Wednesday, June 30, 2010

Num dia, com o rei na barriga. Noutro, fora do G-20

Lula não deu só um passo bem maior do que as pernas. Acabou com as pernas pro alto; caiu feio.
Agora, está recorrendo à estratégia manjada de "dar um tempo". Não foi à reunião do G-20! Pior foi a desculpa: acompanhar as chuvas no Nordeste. O globe-trotter ficou repentinamente cansado e estacionou em casa.

A mídia adotou a versão de que os Estados Unidos ficaram com raivinha por o Brasil - e não eles - ter fechado o acordo com o Irã. Alardearam, principalmente a Folha, que Obama tinha escrito uma carta a Lula afirmando que apoiava o acordo. Então, "vejam só que aloprado!, Obama mudou de ideia do nada", quando o Brasil tomou o mundo de assalto com a notícia de que o acordo era uma realidade.

A Folha, a mais teatral, ainda por cima publicou, dias mais tarde, a íntegra da tal carta de Obama, que ninguém quer imaginar como ela foi obtida. Ao fazê-lo, voltou a insistir na versão de que Obama apoiou e depois voltou atrás.

Tudo isso é mais uma sórdida manobra nacional. Os Estados Unidos não perderam um segundo, e saíram por cima. Merecidamente. Traídos foram todos os envolvidas nas árduas negociações que se prolongavam, especialmente os Estados Unidos. Sim, foram traídos por Lula, o verdadeiramente aloprado nessa história que, passando por cima de todos aqueles agentes e esforços, quis bancar o herói sozinho. Ridículo.

Você leu a carta que a Folha, com alarde, publicou? Pois. Leu só até o trecho em que Obama de fato diz que reconhece como positiva a iniciativa do Brasil? Se tivesse continuado a ler, já saberia que eu estou com a razão ao apontar a manobra sórdida do governo brasileiro, tanto com relação ao acordo em si, quanto com relação à vexatória tentativa de ridicularizar os Estados Unidos como "não sabendo o que quer" ou "ele quer aparecer, sozinho, em todas".

Na tal carta, que é longa, Obama primeiro assopra, para depois morder. Uma estratégia muito comum. Começava de fato afirmando que considera, que está ciente das valsas do Brasil na questão, e não se mostra contra isso. Mas, depois, Obama muito claramente aponta o que não é possível aceitar da parte do Irã, concluindo, também absolutamente claro, que, daquele jeito, não dá para haver acordo.

Agora você pode cair também na real e entender por que o Brasil ficou isolado na história, só com a Turquia e o próprio Irã do seu lado. Aliás, até o Irã traiu o Brasil, dias depois, debochando do acordo.
Bem feito.

Todo o excesso de confiança de Lula, fazendo e acontecendo como se fosse o... papa, indica isto mesmo: que o que rola é a concordata do Brasil com a Igreja, firmada por Lula, que se mostra em plena ação.

Volto para completar esta matéria.

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