Uma mulher, ex-freira, um dia observou ao me ver novamente: "Reparei que você come diferente". Eu respondi, brincalhona: "Sim, tudo, tudo em mim é diferente".
Com a minha idade, não conheço ninguém com corpo semelhante. Conservo todas as minhas curvas que, outro dia, fez um motorista de ônibus (já meu conhecido de muitas viagens) exclamar: "Você despertou quem estava adormecido". "Fiquei só imaginando"...
Eu estava com minha calça de ginástica. Que tantas e tantas mulheres usam em todo lugar. Eu uso também..., mas de modo diferente: com um top ou camiseta compridos. Se deixar um pouco os quadris à mostra (às vezes tudo está na pilha da lavanderia)... Foi isso que suscitou o comentário daquele motorista, que acrescentou: "Quando você tinha 17, 18 anos, devia fazer o sujeito chorar". "Fazia mesmo", respondi.
Sigo uma lista ortodoxa de JAMAIS, e outra de SEMPRE que praticamente ninguém segue ou está disposto a começar a seguir. Isso porque a maioria também "pensa" diferente... "Todo o mundo vai para o mesmo lugar, coma ou não coma, beba ou não beba". OK. Só que, enquanto isso não acontece... Você encara um monte de pneus diante do espelho. Eu não tenho pneus. Eu me mexo, remexo; dobro e desdobro. Você nem andar de modo elegante consegue. Geme sentado no trono. Eu não sei o que é isso.
Não vou reproduzir aquelas listas aqui. Se quiser, marque um dia e vamos ao supermercado juntos. E, uma vez no caixa, comparecemos nossas cestas de compras.
Como a maioria das coisas que compro, não se vê com frequência um certo arroz passar pelas esteiras do caixa. Mas ele é maravilhoso. o arroz preto integral RUZENE. Há o vermelho também. Não consigo dizer qual é o mais gostoso.
No sábado passado, 20.03, o casal que dá nome ao arroz estava no Pão de Açúcar da Gabriel Monteiro da Silva. Muito discretos, acompanhavam a demonstração do produto, nas duas versões (preto e vermelho). Márcia, a demonstradora, parava as pessoas sem inomodá-las - não poderia. Ela era a expressão do envolvimento, do acreditar no que faz. Era harmonia plena com Ana Montanaro, que tem receitas publicadas na revista Cozinha Faça Fácil, nas bancas e que, vestida a caráter, diligente e amavelmente servia, para degustação, sua moqueca, acompanhada do arroz RUZENE, cozido numa panela especial. "Sem sal", explica Márcia a cada cliente do supermercado que se aproxima: "A moqueca já é salgada".
A moqueca, graças ao seu principal ingrediente, tinha, além do nome de Ana Montanaro, mais uma marca - a NETUNO, de Sandra Petean. A família de produtos NETUNO inclui Filé de Merluza Congelado, Filé de Tilápia Congelado, e vários outros.
Vou adiantar para você, eu não uso sal na cozinha. Adoro o arroz RUZENE sem sal, ao qual acrescento frutas secas e outros grãos. E, outras vezes, muzzarela de búfala também. São muitas as variações possíveis, todas deliciosas e nutritivas.
"Sempre magrinha"... era Magda,.uma cara conhecida minha, que então se aproxima. "Eu como arroz integral", respondi. Magda, quilinhos a mais, gostou mais da moqueca do que do arroz... Anunciando que em breve celebraria suas bodas de rubi, perguntou se Ana Montanaro iria até sua casa preparar aquele prato, com o que receberia seus convidados. E Ana vai, sim. Com sua ajudante, a Márcia!
Não podemos contar, todos os dias, com uma dupla dessas, para cozinhar para nós... Uma pena. Mas podemos prestar mais atenção à nossa alimentação. Toda a energia da dupla Ana e Márcia nos dá uma demonstração extra: viver pode ser muito bom, transformando, para melhor, toda a atmosfera do que nos cerca - mesmo que seja um simples, e de outro modo estressante, supermercado.
Email de Ana Montanaro: anamontanaro @ hotmail.com
