Friday, March 19, 2010

Entre os muros da Escola de Aplicação: a faceta bem real, sombria, da Escola de Aplicação da USP

Faz uma semana hoje. Afirmei à mulher que me humilhara que eu estaria colocando tudo no meu blog. E aí vai.
Vestido justo e curto? Tesão, como quis enfatizar, diante do caso Geisy, o ex-diretor da Capes? Janine Ribeiro era o rei das gafes até Lula sair com a declaração sobre os protestos recentes em Cuba. Lula é o rei eterno agora. Ninguém vai superá-lo.
Não, eu não estava querendo competir com a Geisy. Apenas... tinha uma tesourinha na mão. Um olhar sossegado e contemplativo. Estava assim, na paz, até que...

A mulher apareceu: não sei quem é, mas trabalha na Faculdade de Educação (FE) da USP. Mais precisamente, deduzi que ela detém uma alta posição administrativa na Escola de Aplicação, que funciona contiguamente a FE. Estava muito maquiada, salto mais ou menos alto. Enfim, "se achava".

Estava muito calor. E o sol batia forte nos bancos esquisitos que há na área entre o Bloco B da FE e a Escola de Aplicação. Como estava quente demais para ficar nos bancos, sentei-me à sombra, valendo-me da beirada de um canteiro.
Estava ainda com minha tesourinha numa das mãos; numa pausa da leitura, decidira dar uma aparadinha na unha. A mulher passou por mim, deu meia-volta, se aproximou com cara de nojo e, ainda, de mãe com raiva do filho: "Está tudo bem?"
Fiz que sim com a cabeça. Claro, ela não ficou satisfeita; nem um pouco. Upgrade na cara de nojo, repete: "Tá tudo bem"?
Aprumei-me: Tá procurando tragédia? Não vai encontrar nenhuma aqui!
Mostrou que ficou baratinada por instantes e então encontrou, no sufoco, um petexto para continuar o jogo neurótico (ou seria psicótico? Preciso aprender a diferença entre os dois....) Ainda com aquele jeito pra lá de autoritário que você, leitor, já bem conhece também, ela se sai com isto:
- Aqui (sic) passam alunos de nível médio (deveria ter dito que eu era do nível PhD? Não disse, nem me passou pela cabeça).
Apenas continuei encarando-a. Esperando uma bobagem. Ela veio.
- É muito esquisito. Você aí cortando as unhas... no meio da rua!
Decidi pelo não confronto: - Ok. - E calcei o dock side.
Mas ela, previsivelmente, não ficou satisfeita. E derramou mais daquele nojento tom autoritário.
- Por favor! Por- fa-vor!
Aí, mandei bala:
- Isso ainda é comum do Brasil! E no "meio da rua" é ótimo! Vou colocar no meu blog.
Então ela se enfiou na toca. Um Vampiro da Educação. Não, não pode vir à luz. Blog é pior que crucifixo!

Nada tão inusitado e revoltante... se a mulher não fosse algo como diretora da Escola de Aplicação. Ela ostentava todos aqueles sinais de que "manda" no lugar. O penteado, maquiagem, vocês sabem... Pensei: gente! indiquei a Escola para a Alice... Tenho que dizer agora para ela não colocar o Pedro aqui. Logo o Pedro, tão inteligente!

Se falou desse jeito comigo... Coitados dos alunos!

Eram 11h30 e a enxurrada de alunos sai às 13h. Nesse interim, só vi alguns deficientes, digo, "especiais" passando.

Basta para uma sexta-feira. Educação é um ponto dos mais sensíveis para mim. E a vampirinha que tentou me sugar reafirma que nossa escola continua a serviço da repressão. E ainda forma cidadãos... que amanhã só darão, de tanto terem levado paulada na autoestima, bons fiéis de igrejas também autoritárias, nas quais a autoconfiança é ruim para os negócios. Gente que vê o mundo com os olhos do preconceito, da máxima utilidade pessoal, com o mínimo de responsabilidade.
Nesse sentido, nossa Educação é para a Salvação. Que precisa de um mundo dos mais conturbados para angariar dependentes dela, Salvação, que é a epítome da falta de sentido. Como ser molestado por cortar unhas num canto qualquer.

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