Sunday, March 7, 2010

Jesus era gay? Elton John declarou que sim, mas...

Elton John saiu do armário há tempos e, com seu "homoafeto", foi o primeiro a legalizar uma união civil entre pessoas do mesmo sexo no Reino Unido.

Projetar isso em Jesus não explica totalmente a declaração que a celebridade pop fez recentemente. Há algo no evangelho "segundo João", em especial, que corrobora a tese - ou lebre - levantada por meu roqueiro favorito: o autor do evangelho - ou de parte dele (muito foi acrescido ao longo dos séculos...) - se identifica como aquele que Jesus amava. Sim, apenas isso, sem mais que aponte com exatidão tal autor. Como a Igreja Católica decidiu atribuir a autoria a João Batista... Jesus teria amado João.

Mas essa é uma conclusão afoita, que ignora um montão de coisas sobre o cristianismo e a trajetória dos pontífices, algumas delas ainda mais escondidas do que outras!

Para um cantor de rock, ainda que muito inteligente, a declaração é bastante audaz. Para uma historiadora superinteligente e dedicada ao tema, a polêmica caminha para o "nada a ver".

Isso porque a polêmica ignora, para sintetizar, duas coisas fundamentais.
A primeira:  Jesus não amou uma mulher? Todos lembram de Maria Madalena. Mas desconhecem esta evidência: há uma pintura de Leonardo Da Vinci, que dizem hoje que é a representação de João Batista - isto! falo da obra de arte algo conhecida, na qual o retratado aponta para o alto. Contudo, parece que ninguém reparou que essa pintura apresenta um "retoque" bem grande justamente na altura de um dos seios, aquele que teria ficado meio à mostra devido ao braço estar semierguido, para apontar para cima. Além disso, as feições são femininas, e não as do santo que está por aí, com barba inclusive.

Não li isso em nenhum romance. Eu examinava um livro completo das obras de Da Vinci e observei o que acabo de relatar.

Ontem (06/03) fui à missa de trinta dias de falecimento de Roberto Pires (morto não tem mais título algum, não é? Nem o de padre...), que foi vigário da São José do Jardim Europa. O novo vigário, um sujeito mais novo do que eu - que parece mais velho - se revelou a mim pior do que Roberto foi, no que tange a mobilizar a paróquia contra mim. Tomei a precaução de ficar com Maria, a que lidera um dos grupos de oração. Assim, fiquei sentada perto do canto da igreja onde está fincado justamente "São João Batista". Ollhei para a estatueta do santo e ri. O homem que estava atrás de mim olhou para a estatueta... E não viu nada de risível nela, claro. Mas eu me lembrei prontamente da pintura retocada...

Isso não é tudo. Consiste apenas na primeira daquelas duas coisas, lembra? Vamos à segunda, mais "assustadora" para os... os... bem, os que aceitam tudo "goela abaixo" e jamais, jamais reformulam o "digerido" há um bocado de tempo.

A segunda remete a esta pergunta: De qual dos "Jesus" você está falando, quando afirma que ele era gay?
Ora! De N.S. Jesus Cristo!, você retrucaria.

Jesus Cristo é só corpo morto e sangue derramado. Ok. Um "coração sagrado" também. Isso não pode ter sido gay, "straight", o que for! Jesus Cristo não tem mente - não havia você notado?

Segure-se: Há vários Jesus nos evangelhos. Calma...
Quem manda você não saber interpretar textos?!! Não ser dignamente letrado?!!

Por conta da catequese massificada, o que acabei de afirmar não gera "polêmica" - gera convulsão, loucura. Estouro da boiada.

Achei um artigo que afirma exatamente isto: "Jesus" é a fusão de vários pessoas. Mas, no topo do artigo - hospedado no site de uma universidade norte-americana - há uma baita advertência: "Provoca comportamento agressivo. Divulgue por sua conta e risco".

Antes de encontrar tal artigo, eu já tinha chegado à conclusão de que se tratava de vários personagens, "homogeneizados" - e mal - como se fosse um só. Justamente por isso, revirei o mundo atrás de pelo menos mais uma pessoa que tivesse registrado isso, para não ser eu a única "louca".

Bem, aí está. Não vou entrar em mais detalhes - não quero provocar o estouro da boiada que ruma para o céu do pontífice. Mas, para devidamente receber a declaração de Elton John,  a questão é primordial. Qual deles era gay? Temos sujeitos totalmente diferentes - e o único que morre para perdão dos pecados não é nenhum deles; não é um sujeito, mas uma ficção.

Pelo menos um dos "Jesus" - este nome é também arbitrário - não foi gay; tinha sua Maria.

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