Na igreja, fui acusada, levianamente, de "pecadora", com alusões mais ou menos veladas sobre minha vida sexual que quem acusava não conhecia. Os duplamente pecadores, assim, eram essa gente que não passa, a vida toda, de marionete do poder que mata.
Mas a minha inteligência também foi muito atacada. E, novamente, quem atacava não tinha sequer noção do porquê de ele(era um padre)ter sido desde cedo treinado para perpetrar tal temeridade. Tão treinado que não conseguia evitar tão desvairada acusação.
A inteligência sempre foi alvo de condenação pela Igreja de Roma. E um dos principais motivos - se não o principal - é que os inteligentes de pronto notam as contradições e remendos no que a Igreja impôs como "A Palavra de Deus".
Thomas Jefferson foi um desses inteligentes, um dos mais notáveis. (Sim, falo do terceiro presidente dos Estados Unidos.) Vocês não sabem... Há a Bíblia de Jefferson. Em inglês, está todinha disponível na internet. (Não procurei ainda em português, sorry!)
Jefferson saiu separando o joio do trigo. Ou seja, empreendeu o que eu também já fiz (e tantos outros inteligentes): uma análise crítica do texto considerado sagrado, para identificar e apontar as alterações, as mexidas feitas intencionalmente, em prol do poder político da própria Igreja.
Há um documento muito interessante: uma carta que Jefferson escreveu para um amigo, na qual ele dá sua opinião sobre os evangelhos, tudo indica antes de ele decidir compilar sua "bíblia". Eis o trecho dessa carta que se refere aos textos evangélicos:
"Toda a história desses livros [os evangelhos)é tão defeituosa e duvidosa que parece inútil tentar uma investigação minuciosa: o texto dos evangelhos foi alvo de truques, bem como o texto de outros livros relacionados a eles. Temos, por conseguinte, o direito de ter dúvidas sobre que partes dos evangelhos são autênticas. No Novo Testamento, há evidência interna [ou seja, evidência nos próprios textos evangélicos) de que partes originaram de um homem extraordinário, e que outras partes são produto de mentes muito inferiores. É tão fácil separar aquelas partes quanto distinguir diamantes de esterco".
Gente, cabecinha para funcionar... Não preciso voltar a apontar para vocês o autor das partes que Jefferson chama de "esterco", em profundo contraste com as partes originais - o "diamante".Come on!
Data da carta: janeiro de 1814.
Jefferson foi alvo de panfletagem contra sua inteligência.
Essa estranha aversão católica à capacidade intelectual que, não fosse o desespero da Igreja em esconder seus pecados, seria o maior indicador do Espírito Santo, é chamada por outros estudiosos de "anti-intelectualismo", sendo por eles diretamente associada ao cristianismo, que foi parar na América - espanhola, portuguesa, mas, acima de tudo, como se pode concluir, "romana". Uma América também curvada ao "Trono de Pedro".
Os preguiçosos sempre me perguntam: "Você é contra a Igreja"?
Inspirada em Robert Langdon, respondo: "Não, sou contra os que faltam descaradamente com a verdade. E não tão descaradamente, também".
Estou elaborando um texto sobre o filme Anjos e Demônios. A conclusão disso ainda depende de pesquisas. Mas vai ficar dez.
Vou mostrar bem o que fez a Igreja ter um fricote - oficial - com esse filme, em comparação à indiferença (oficial) pelo Código Da Vinci.
Até. MP
Much of the discourse all around is power-oriented. Our texts, rather, will be appreciated by those brave enough to leave the good life of obedience in order to grow and take risks for the benefit of a multitude of others. Welcome! PORTUGUÊS acesse "apresentação do blog" abaixo
Monday, May 25, 2009
De Thomas Jefferson a Dan Brown (passando por mim também) - fogo aos inteligentes!
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'-ERS' FELLOWS: LOVERS OF IDEAS; EXPLORERS OF THE SUBLE; THINKERS AND WRITERS OF INEXHAUSTIBLE PASSION. ULTIMATELY MINDERS OF FREEDOM.
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