto. Mude todo o resto da lista. Então, dormir, tenho certeza, será o de menos. Uma sesta já fará um bem muito, muito maior do que as x horas de sono da cartilha, que soa pura hipocrisia, já que distúrbios de sono vêm com cada item acima. Você precisa mesmo é abrir os olhos para suas horas de vigília, termo que, curiosamente, não mais se usa... Vigília. Sabe, enquanto você não dorme, você precisa estar ligado. O que ligares na terra, será ligado no céu, já ensinou Jesus, em uma das muitas lições dele que ninguém jamais aprendeu.
Corrijo: quase ninguém aprendeu.

E, em tempo: pare de dizer o batido, desinteressado: "boa sorte". No lugar, diga um autêntico: "adorei te conhecer", se tiver a sorte de fato de encontrar alguém como eu!
Chi! Quanta raiva! Releia o texto, já já! E não diga que não tem tempo.

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