Depois de conseguir uma concordata com o Brasil, através do presidente Lula (novembro 2008), o Papa ataca o Reino Unido.
Esta que não parece nadinha uma 'missão apostólica" é uma visita agendada e que já estava prevista quando o escândalo da pedofilia na Europa estourou. O brilhante autor de Deus,um delírio (junto com outro cidadão que ora não sei dizer quem) pediu a prisão do papa quando ele viesse ao Reino Unido. Caso abafado, claro.
O que assusta é que, muito mais do que "esquecer" os crimes, a liderança política do Reino Unido se arregaçou para o Bento, inclusive a rainha. O primeiro-ministro, David Cameron, em pronunciamento à BBC, afirmou que o Reino Unido está longe de ser um país secular (no qual a Igreja não interfere na vida civil e política). Pasmem. E fiquem preocupados, abandonando de vez aquele discurso idiota de vocês de que a "Igreja não tem mais tanto poder assim".
O Estado de S.Paulo, silenciando sobre os protestos que ocorriam em Londres no mesmo dia do pronunciamento - véspera da chegada do papa -, publicou o pronunciamento de Cameron na seção "Visão Global", sem mencionar a fonte, tampouco o tradutor. Grafou apenas, abaixo do nome do PM, "especial".
Indaguei o jornal por email, sem obter resposta. Ao reiterar o email hoje, o Estado responde que se trata de uma cessão da chancelaria britânica, com exclusividade para o jornal. Estranho, pois o pronunciamento está na BBC e, portanto, pode ser reproduzido por qualquer um...
Com o tempo ainda muito escasso para publicar aqui, alerto a vocês que percebo a tensão atrás de sorrisos monárquicos e tantos outros. O fim do mundo está bem mais perto depois desta "visita". Fim que, começo a achar, talvez não seja tão ruim; afinal, para que esperar para ver o mundo totalmente aprisionado, e o lacerante sofrer das multidões que hoje recebem o papa com histeria?
