Sunday, December 28, 2008

Por que não sou cristã? Dan Brown e Bertrand Russell

Grande parte da minha resposta à pergunta do título coincide com a de Russell - considerado, ao lado de Sartre, o maior filósofo do século passado -, em livro recém-publicado pela LPM.

Na página 41 de Por que não sou cristão[Why I am not a Christian], ele propõe: "O que fazer?", diante do preocupante quadro da crença.

E oferece uma resposta, considerando que o cristianismo é parte de tal quadro. A mudança não implica "virar ateu", mas resgatar o que Dan Brown também trouxe à tona como o "símbolo perdido". Em uníssono, clamamos que é, mais do que nunca, preciso...

Ver o mundo como ele é e não ter medo dele;
[É preciso] conquistar o mundo com a inteligência,
e não simplesmente subjugados como escravos, pelo terror que emana dele.


Quando ouvimos pessoas na igreja se rebaixando e dizendo que são pecadoras miseráveis e tudo o mais, isso me parece ... indigno de seres humanos que respeitam a si mesmos.

Um mundo bom precisa de conhecimento, gentileza e coragem;
não precisa de anseios pesarosos pelo passado,
nem do agrilhoamento do livre pensar
a palavras proferidas há muito tempo por homens ignorantes.

Precisa de esperança... e não de retrocesso a um passado que já morreu.

Bertrand Russell




Resenha estranha no jornal

É essa esperança que Dan Brown evoca no final de seu livro mais recente [então, O Símbolo Perdido] e não a "esperança-Obama", conforme apregoou o crítico Luiz Carlos Merten, em sua resenha publicada no Estadão, em 04/01/2010: "A nova 'mensagem' de Langdon, isto é, Dan Brown, é que, após a era Bush, a era Obama traz esperança".

Para escrever isso, ou o sujeito não sabe ler (tal como a grande maioria das pessoas) uma obra simples como a de Brown, ou fez isso intencionalmente, movido a propina.

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