Bilioteca do IP-USP - Instituto de Psicologia da USP. Há baias espaçosas com computadores junto à entrada que dão boa - se muito ligeira - impressão. Metade dos computadores, percebemos ao nos aproximarmos, estão desligados. Um dos que estavam ligados não funcionava. Restavam cinco. Isso é bem a USP - de longe, como impressiona. De perto...
Um rapaz, ao perceber que eu estava ali, de pé, olhando ao redor com aflição, cedeu-me o computador que ele utilizava.
Mal eu abrira o Word, a bibliotecária chefe aproximou-se de minha baia e exclamou: "Aí tem o Word"?!
"É uma versão 2003, mas deve servir", respondi.
Ela diz que tem de retirar o Word do computador porque "não é para nenhum computador" dali ter esse programa. Digo que não fui eu quem colocou o programa ali e que é muito "antipático" ela me impedir de usá-lo naquele instante.
Então, ela rebate: "Você vai di-gi-tar um texto"?! Aceno que sim. Ela recrimina mais: "Não dá para fazer isso na bi-bli-o-te-ca. O computador é só para uma consulta ou outra bem rápida".
Levanto-me e digo com indiferença: "Obrigada pelo apoio".
O Word quase certamente esta lá, somente naquele computador, porque algum funcionário deve fazer uso "extrarregulamentar" dele. E a bibliotecária não gostou que eu tenha percebido que havia o programa ali.
Como em biblioteca da USP, vejam vocês, não é lugar para digitar, fui digitar minhas anotações para uma aula na cafeteria. Graças a Deus ninguém estranhou isso ali.
Pois.
