Sunday, November 22, 2009

Janine no Estadão desta vez. Mas é outro zero

Renato Janine Ribeiro, que enfatizou ser ex-diretor da CAPES no domingo passado, na Folha de S.Paulo, quando assinou o deplorável "Tesão e direitos humanos" de uma página inteira, volta hoje, agora no Estadão, de novo com texto sofrível, mas sem tanta agenda secreta quanto o outro.

Ao cabo do artigo de hoje, intitulado "A insuportável liberdade do amor", lê-se que Janine é professor de filosofia da USP.

USP - isso tende a suplantar todo o resto, ou seja, o próprio texto. Mas o texto está lá, e alguns poucos são capazes de ver o quão "sub" ele é.

O texto de Janine serve, de pronto, para ilustrar o equívoco que a USP, entre outras escolas, promove ao enfatizar, entre quatro paredes, que dissertações e teses têm de ter páginas, o que inclui páginas de bibliografia. Faça, leitor, uma visita à biblioteca da FEA ou da FFLCH (que bem conheço) e constate: as teses de doutoramento, inclusive as mais recentes, estão recheadas de "revisão da literatura" - mas não contêm nada, nada que ateste a capacidade de critical thinking - o fundamental para um pesquisador, ensaísta, professor universitário.

Na Inglaterra, o orientador de metodologia - e diretor do curso - assim respondeu a nossa classe, de mestrado em International Management, que alegava falta de tempo para concluir a dissertação: "Vocês podem fazer um ótimo trabalho apenas com dois livros. O que a gente quer ver é a capacidade de análise crítica de vocês".

Belo contraste. Fundamental.

Vejamos como Janine representa a equivocada orientação nacional. E essa incapacidade de pensar bem, patente até na "cúpula" intelectual, explica muito nossos muitos vexames em todas as arenas.

O tema - aparentemente a "liberdade do amor" - é uma tentativa de análise do homem jovem que matou o filho e se suicidou em seguida. O texto é longo e confere, ao brasileiro médio, a ideia de que se trata do escrito de um gênio. Pois. Em terra de cego, quem tem um quarto de olho...é gênio. Quem tem um olho inteiro? É crucificado. Banido, porque, justamente, mostra a falácia do mito "usp", que confere títulos acadêmicos aos perpetuadores do descalabro.

Pois bem. Então, se o texto é tão... "magnificamente uspiano", perguntemos: Como o autor, Janine, explica a tragédia? Você, leitor, tem uma resposta; sua esposa, outra. Sua filha adolescente, ainda outra? Mesmo sem conhecê-las, posso afirmar que todas as respostas são, quase certamente, corretas, tendo em vista o texto de Janine. Isso porque Janine costurou um aparente ensaio que é um saco de ideias, muitas ideias - desarticuladas, sem encadeamento lógico. Ele empilha ideias, como se tivesse uma lista delas e as fosse colocando num carrinho de supermercado. Como se isso não bastasse, ele se afasta tanto do ponto, que finaliza o texto com uma ideia que nada tem a ver com o título - histórias de amor devem tomar o lugar das passionais na mídia.

Janine, no estilo usp-vitrine de elaborar teses - que dão aquela aparência de erudição, quando falta justamente o fundamental, a análise crítica, o pensamento lógico - descreve, no início, o caso de Euclides da Cunha. A tese, então, defende que o caso Cássio (o nome do assassino e suicida) pode ser entendido a partir do de Euclides?

Não. Janine cita o caso para, simplesmente, encher a lista de citações, bibliografia e dar a impressão "vitrine" de ser ele alguém "culto".

Vejamos: Janine não é coerente sequer ao se reportar ao caso Euclides da Cunha. Primeiro, propõe um argumento forte, difícil de refutar: Euclides, que teria tido a coragem de admitir um erro cometido ao comentar a revolta de Canudos, "não teve essa grandeza em sua vida pessoal", escreve Janine. Muito bom. Euclides não teria tido a grandeza de admitir que errou em relação a seu casamento - seja na escolha da parceira, nos motivos para se casar, na condução do relacionamento em si. Isso não é detalhado por Janine, mas o argumento, ainda assim, é robusto, potencialmente robusto.

Janine, contudo, despreza tal argumento, como quem atira algo no carrinho de compras e não pensa mais sobre aquilo. Adiante, feito também, pode ser dito, o pensar-criança, Janine já tem outra coisa a dizer: Euclides teria escolhido ser assassinado - e isso, acrescenta Janine, sequer seria espantoso, "dado que não havia divórcio no Brasil e o preconceito era fortíssimo". Portanto, agora Janine escolhe - sim, simplesmente tira de sua lista de ideias - outra possível explicação para a tragédia Euclides da Cunha: este é pressionado por não ter como pôr fim a seu casamento, de forma aceitável perante a sociedade.

Janine discute as duas proposições sobre o caso Euclides? Argumenta de forma a mostrar que uma é mais pláusivel do que a outra? Ou que as duas - apesar de excludentes a princípio - podem, por isso-assim-etc-de-tal (o que seria sua análise crítica, de fato ausente), contribuir para seu ponto-chave, que seria o do título? (mas, de fato, não há ponto central algum, tudo se perde no texto, como demonstraremos.)

A resposta é sempre não. Não há, nem de longe, relação daquelas duas ideias com a "insuportável liberdade do amor", tampouco com o caso Cássio. Nada a ver, especialmente a segunda ideia: Cássio contava com o divórcio, hoje empreitada, em tese, banal; disseminada. Diante disso, Janine adjetiva pura e simplesmente o caso Cássio de "espantoso": O espantoso é que tragédias dessas continuem acontecendo, quando a separação se tornou quase banal, afetando boa parte dos casamentos no mundo".

Espantoso ou insuportável? Pois. Janine não sabe focar. Focar. Grandes ideias, pequena profundidade intelectual.

Janine chega ao raso "espantoso" - em metodologia de pesquisa séria, é mero juízo de valor, inaceitável - após simplesmente encher seu carrinho de ideias e cansar de desfilar, incapaz que é de tratá-las logicamente. Espantoso? Para um professor em Filosofia da USP, visto por alguém diante da vitrine, sim, é espantoso. Para quem conhece ao menos um pouco o fundo da loja que faz uso da vitrine, não é espantoso. É o trivial. Se submetida a uma banca examinadora, o texto de Janine seria aprovado até para se conceder um título de doutor - o que ele já deve ter.
Entretanto, alguém que não está comprometido com a fábrica de doutores, e que tem a grandeza de Euclides aludida por Janine, só pode dar zero à "tese" deste domingo, com que Janine preenche um espaço no Estadão.

Continuemos a análise, para justificar mais o zero.

Janine, após nos lembrar do caso Euclides da Cunha, já apresenta seu veredicto: "seu [o de Cássio] suicídio, como o filicídio, decorrem da dificuldade de aceitar a liberdade no amor, no caso, o direito da mulher a seguir seu rumo". Está bem claro. E restava bem feita a relação com o caso Euclides.

Puxa... Mas, então, temos apenas três parágrafos? Como discutir um caso desses com tão poucas palavras? Isso é tamanho de opinião para papo de bar.

Então, o efeito estica-tese entra em ação. Para revelar que não se é melhor em defendê-la do que o mané no bar, apesar do título uspiano e do cargo de professor universitário de elite.

Liberdade no amor - o negrito na preposição é meu, não de Janine. Mas ele, enfaticamente, frisa o no amor, ao afirmar que: "...liberdade no amor não é fazer exceções à relação principal. Liberdade no amor é estar livre no (e não do) casamento". E mantém o "no" em outros trechos... exceto no título! Facilmente remetidos ao título da obra de Milan Kundera, A insustentável leveza do ser, ficamos com a impressão de que o "do" antes de ser foi mais forte para Janine do que sua própria argumentação que, à guisa de coerência, pede um "no" também no título que, então, ficaria assim: A insuportável liberdade no amor.

Isso seria apenas um detalhe, um fino toque, se tivéssemos algo construído cuidadosamente, em todos os aspectos. Como Janine sequer defende o que está no título - seja com "do", ou com "no", é apenas mais um defeito.

Depois de lançar sua variável-chave, a liberdade no amor, com a mesma ligeireza com que dera seu veredicto sobre o caso Cássio, Janine acrescenta ainda que tal liberdade é "uma realização com o outro". Janine teria dito tudo, com apenas mais um parágrafo. E curto. Quatro parágrafos. A filosofia entrara, bem ou mal, naquele último parágrafo. E agora?

Janine já tudo dissera!!? Ele discordaria veementemente. E até convida, no início do quinto parágrafo, o leitor a "começar". Começar??...

Ora, a liberdade no amor é definida razoavelmente. É contrastada com o casamento aberto e com o não-casamento. E é uma realização com o outro... que o título diz ser "insuportável". Bem, então Janine deve, agora, começar a discutir o "insuportável", por que avalia tal realização como insuportável? Cássio estava realizado no casamento? Por isso não suportou ser rejeitado pela esposa?

Não. O veredicto anterior, de Janine, afirma que ele não aceitou a liberdade da mulher... de seguir outro rumo, o seu próprio, ou, subentende-se, a sua realização com outro "outro", outra pessoa (Dilermando de Assis). Então, desponta uma confusão, que seria a primeira de uma longa série. Embora afirme claramente que "liberdade no amor é estar livre no casamento", mas que isso não significa manter "casos paralelos" a ele, Janine muda, sem nenhuma justificativa, explicação, nada, o conceito de sua varíavel principal. Janine escreve que "a liberdade no amor, no caso [o de Cássio], [é] o direito da mulher a seguir seu rumo", o que já citamos como parte do veredicto de Janine sobre a tragédia em foco.

Essa variável-chave, a liberdade no amor, não pararia de ter novas definições ao longo do texto - e todas simplesmente largadas no texto, como que lançadas no carrinho de supermercado.

Vamos tentar reproduzir a lista?

Liberdade no amor é... (Lembra-se, leitor, do sucesso dos quadrinhos "Amar é..."?)
1. Uma realização com o outro, que não é a realização com vários outros.
2. O direito de a mulher - e, talvez, também o homem - de seguir seu rumo. Digo "talvez" em respeito ao texto de Janine, que não se refere ao direito pelo homem.
3. ...

No item 3 entrará o que vem depois do deslocado convite de Janine para "começar: "Comecemos pela falta de liberdade no amor, que existe quando não se consegue tratar do que é mais íntimo". Então, Janine desenvolve uma pequena tese sobre "conversa", íntima e social. É importante notar que Janine chega a alinhavar uma pequena "história" da conversa, quando não desenvolve, com coerência e profundidade, os fatores principais. Como se vê, a conversa íntima é um aspecto secundário na "liberdade no amor".

Retornemos à lista:
3. Ser capaz de ter conversas íntimas com o outro (o outro da realização conjunta).

Depois da digressão sobre a conversa - que toma três parágrafos, uma extensão que iguala a do tudo o que Janine precisava mesmo dizer -, Janine saca de sua lista uma incrível pergunta. Lança e só. Logo a abandona. Pena. Melhor, falta de foco, de capacidade de manter um argumento de forma consistente, coerente. O básico. Eis a pergunta incrível, também desperdiçada: "Que maturidade é preciso para viver a liberdade no amor"?

Janine emenda Gilberto Gil, parecendo uma resposta. Seria mesmo? Não. Janine fala de risco, de investimento afetivo. Não é claro, direto, coerente - como o foi no início do texto - em relação à maturidade. Só podia terminar ainda pior: "Por isso Euclides, inteligente e corajoso, não foi o marido adequado para uma mulher que queria um homem alegre, o que ele não era". Ora, não ser alegre é não ter a tal maturidade? É não ser capaz de fazer tal investimento afetivo? Bá. Tudo embolado. Embaraçado. Inútil propor perguntas.

Ah! Obrigado, leitor. A lista:

4. (caprichando) Requer um tipo de maturidade.
5. Aceitar que se trata também de uma relação de "certo" risco.
6. Requer investimento afetivo.
7. Um homem inteligente e corajoso não é "adequado" - palavra proibitiva em teses ipsis literis - para uma mulher que queira um homem alegre.

Bem, a maioria, supostamente saudável, deve preferir um homem alegre! Não, não dá para raciocinar se a tese não é tese de fato. Ficou demonstrado? Ainda, temos que anotar que Janine saca mais uma "teoria" para o caso Euclides, além das duas que já trouxemos à tona, do bolo de ideias: a banal "incompatibilidade de gênios" - um é triste, o outro, alegre. Não seria isso, Janine?

A seguir entra uma das teorias sobre o caso Euclides, pela ordem a terceira: a teoria do "espanto", já comentada antes. Acrescento aqui que, com o "espantoso", que atribuo justamente à falta de análise crítica por Janine, ele joga fora também o "insuportável" com que ele qualifica sua principal variável, a liberdade no amor. Repare, leitor: "O espantoso é que tragédias dessas continuem acontecendo, quando a separação se tornou quase banal, afetando boa parte dos casamentos no mundo". Que insuportável que nada! Pouca bobagem! Que gente babaca! É só se divorciar, como quase todo o mundo.

Preciso continuar? Não me canso ao defender teses longas, complexas. Teses de verdade. Mas isso é-me quase enojante. Tá bem. Agora vou até o fim.

"Talvez haja aqui algo bem difícil. Uma das maiores realizações que se espera da vida é o encontro de um amor de verdade, intenso, pleno".
Andando em círculos. Não surpreende... a mim. E a quem já percebeu como Janine se perde nas ideias, desde o "comecemos".

Agora ele é mais humilde, e não incisivo como antes: "Talvez"... E "bem difícil" toma o lugar de "insuportável". A tal "maiores das realizações" a que agora ele se refere, seria ela a "realização com o outro" de antes? A da própria "liberdade no amor"? Não deve ser. Ou Janine nem ao menos se lembra mais de sua variável do título, com a preposição trocada. É. Ele não se lembra mais. É o que o texto indica:

"O problema é que não temos segurança dele. Quanto mais me apaixono, maior o risco de me iludir", assim prossegue Janine.

Chi! O tal relacionamento "uma das maiores realizações"... não é a "liberdade no amor"! Até porque, como eu ia mesmo observar, a liberdade "realização com o outro", confundida com "direito" de seguir seu próprio rumo" e aceitar o mesmo para o parceiro, colide com insegurança. Então... Janine saca outra ideia - a paixão. E nada o impede, em sua mentalidade-criança, de declarar que a paixão é também uma das maiores realizações...

O autor (Janine) se esqueceu mesmo da outra realização e não faz nenhuma associação entre a "falecida" varíavel principal e o mais novo item de sua lista. Lista! Onde estávamos!? Temos, apesar de quase enojados, de manter, nós, o foco!

Paramos no item 7 da lista de definições de liberdade no amor.

Paramos. Ou estacionamos de vez? Agora o assunto é paixão, a "outra" realização.

A confusão de conceitos persiste. E poderíamos abrir uma lista para as definições - simplesmente largadas - de paixão. É distinta de amor? É... no fim, Janine diz que é. Mas, antes, ele escreve: "O amor apaixonado não substitui minha obrigação de saber quem sou..."

Resta patente o total descaso de um professor de filosofia com os conceitos. Total.

Outra ideia sacada é muito boa, mas... idem, idem. Ou seja, é também lançada e desperdiçada. Não é feita concatenação com as outras definições, tampouco com o caso Cássio, ou Euclides da Cunha.

OK. Lista de definições para paixão, segundo o texto de Janine:

1. Um amor de verdade... uma das maiores realizações da vida.
2. Não temos segurança dele. Dele? Preposição ruim. Outra.
3. SItuação em que sou passívo e em que tendo a me iludir cada vez mais.
4. Encontro (como cai, não? De "uma das maiores realizações" para...), sim, encontro emocional intenso que pode dar errado.
5. Seria o mesmo que "amor apaixonado"?
6. Paixão não é amor.
7. Sentimento mais profundo pelo outro.
8. Pode ser convertida em amor? Não é esclarecido.
9. Associada a histórias de enganos.
10. O mesmo que fulgor passional.
11. É impossível o "sermos felizes para sempre" com ela.

Como já apontei, o final nada, nada tem a ver com o título da matéria.

Lutando contra o tédio, menciono ainda o voo pseudo-filosófico, que engana um batalhão, com que, como todo o resto, está largado, não definido, embolado: "Apenas coloca na ordem do dia uma questão que afronta o consumismo afetivo (??) de nosso tempo: a necessidade de converter o entusiasmo passional, que leva ao erro, em amor". E o que o c... tem a ver com as calças?

Leitor, está justificado o zero? Sim, é o segundo zero que dou a Janine, o anterior no domingo passado, por seu "Tesão e direitos humanos", sobre o caso Uniban, publicado na Folha, e comentado também aqui no blog. Acesse o link 15Nov no menu de datas da pagína principal deste blog.

Vamos descansar?
Sem uma conclusão?
Bem, estou louca para largar o texto de hoje de Janine. Conclusão...

Já é hora de pensar que emendar clichés ou ideias de uma lista não perfaz um ensaio, uma dissertação, que dirá uma tese. Tal emendar torna insuportável a liberdade no "filosofar" e igualmente insuportável o ler o resultado.

Last but not least, a tragédia de Cássio nada tem a ver com paixão, qualquer que seja a definição que tomemos da lista de Janine. Tampouco tem a ver com a liberdade no amor (Tente, Janine, de fato desenvolver uma tese sobre esse potencial conceito.).

A tragédia tem algo a ver com o veredicto inicial de Janine, que fica perdido com tanta coisa louca para encher espaço-tese. Tem a ver com "não ter descoberto quem se é" (a última boa ideia desprezada por Janine); com a decorrente loucura, que abrange o não ser capaz de ver o outro dono de seu eixo. O que dá, a esse outro, a capacidade de sair de uma relação doente (pois, se o outro não tem seu eixo...) e não apenas encontrar um homem alegre. Tem a ver com o "ser homem" numa sociedade como a do Brasil que, depois do caso Geisy, poderia dispensar novas teses a respeito, se teses bem feitas fossem comuns aqui. Sim, algumas boas teses emergiram, como a de Marta Suplicy, "Universidade Taleban", e a matéria da Isto é, de capa, especialmente o editorial daquela edição, "Hipocrisia social". Mas o que teve mais repercussão foi a desastrosa "tese", tudo me diz encomendada, desse mesmo Janine, Tesão e direitos humanos, que estou traduzindo para o inglês, para que ganhe a notoriedade que de fato merece.

Uma mulher dona de seu nariz, suas pernas, seu eixo... é insuportável para homens e mulheres perdidas de nosso Brasil, que "gostam" de discutir... como Janine. Homens e mulheres que não sabem de fato pensar.

Dito e concluído.

P.S. Renato Janine Ribeiro conclui seu doutorado em Filosofia na USP em 1984, com a tese intitulada Ao leitor sem medo - Hobbes escrevendo contra o seu tempo.

Para quem não sabe o que é Capes: Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior, órgão do Ministério da Educação. Concede bolsas de estudo para mestrado e doutorado - para os que têm menos de um olho. Quem tem um olho, nesta terra de cego, não leva. Experiência própria.

O texto de Janine comentado acima está aqui:http://mariangelapedro.blogspot.com/2009/11/liberdade-do-amor-falta-de-logica-em.html

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